Obras de macrodrenagem

da Estrada Nova e

limpeza de canais reduzem

pontos de alagamento

Por Comus / Fotos: João Gomes e Elivaldo Pamplona

Diversos pontos críticos e históricos de alagamentos em Belém foram extintos com as obras de Macrodrenagem da Sub-bacia 2 da Estrada Nova. A afirmação é do titular da Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), Fernando Pereira. Segundo ele, os trechos da Conselheiro Furtado com a 14 de Março; Conselheiro com a Mundurucus; Mundurucus com a 14 de Março; Bernardo Sayão com a Quintino Bocaiúva e mais as vias que margeiam os canais das travessas 14 de Março e Doutor Moraes, que há décadas sofriam com o acúmulo de água, hoje já não alagam mais.

A constatação foi feita pelo titular da Seurb, que hoje pela manhã percorreu os pontos críticos, durante a chuva que iniciou ainda às 23 horas do dia anterior e só foi dar uma trégua por volta de 11h da manhã. Com a execução parcial das obras, as bocas de lobos existentes nestes trechos já conseguem captar adequadamente as águas pluviais que escoam pelo asfalto, levando-as diretamente para os canais, de onde são transportadas até o lançamento no Rio Guamá.

Entretanto, Fernando Pereira adverte que fatores como a incidência da quantidade de chuvas com a maré alta podem fazer com que estes pontos encham. Por conta disso, ele explica que a população somente poderá atestar a eficácia do projeto contra os alagamentos após a sua conclusão efetiva, ou seja, quando todos os canais estiverem devidamente drenados, o sistema de comportas eletromecânicas funcionando e a bacia de detenção de cheias acumulando. A bacia deve funcionar como uma espécie de piscinão e deve comportar cerca de 70 milhões de litros de água da chuva.

 Atualmente, as obras de macrodrenagem estão sendo executadas nos canais das travessas Generalíssimo Deodoro e Quintino Bocaiúva, onde são executados os estaquementos e revestimentos em placas de concreto pré-moldado.

No canal da Caripunas os trabalhos foram interrompidos temporariamente devido a rede de baixa tensão da Celpa, que não foi deslocada pela empresa. Para que a população desta via não seja prejudicada, a alternativa encontrada pela Seurb foi serrar ao meio as estacas de oito metros de altura. Assim, os equipamentos de bate-estaca não encostam na fiação e evitam-se possíveis acidentes com os operários da obra. A Seurb solicitou o deslocamento da rede há cerca de dois anos e não foi atendida. Os canais da Doutor Moraes e 14 de Março já tiveram a macrodrenagem concluída, faltando apenas receber uma parte das obras de urbanização.

Limpeza de canais - Contribuindo para evitar que alagamentos ocorram na capital paraense, a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) realiza rotineiramente a limpeza de canais. Esta semana, recebem manutenção os canais da Timbó, Vileta e Leal Martins, no Marco, e do canal Tucunduba, na Terra Firme. Os trabalhos prosseguem até a próxima quinta-feira (27).

Os canais transbordaram por causa das chuvas intensas do final de semana. Uma das causas para os alagamentos é o despejo irregular de lixo e entulho nas ruas, que vão parar nos canais. É por essa razão que, principalmente nesse período de chuvas, a secretária municipal de saneamento, Pilar Nogueira, sempre pede a colaboração da população para que, em parceria com o poder público municipal, ajude a manter a cidade limpa.

Desde 20 de setembro de 2010, a Sesan realiza a Operação Inverno%u201D. Desde então, os trabalhadores da secretaria já retiraram mais de 24 mil toneladas de resíduos de canais, valas e bueiros, como lama, entulho, lixo, carcaças de geladeira, sofás, telefones públicos, aros de bicicleta, animais mortos e sucatas de carros.

Vistoria - De acordo com um levantamento técnico feito pela Defesa Civil do Município de Belém, a cidade possui 48 pontos críticos de alagamentos, porém no período chuvoso esse número aumenta. Por isso, dobra a necessidade de amparo às vítimas. O trabalho é feito em conjunto com vários órgãos competentes, tanto de prevenção quanto de emergência.

Nesse período de fortes chuvas o órgão municipal tem trabalhado diretamente com as secretarias responsáveis pela drenagem e limpeza dos canais e bueiros. Além da fundamental participação no que diz respeito ao amparo social às vítimas de alagamento.

Segundo o presidente da Defesa Civil, Mário Chermont, o órgão funciona como um elo entre todos os órgãos responsáveis. %u201CO trabalho com a Sesan e Seurb é constante, porém quando precisamos de assistência social buscamos o apoio de outros órgãos como a Fundação Papa João XXIII (Funpapa), explica.

Nosso trabalho é ajudar no amparo às vítimas, além de fazer vistorias nos imóveis que são atingidos pelos alagamentos. Caso seja constado risco de desabamento é providenciada imediatamente a remoção dos moradores para um abrigo%u201D, diz Mário. A Defesa Civil também faz a coleta de alimentos, colchonetes e artigos de higiene, caso necessário.

Serviço: A Defesa Civil alerta que o atendimento emergencial às vítimas de alagamentos deve ser feito primeiramente junto ao Centro de Integrado de Operações (CIOP) no telefone 190. E para os casos de vistorias de imóveis ou qualquer outra ocorrência, a Defesa Civil Municipal disponibiliza os seguintes telefones: 32425332, 3283-4100 ou 8733-2922.