A Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) prosseguiu nesta terça-feira (5) o trabalho de recuperação da rede de abastecimento de água rompida no último domingo (3), na Travessa Mauriti próximo à Rua Nova, deixando mais de 200 mil moradores sem água nos bairros do Telégrafo, Sacramenta e Pedreira. A companhia consertou parte da tubulação até às 10h de terça, porém um novo rompimento obrigou a Cosanpa a desligar, mais uma vez, o sistema de abastecimento nessas áreas.
À tarde, o diretor de Operações da companhia, Antonio Crisóstomo, informou em entrevista coletiva no local do vazamento que ainda não tinha certeza sobre o tempo necessário para concluir o serviço, mas "esperamos que no máximo até amanhã (quarta-feira ) possamos ter água de volta nesses bairros". Cerca de 35 homens trabalham dia e noite para recuperar o sistema.
Crisóstomo garantiu que a Cosanpa também indenizará moradores de três casas atingidas pelo vazamento na rede. Lene Oliveira, assessora comunitária da companhia, disse que já identificou as residências afetadas. "Eram casas que estavam abaixo do nível da rua. Os moradores perderam dois colchões e um freezer, entre outros objetos. A Cosanpa vai ressarcir tudo", assegurou.
Dificuldade - Antonio Crisóstomo afirmou que 50% do abastecimento havia sido restabelecido na manhã de terça-feira, quando ocorreu outro vazamento. Segundo ele, a grande dificuldade se deve à profundidade da rede e ao terreno alagadiço, que dificulta o trabalho dos técnicos. "Eram só quatro metros de rede a ser recuperados, mas se tornaram 12 metros", acrescentou.
Perguntado se a rede estaria desgastada a ponto de comprometer todo o sistema, Crisóstomo disse que rompimentos são normais, mas não com essa dimensão. "A rede é antiga, mas aguenta. O problema é a grande compactação do terreno, que foi aterrado várias vezes, aliada ao intenso fluxo sobre dele", ressaltou.
Atualmente, a rede de abastecimento de água da Cosanpa na Região Metropolitana de Belém tem cerca de 2,9 quilômetros de tubulação. Crisóstomo disse que a Cosanpa está disposta a contratar carros pipa para amenizar a falta d'água. "Ontem (segunda-feira), porém, vimos que não há carros pipa em Belém para atender a demanda. Estamos estudando a possibilidade de o Corpo de Bombeiros atender emergencialmente a população", disse ele.
Elielton Amador - Secom
Nenhum comentário:
Postar um comentário