Está presa a jovem de 20 anos acusada de ter provocado a morte de seu filho recém-nascido, na última segunda-feira, 25, no município de Igarapé-Açu, nordeste paraense. Claudiane Gomes do Espírito Santo teve a prisão preventiva decretada e cumprida no final da manhã desta quinta. Ela responderá pelo crime de infanticídio.
O crime ocorreu na madrugada do dia 25. Investigações policias apontaram que naquela manhã a acusada, ainda suja de sangue, disse à mãe e à irmã que estava ensanguentada em decorrência de um aborto espontâneo. Imediatamente, Claudiane Gomes foi encaminhada para o Hospital de Igarapé-Açu e posteriormente para o de São José, em Castanhal, onde foi constatado pela médica plantonista de que já não mais havia nenhuma criança no útero da jovem e que, segundo a médica, Claudiane Gomes havia dado à luz uma criança por parto normal.
Indagada pela médica sobre o paradeiro da criança, a acusada continuou negando que houvesse tido filho, porém a mãe, desconfiada da história, começou a fazer buscas pelo quintal da casa e também no terreno vizinho. Seguindo uma mancha de sangue que havia ficado no chão, encontrou a criança já morta, dentro de uma sacola plástica e jogada em um vaso sanitário abandonado.
Segundo depoimentos dos familiares da acusada, mesmo após a criança já ter sido encontrada Claudiane Gomes continuou negando que o bebê era seu. Apenas um dia depois do ocorrido, já na manhã do dia 26, a jovem admitiu que o corpo encontrado era mesmo de seu filho, mas alegou que a criança nascera morta.
Claudiane justificou o fato de ter escondido o corpo do bebê por medo de que seus familiares a acusassem de ter provocado um aborto. Mas a teoria descartada graças aos laudos periciais do Instituto Médico Legal (IML) de Castanhal – para onde a jovem e a criança foram encaminhadas pela Polícia Civil ainda no final da manhã da última terça.
As investigações comandadas pelo delegado Evandro Araújo, tendo como base o trabalho do IML, apontaram que a criança nasceu com vida e morreu em decorrência de traumatismo craniano. O bebê foi registrado com o nome de Pedro Henrique Gomes do Espírito Santo. A acusada foi encaminhada ao Centro de Recuperação Feminina, em Belém, onde aguardará o andamento do processo.
Aycha Nunes - Ascom/Polícia Civil
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