Conheça as policiais que, durante o
carnaval, trocam a farda pela fantasia
Valmir Moratelli, iG Rio de Janeiro
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Foto: Léo Ramos Julia Liers e Isabella Picanço: policiais no samba |
Julia Liers é, há oito anos, 1ª tenente da Polícia Militar. No carnaval, ela se desdobra em quatro funções: musa do tradicional bloco Bola Preta, que arrasta cerca de dois milhões de pessoas pelas ruas do Centro do Rio; musa da Mangueira, destaque de carro alegórico da Grande Rio e rainha de bateria da Independente de São Joao de Meriti, do grupo de Acesso B.
Isabella Picanço é, também há oito anos, chefe da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo. Nos dias de folia, é destaque da Mocidade Independente e rainha de bateria da Inocentes de Belford Roxo, que desfila no grupo de Acesso A.
“Já ouvi muita gracinha, do tipo ‘vem me prender’, ‘coloca algema em mim’. Eu levo na boa, acho graça”, conta Julia, que liderou um grupo de dez homens na invasão ao Complexo do Alemão, no final do ano passado. “A gente só não deve ficar posando ao lado de contraventores ou usando elementos de nossa profissão para compor fantasias”, adverte Isabella, acostumada a desvendar crimes. Fora isso, vale quase tudo. Afinal, desacato à autoridade é crime previsto na lei. Mas admirar a beleza, de forma alguma.
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