As reclamações de salários atrasados, provenientes dos aposentados e pensionistas do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Pará (Igeprev) não chegaram à Federação das Associações dos Aposentados do Pará (Faappa), e tampouco ao Sindicato Nacional dos Aposentados no Pará (Sindnap-PA).
Ainda que alguns sofram com a demora no pagamento do benefício mensal, o problema não vem sendo oficializado junto às entidades de defesa dos inativos - o que dificulta o trâmite para solucionar o problema. Atualmente, dentro das fronteiras paraenses, estão cadastrados no Igeprev cerca de 30 mil aposentados, além de 9 mil pensionistas. O Pará possui, ao todo, quase 700 mil inativos.
Segundo explica o presidente da Faappa, Emídio Rebelo, mesmo que os afiliados à entidade não formalizem suas queixas, a Federação vai procurar o Igprev para verificar o que motivou os atrasos. 'Precisamos avaliar a quantidade de casos, e saber se o problema é geral ou pontual. É comum, nos casos pontuais, que as pessoas tenham esquecido-se de entregar algum documento, ou deixado de cumprir alguma exigência. Neste caso, vamos atuar na orientação', pontua. Contudo, Rebelo afirma que, se o atraso for geral, ou seja, abarca grande parte dos aposentados, será necessários conversar com o órgão do governo, para buscar soluções.
A mesma orientação foi dada pelo presidente do Sindnap-PA, Benedito Lima, que garante não ter recebido reclamações. 'Os aposentados não devem temer. É preciso procurar o sindicato, para que possamos dar o encaminhamento necessário. Esta é a nossa atividade fim', argumenta. Lima destaca que a entidade possui um órgão jurídico, que é competente também nos casos que envolvam atrasos salariais. 'Até o presente momento, não chegou ao Sindicato nenhuma informações relativa à demora no pagamento. Porém, estamos prontos para atuar, caso haja alguma manifestação neste sentido', assegura.
Através de nota, o Igeprev esclarece que, atualmente, existem apenas seis técnicos para analisar os processos de aposentadoria e dois para analisar os processos de pensão. Cada técnico previdenciário avalia, em média, quatro processos por dia, dada complexidade dos casos. Segundo estudos realizados pela Gerência de Cadastro e Habilitação do Instituto, o ideal seriam 24 técnicos para suprir a demanda. A nota explicou ainda que o órgão realizará um concurso público. O edital já está em fase de aprovação.
Fonte: O Liberal (www.orm.com.br)
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