Da Redação: Agência Pará de Notícias
Uma solenidade realizada no Teatro Estação Gasômetro, nesta terça-feira (22), marcou o reinício das atividades do programa Prosseguir, que assegura a continuidade dos estudos a crianças e adolescentes em tratamento em cinco hospitais e duas unidades de saúde do Estado, beneficiando 1.130 crianças e adolescentes.
Coordenadores, professores, pais de pacientes, colaboradores e representantes das unidades hospitalares onde o programa é desenvolvido participaram da aula inaugural, que teve como tema "Educação e Saúde caminhando juntas", e que deverá nortear todas as ações do Prosseguir durante o ano de 2011. "Queremos fortalecer essa parceria entre a educação e a saúde, que são aspectos fundamentais para a vida do homem e para garantia de sua qualidade de vida", assegurou Eliana Vilhena, coordenadora geral do programa.
Eliana Vilhena fez uma exposição sobre as realizações do programa no ano passado, e as metas para 2011, com destaque para a instalação do programa no Hospital Regional de Redenção, para o qual uma equipe de professores está sendo preparada, e a oficialização do atendimento da educação nos hospitais para jovens e adultos, que hoje é feita de maneira informal.
Após apresentação de toda a equipe de professores que atuam no programa, um grupo de 12 colaboradores do Prosseguir recebeu uma certificação como agradecimento pela dedicação e ajuda material às atividades do programa. "Temos empresários, grupos religiosos, profissionais liberais que colaboram com as nossas atividades e ao longo do ano, nos nossos eventos, vamos realizando esse agradecimento", explicou a coordenadora geral do Prosseguir.
Bruno Assis é um dos colaboradores. Ele arrecada alimentos e materiais escolares para doação ao núcleo do Hospital Ofir Loyola, há dois anos. "A gente se apaixona pelas crianças e eu só tenho a agradecer a existência desse programa", declarou. Já Vanderléia Lima, que representou o Projeto Restaurando Vidas para Cristo, a colaboração se materializa com o oferecimento de oficinas direcionadas aos pais de pacientes internados. "Essas pessoas muitas vezes abandonam suas casas e trabalho para se dedicarem aos filhos internados. Nossa preocupação é dar qualificação, por meio de oficinas de panificação, bordado, pintura, entre outras, para que eles tenham um ganho financeiro", informou.
O secretário de Educação foi representado pela diretora de Educação Infantil da Seduc, Angela Barbosa. Ela descreveu o programa como um "empreendimento fantástico, que leva a educação aos hospitais". Para Izabel Oliveira, coordenadora do Prosseguir no Hospital Ophir Loyola,onde o programa iniciou em 2002, o principal resultado é que ele resgata a auto-estima e autonomia de cada criança atendida. "Já foi comprovado que as crianças que foram inseridas no programa respondem melhor ao tratamento. Pra se ter uma ideia, temos alunos que passaram pelo programa e já foram aprovados no Vestibular, ou seja, sua vida estudantil não foi interrompida ou prejudicada, mesmo em tratamento de saúde", salientou.
O evento contou ainda com uma apresentação cultural, da qual participaram crianças (pacientes) do Hospital Ophir Loyola e Metropolitano, por meio de uma coreografia coma a música "Caderno", além da aula proferida pelo psicopedagogo Américo Peixoto, coordenador do Núcleo de Estimulação da Criança (Nectar). Ele fez uma abordagem sobre o atendimento de todas as necessidades da criança. "Eu vou dizer que todas as crianças devem ter suas necessidades atendidas, se utilizando de três aspectos: sacar, compreender e sacudir, o que segundo o professor, "são viabilizados pelos relacionamentos, que devem ser doces, enérgicos e inspirados". O final do evento foi marcado pela apresentação da cantora de MPB Lorena Lira.
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