O presidente da Assembleia Legislativa do Pará, Manoel Pioneiro, afirmou que será realizada uma reunião entre os líderes da Casa para fazer um levantamento sobre a fraude, denunciada ao Ministério Público do Estado. A decisão foi anunciada durante entrevista coletiva, nesta sexta-feira (29).
Para Pioneiro, a descoberta do Ministério Público foi uma surpresa. 'Eu defendo as investigações, o Ministério Público está cumprindo o papel dele, mas acho estranha a maneira que foi descoberta a fraude. Acho que antes de começar as prisões, nós deveríamos ter tido conhecimento', afirma.
O presidente garantiu que a Assembleia Legislativa está à disposição da Justiça. 'Nós vamos averiguar a decisão do juiz sobre as prisões, mas todas as perguntas do MPE serão respondidas', explica.
Mesmo com a descoberta do esquema de fraude, a nova administração da Alepa não conseguiu reduzir o valor da folha de pagamento do órgão. 'Nós ainda não conseguimos enxugar a folha de pagamento por causa das gratificações legais, mas garanto que a partir de fevereiro não houve nenhuma irregularidade na casa', afirma.
O Portal ORM entrou em contato com o Ministério Público do Estado e aguarda posicionamento.
Depoimentos - O Ministério Público continua as investigações sobre o caso. Na tarde de hoje, servidores envolvidos no esquema prestam depoimento a promotores do MPE.
Caso - A fraude da Alepa foi descoberta pelo Ministério Público Estadual, após as investigações feitas na folha de pagamento do órgão.
As investigações se intensificaram após as declarações da ex-servidora, Mônica Pinto. O órgão tinha cerca de 300 funcionários e 700 estagiários fantasmas ou que não eram estudantes, na gestão do ex-presidente da casa, Domingos Juvenil.
O desvio da folha de pagamento da Alepa soma prejuízos de R$ 800 mil a R$ 1 milhão por mês. Até o momento, quatro pessoas ficaram detidas, após a denúncia do MPE.
Redação Portal ORM
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