Nesta sexta, 1° de abril, a Caixa Econômica Federal e a Secretaria de Estado de Cultura assinarão contratos de patrocínio para investimentos no Museu de Arte Sacra e Arquivo Público do Estado do Pará. A assinatura do convênio possibilita o acesso aos portadores de necessidades especiais ao Museu de Arte Sacra - MAS, e o processo de digitalização e acesso ao acervo do Arquivo Público do Pará. A cerimônia de assinatura acontece às 11h no Teatro Gasômetro. No total, serão investidos R$ 600 mil, sendo R$ 300 mil destinados para cada instituição.
O projeto Museu de Arte Sacra: Programa de Acessibilidade aos Portadores de Necessidades Especiais, foi aprovado junto ao programa Patrocínio 2011/2012 e tem como objetivo possibilitar o acesso ao Museu de Arte Sacra - MAS, dos portadores de necessidades especiais através da instalação de elevador, rampas e adaptação de banheiro. A adequação irá facilitar e permitir a locomoção dos grupos sociais impossibilitados ou com dificuldades de acesso ao espaço museológico, com segurança, conforto, integração e independência de seus visitantes, permitindo a mobilidade do público.
O projeto tem selo da Lei Rouanet, (Pronac 08771), com autorização para captação de recursos, aprovado e com publicação no Diário Oficial da União até dezembro de 2011, tendo como proponente a Associação Cultura, Vida e Profissão - ACVP e a Secult como interveniente junto à Caixa Econômica Federal.
O Museu de Arte Sacra está vinculado à Secretaria de Cultura do Pará, localizado no antigo Palácio Episcopal. Foi inaugurado em 28 de setembro de 1998, juntamente com Sistema Integrado de Museus e Memórias do Pará. O histórico prédio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), marco da arquitetura barroca paraense, comporta a igreja de Santo Alexandre, construída pelos padres jesuítas com a participação do trabalho indígena entre o fim do século XVII e o início do século XVIII.
Dentre as várias modificações arquitetônicas e decorativas que sofreu, a igreja herdou como estilo predominantemente o barroco. Foi inaugurada em 21 de março de 1719. Com mais de 500 peças, o acervo do Museu é composto de imagens e objetos sacros dos séculos XVIII ao XX. As coleções, a princípio constituídas com peças da própria igreja de Santo Alexandre, foram depois enriquecidas com obras provenientes de outras igrejas do Pará e de coleções particulares. Hoje, com 13 anos de existência, o museu traz consigo um vasto acervo de importantes exposições e projetos para o Pará.
Arquivo Público: Ao Arquivo Público do Estado do Pará serão destinados recursos da ordem de R$ 300 mil para realização do projeto Preservação e Acesso: Proposta de Digitalização da Documentação Colonial do Arquivo Público do Estado do Pará. O projeto tem como principal objetivo a digitalização da documentação colonial existente na instituição, que corresponde ao acervo documental da Secretaria de Governo da Capitania - período colonial do Brasil (1649 A 1823).
O projeto busca resguardar o direito à memória como prova de testemunho, assim como a preservação e conservação da documentação, que é a mais antiga do acervo do Arquivo Público do Pará. O resultado esperado é a salvaguarda e a ampliação ao acesso deste acervo, por meio da mudança do suporte manuscrito para o meio digital, proporcionando pesquisa de forma mais moderna e eficiente e a proteção ao documento original.
Os arquivos digitais possibilitarão ao Arquivo Público disponibilizar tais informações aos seus usuários por meio de pontos de rede localizados nos salão de leitura do prédio, e os mesmos serão adaptados aos portadores de necessidades especiais, como forma de promover a inclusão social por meio do acesso a este patrimônio documental.
O Arquivo Público do Estado do Pará (Apep) nasce como instituição de guarda e preservação da memória da Amazônia a partir de 1894. Este órgão centenário reúne em seu acervo documentos dos séculos XVII, XVIII e XIX, de valor inestimável para a história do Estado do Pará, da Amazônia e fronteiras; por isso a importância em tratá-lo e preservá-lo. A singularidade da documentação está na memória da formação e transformação das vilas e centros urbanos, dos primeiros moradores e da consolidação de uma população local (europeus, povos indígenas, escravos africanos e seus descendentes), marcada por tensões sociais, econômicas e políticas, da adaptabilidade dos diversos elementos humanos com a natureza, da visão do europeu acerca dos indígenas, escravos africanos e do aspecto físico e biológico da floresta amazônica.
O projeto foi formulado com base em duas constatações socioeconômicas: o uso da tecnologia no processo de pesquisa documental, através da digitalização de documentos históricos, a fim de efetivar uma gestão eletrônica de documentos eficiente, que melhore o acesso e promova inclusão social. A segunda constatação é a inclusão e o acompanhamento de jovens por meio de um programa formativo e social, com a valorização da pesquisa e a preservação de documentação histórica e de acervos bibliográficos.
Serviço: Cerimônia de assinatura de contratos de patrocínio entre a Caixa Econômica Federal e a Secretaria de Estado de Cultura - Secult. Nesta sexta, às 11h, no Teatro Gasômetro. Parque da Residência. Av. Magalhães Barata, 830
Ascom Secult
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