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A ação de marés e de correntes oceânicas não foi
considerada no estudo (Foto: AFP/ ESA/HPF/DLR)
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Dados enviados por satélite à ESA (Agência Espacial Europeia), durante dois anos, possibilitaram o estudo preciso da gravidade do planeta Terra de uma forma inédita, segundo informações da "Folha Online".
Os cientistas agora detêm um dos mais exatos modelos geoide (forma mais aproximada do nosso planeta, visto que ele não é totalmente redondo) do lugar onde vivemos. A imagem foi divulgada nesta quarta-feira durante uma conferência em Munique, na Alemanha.
No estudo apresentado pela ESA, com imagens fornecidas pelo satélite Goce (sigla em inglês de Explorador da Circulação Oceânica e do Campo Gravitacional), considerou-se a gravidade do geoide sem a ação de marés e de correntes oceânicas.
O modelo serve como referência para medir a movimentação dos oceanos, a mudança do nível do mar e a dinâmica do gelo, o que pode abrir precedente para entender com maior profundidade as mudanças climáticas.
Imagem mostra o satélite GOCE, da agência
espacial europeia. (Crédito: ESA)
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Além desses dados oceanográficos, também servirá para o estudo da estrutura interna do planeta, como os processos que levam à formação de terremotos de grande magnitude e que podem provocar danos devastadores, como aconteceu com o Japão no sismo de 11 de março.
Do espaço, é praticamente impossível para os satélites observarem a dinâmica dos tremores, visto que o movimento das placas tectônicas ocorre abaixo do nível dos oceanos.
Contudo, explica a ESA em seu site, os tremores costumam deixar um "rastro" na gravidade do planeta, o que pode ajudar a entender o mecanismo de um terremoto e, quem sabe, antecipar sua ocorrência.
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