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quarta-feira, janeiro 26, 2011

Com apoio do Governo do Estado, paraense localiza família no Rio de Janeiro

Maria de Aquino e uma
sobrinha receberam
passagens aéreas para chegar
até o Estado, que sofre com as enchentes
Uma paraense passou os últimos dias acompanhando de perto a situação de calamidade pública que se instalou no município de Nova Friburgo, um dos mais atingidos pelos deslizamentos de terra e enchentes que afetaram algumas cidades do Rio de Janeiro este mês. Maria de Aquino fez o apelo à Casa Civil do Governo do Estado e conseguiu passagens de ida e volta.
Ela foi atrás de notícias da irmã, Maria do Socorro Aquino, e das sobrinhas, Jéssica e Aline, além dos netos da irmã, quatro crianças com idades entre dois e sete anos. Maria encontrou todos os parentes, que moravam no bairro de Conselheiro Paulino, com exceção do cunhado, que está desaparecido. "Encontrei todos em desespero, por que estão numa área de risco. Além disso, ainda é grande o desvio de doações. No bairro da minha irmã estava chegando somente água", relata a paraense.
Assim que soube da tragédia no Rio de Janeiro, Maria tentou contato com a irmã e não conseguiu. Ela então decidiu pedir ajuda ao chefe da Casa Civil, Zenaldo Coutinho. Ela esteve na manhã desta segunda-feira no Palácio dos Despachos, já de volta do Rio de Janeiro, para agradecer o apoio recebido do governo do Estado. "Voltei para agradecer tudo que foi feito por nós, pela nossa família, que nos deu bastante segurança. Vim falar pessoalmente, que foi muito importante estar lá pessoalmente".
Maria fez a viagem acompanhada por uma das filhas da irmã, que mora em Belém, Joyce Kelly de Aquino. "Vim na Casa Civil, contei a situação, pedi a ajuda do deputado (Zenaldo Coutinho, chefe da Casa Civil), que conseguiu as passagens. Foi muito rápido, por que eu estava desesperada. Precisava ver a minha irmã de perto, viva, com seus netos e filhos", conta.
Maria saiu de Belém no último dia 15, às 4h30 da manhã e chegou no Rio de Janeiro às 12h20 do mesmo dia. "A liberação das passagens foi muito rápida. Entrei com o pedido na quinta-feira, na sexta-feira já tive resposta e no sábado viajamos".
CENÁRIO
Apesar de a casa da família ainda estar de pé, o bairro todo é considerado área de risco. Aline Aquino está hospitalizada com leptospirose, mas já fora de risco, e um dos netos da irmã, de apenas dois anos, também está internado com ferimentos leves. "O pior não aconteceu com a minha família, mas a do marido da minha sobrinha não foi encontrada, eram cinco pessoas", lembra.
Na hora da chuva eles saíram nadando pela lama para ver se sobreviviam. Atrás da casa dela caiu um barranco. Ela continua na casa dela, mas durante a noite ela dorme na residência de amigos, a defesa civil ainda nem passou por lá. Da casa da sobrinha, só restou o carro, que por sorte estava na casa de amigos da família. "Nele nos dirigíamos pra pegar água para tomar banho. Também chegamos a coletar alimentos, por que lá ainda tem muita gente com fome. A cidade de Friburgo acabou, o único supermercado estava vendendo um garrafão de água de 20 litros por 40 reais. Cinco quilos de arroz custa R$ 30", relata.
Maria de Aquino faz questão de mandar uma mensagem para as famílias que tentam se reerguer diante da situação de caos que ainda afeta as cidades do Rio. "Pra ficarem em alerta, qualquer barulho sair novamente. E lutar pelos direitos deles. Que fiquem tranquilos porque a vontade de Deus é mais forte. Deus vai abençoar e tudo vai dar certo. Vai custar a reerguer, mas vai dar certo. As pessoas vão precisar de ajuda financeira para recomeçar de novo. O país todo tem que se unir e fazer alguma coisa pela população de lá".
A mensagem também segue para os paraenses. "Eu peço para a população de Belém continuar na luta ajudando Nova Friburgo porque o povo está precisando de ajuda. Eu vi a situação, eu senti na pele. E com ajuda de Deus tudo vai dar certo", afirma.

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