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sábado, março 19, 2011

A coluna Salpicadas publicada na edição de março do Jornal CORREIO JURUNENSE


Eu sei que quando terminarem de ler este SALPICÃO, os ‘grandes ranchistas’ irão propor que eu e o CORREIO JURUNENSE sejamos tratados como ‘Persona Non Grata’ dentro da instituição Grêmio Recreativo Beneficente Jurunense Rancho Não Posso Me Amofiná, por defender uma linha: a do avanço, não só na Cultura do Jurunas, tido até então como pioneiro em Belém e no Estado do Pará. *** As mesmas extensões territoriais, foram aplicadas no trabalho Social Beneficente, como vinha ocorrendo em seus dois últimos mandatos estatutariamente dito, Jango Vidal. Ele reaproximou a Comunidade não só Ranchista, mas a de todos os recantos de Belém e do Estado do Pará, do Brasil e porque não a do exterior. *** O Rancho em dois mandatos, para se chegar a este tão difícil patamar de reconhecimento e credibilidade, teve que antes de tudo, passar por várias e importantes metamorfoses: a primeira, quando Raimundo Manito, fundador desta bela Escola, que eu passei a amar, após fundar o Rancho em baixo de uma Mangueira, o levou para a sua casa, e no aconchego de sua família, por anos, fez a alegria do povo jurunense e também dos moradores do lado de lá. *** Até que não suportando mais as manifestações de carinho, foi obrigado a sair para a sua primeira sede, um barracão, na Timbiras com Honório. Devido as dificuldades financeiras por tanto se dedicar à Escola, Manito teve problemas de saúde e ‘zapt’ se mandou para o Rio de Janeiro, e de lá, foi morar com Deus.*** Até que vieram seus seguidores, até chegar João Bosco Moysés, com José Manoel Lhamas e Jango Vidal, ergueram a bela sede, que já na administração do próprio Jango Vidal, após quase três décadas de construída, o até então único sobrevivente em continuar no Rancho, e corajoso, Jango, em acreditar na Escola, voltou e a revitalizou, pois sabia que para o Rancho sair da mesmice de anos e anos, com presidentes apenas afundando e jogando na lama e nas barras da Justiças principalmente trabalhistas, se fazia necessário, trabalhar com os pés no chão: e começou com o que hoje é a ferramenta mais importante para se levantar a alta estima de um povo que já vem sofrendo as penúrias dos Governos. *** Taí o exemplo mais recente: os políticos mal foram eleitos aumentaram seus salários, com efeito, dominó em todo o País, e deram um aumento para o salário mínimo novamente vergonhoso e ainda teve senador que não foi do Pará, alegando que seria impossível dar um aumento salarial de R$ 600,00 porque tinha prefeituras pelo Brasil afora que não tinha condições de pagá-lo. É claro! Como pode, se eles usaram aquele velho bordão: “primeiro os meus depois os Zeus”. Jango trouxe de sua casa, para o Rancho, um belo exemplo que já vinha adotando há mais de três décadas: a Solidariedade. Essa mesma Solidariedade tinha uma força: a parceria, e a colocou em práticas através de mais de dez projetos, chegando a beneficiar famílias inteiras a partir de uma criança de colo até a Melhor Idade. *** O Rancho necessitava mostrar para si mesmo que precisava resgatar a comunidade para poder então, avançar não só no Carnaval e sim em projetos sociais. Aumentou a distribuição de sopa e melhorou o atendimento odontológico, que era pago e com atendimento para poucas pessoas/mês, passou para mais de 300 pessoas/mês totalmente gratuito. A inclusão Digital vem dando trabalho para muitas pessoas que estavam em desespero para ganhar o seu sustento. No laser e no esporte, o Rancho se destacou e chamou atenção de parceiros como o Senador Flexa Ribeiro, o deputado estadual Ítalo Mácola, o deputado federal, Nilson Pinto, hoje Secretário de Educação do Pará; das autoridades policiais, que viram nos projetos desenvolvidos por Jango Vidal e pelo Rancho, de suma importância para se construir uma Paz tão almejada, tanto prova que a sede da Escola, há anos não é pinchada. *** Porque houve respeito por parte da comunidade e até mesmo dos delinqüentes. Eles passaram a acreditar que ali era um local também de se mudar e mudar pra melhor. Enquanto se fazia ações com trabalhos sociais, o Rancho também se lançou através da última diretoria de Jango, em buscar fórmulas para se resgatar o Carnaval de Belém, que já chegou a ser um dos melhores do Brasil. Concretizou a sua parte, mas infelizmente, por infiltrações de pessoas que buscam remar ao contrário, usando de baixaria para prejudicar outras co-irmãs, sem sequer ter um projeto social para justificar a sua comunidade, conseguiram afastar o Rancho do Carnaval. *** Eles devem estar agora envergonhados, pois outro grande exemplo de união foi mostrado no incêndio nos barracões das Escolas do Rio de Janeiro, onde elas uniram forças e mesmo queimadas, usaram do gás que saíram das veias de seus brincantes, e fizeram um belo carnaval para o Rio e para o Mundo. Enquanto aqui, as demais concorrentes do Rancho não entenderam o recado, a iniciativa de Jango Vidal, onde eles mesmos estiveram presentes e não deram à mínima. Pensaram pequeno: “Farinha pouca, meu pirão primeiro”. O Rancho cresceu em 77 anos de história, de forma brilhante, que se Raimundo Manito aqui ainda estivesse e se por acaso, ele retornasse, certamente estaria feliz, pois seus sonhos se tornaram realidade. *** Mas certamente, também ele iria puxar as orelhas de muitos integrantes dos chamados Poderes da Escola, que não buscaram acompanhar a evolução, a modernização, a globalização, que inclui até a comunicação. Os Poderes da Escola, não entenderam o último recado deixado por Deus. Tá certo, que o recado veio de um lado ao contrário do que o Rancho pratica: o desabamento da construção do que seria um prédio, o Real Class. O Dedo e as Mãos de Deus lá estiveram para evitar o pior. Mas se a Engenharia daquela empresa tivesse observado melhor isso deveria ter sido evitado. No Rancho a mesma coisa: Jango Vidal mesmo cumprindo o seu segundo mandato, bem que poderia ter sido mais bem aproveitado na Escola, pois tinha a possibilidade de transformá-lo em Administrador ao invés de presidente e tudo continuaria crescendo e avançando. *** Não! Faltou pulso por parte dos Poderes, que buscaram seguir a risca o Estatuto, mesmo sabendo que a Escola está prestes a desmoronar e infelizmente, a voltar a viver como no passado, não digo na época em que a roda era quadrada, mas quando ex-presidentes saiam de seu comando, quando não fugindo, até deixando rastros de prejuízos e uma comunidade indignada, e a Escola, com o nome no vermelho e na lama, depois de tanto fazerem besteira. Mas não, a falta de coragem dos Poderes Ranchistas, tem previsão catastróficas a se registrar, pois mesmo antes de Jango Vidal dar a sua carta renúncia, como foi entendida pelo Conselho Deliberativo, já havia ordens de se deixar as luzes apagadas, ventiladores desligados, mesmo sabendo que Jango Vidal deixara até o final o dia 31 de março, tudo engatilhado para pagar, e mais, R$ 80 mil em dinheiro para serem investido em projetos sociais por mais dois anos.*** Dinheiro esse que deve ser cobrado pela comunidade sim, para serem aplicados em projetos sociais e não para pagarem dívidas futuras, desde que não surja um novo presidente com a capacidade de administração como a de Jango Vidal, que fechou um ciclo iniciado por Bosco Moysés, José Manoel Lhamas e o próprio Jango, quando construíram o Templo Maior do Samba de Belém, a sede do Rancho, denominada pelo Jornal CORREIO JURUNENSE, como a nossa Assembléia Paraense. Que os Poderes da Escola se renovem mentalmente, que a Velha Guarda acorde, que seus conselheiros tenham poderes de voz, ação, respeito para com eles próprios e para com a Escola, participando das programações sociais e eventos para angariar fundos para a Escola. Os que participaram foram poucos e contados a dedo e em fotos registradas por este Jornal nos eventos. *** Antes que o Rancho seja objeto de galhofas das co-irmãs, e que realmente a última esperança de se fazer um Carnaval digno no Pará, se apague, se amofine. Estou pronto para “assinar os títulos de ‘Persona Non Grata”, que certamente serão votados para o jornalista Jorge Mesquita e ao CORREIO JURUNENSE, que há 14 anos vem destacando páginas e páginas para mostrar as ações de pessoas que chegam para administrar um patrimônio que é da comunidade, que é do povo paraense: o Rancho. Esses mesmos Poderes que, não buscam se modernizarem, aproveitando o que é seu: este veículo de comunicação e que ainda se presta a colar nas paredes de estabelecimentos comerciais, suas ações e decisões, como presenciamos na Padaria Nosso Senhor do Bom Fim, ao lado da sede, duas cópias assinadas pelo Conselho Deliberativo, pela Assembléia Geral e pela Velha Guarda, uma carta falando da renúncia e agradecendo pelo que Jango Vidal realizou na Escola.*** Na parede de estabelecimento comercial? Que a carta fosse apenas enviada a Jango tudo bem, ou fosse tiradas milhares de cópias e distribuída à comunidade, seria até mais justo. Mas na parede? Depois desta, o papel de umas das cenas do programa humorístico da TV Globo, “Zorra Total”, em que mostra um dos sobreviventes chilenos que saíram do buraco daquelas minas, e vê aqui fora, que nada mudou depois de tanto tempo, ele decepcionado, prefere voltar ao buraco. Como dizia o saudoso Paulo Ronaldo: “Se o doente quer canja, canja pro doente”. *** Que venham os títulos que eu assino. Mas continuo sendo ranchista.



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