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sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Escola de Pesca recebe doações do governo japonês

Por Thiago Melo / Fotos: Oswaldo Forte


A formação e a capacitação de jovens pescadores em Belém ganharam mais um incentivo na manhã desta quinta-feira, 24. É que a Casa-Escola de Pesca, vinculada à Escola Bosque e administrada pela Prefeitura da capital, no distrito de Outeiro, recebeu novos equipamentos doados pelo Consulado Geral do Japão, que desenvolve um trabalho de Assistência a Projetos Comunitários e de Segurança Humana.

A entrega dos equipamentos teve a participação de estudantes e professores da escola, da secretária municipal de Educação, Therezinha Gueiros,e  do agente distrital de Outeiro, Henrique Andrade, representando o prefeito Duciomar Costa. Todos receberam o Cônsul Geral Adjunto do Japão, Akira Kusunoki, que visitou as instalações da escola e conheceu mais sobre a rotina dos alunos.

 A doação equipou vários espaços da escola, como o laboratório de informática, onde os alunos continuarão participando de qualificação profissional e desenvolvendo trabalhos de pesquisa sobre pesca artesanal. Equipamentos de navegação e pesca também foram doados pelo Consulado do Japão, assim como o barco de pesca que será usado pelos alunos.

Durante a visita, o trapiche reestruturado foi inaugurado. Neste local, os alunos têm aulas práticas e confeccionam redes, tarrafas e matapis, instrumentos usados para a pesca. As autoridades conheceram os projetos que estão sendo desenvolvidos pelos alunos, com o auxílio dos professores. Um deles é a utilização de garrafas pet na elaboração dos instrumentos de pesca, com o matapi para apanhar camarão.

 Daniel Valente tem 20 anos e iniciou na turma mais recente da escola, há cerca de 15 dias. Para o jovem, o curso de capacitação é uma oportunidade para quem quer se profissionalizar, como ele. “Eu já pescava com o meu pai. Trabalhava, mas de forma amadora. Eu quero me aperfeiçoar e ganhar a vida com a pesca, trabalhando em uma grande empresa”, garante Daniel, que está indicando o projeto para os amigos que também têm o mesmo sonho.

Para a secretária de educação do município,Therezinha Gueiros, a parceria mostra a seriedade do projeto. “A escola de pesca é um exemplo de como projetos simples podem ter grandes resultados, como a capacitação destes jovens e, ao mesmo tempo, ser viáveis economicamente. Por causa desta seriedade, conseguimos o apoio do governo do Japão, que também acredita no nosso trabalho”, disse Therezinha.

O cônsul japonês afirmou que a intenção das doações é fazer com que projetos de desenvolvimento social e econômico continuem crescendo e oferecendo mais benefícios para a sociedade. Segundo Akira, “investir mais nos jovens e no setor da pesca da região” é um dos objetivos do governo do Japão.

O agente distrital da ilha de Outeiro ressaltou que a Prefeitura tem a intenção de ampliar cada vez mais o projeto da Escola de Pesca, pois é muito importante para o setor da pesca local que,de acordo com ele, necessita de mão de obra qualificada.“A Escola é um sonho que foi realizado há alguns anos e que agora está se ampliando, oferecendo mais oportunidades para os estudantes", declarou.

A Casa-Escola de Pesca foi criada em 2008 e desde então atende cerca de 30 alunos por turma. O curso profissionalizante é uma alternativa dentro da situação de vulnerabilidade social vivenciado pelos jovens do Outeiro. O método adotado no curso é o sistema de alternância, no qual os alunos permanecem por 15 dias em regime de semi-internato, aprendendo as técnicas de pesca, o manuseio de equipamentos eletrônicos e a confecção de materiais de trabalho.

A escola oferece infraestrutura de alojamentos, dormitórios, vestiários, biblioteca, sala de estar, refeitório, cozinha, banheiros e depósitos (para equipamentos e material de pesca), além do espaço destinado às aulas teóricas. Simultaneamente ao curso profissionalizante, os jovens concluem o ensino fundamental e realizam estágios em empresas parceiras. Na quinzena seguinte, os alunos voltam às suas comunidades para praticar o que aprenderam e propor projetos voltados ao desenvolvimento socioeconômico das localidades.

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