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segunda-feira, março 21, 2011

Jornalistas nacionais e internacionais cobrem o Surf na Pororoca

 Da Redação
Agência Pará de Notícias


A jornalista alemã radicada no Brasil
afirmou que era um sonho
cobrir a pororoca no Pará

Jornalistas nacionais e até internacionais, em especial os repórteres fotográficos, disputavam um espaço mais privilegiado no pequeno trapiche construído na localidade Monte D'ouro, próximo À ilha do Tóio, onde a visão da pororoca é surpreendente e belas imagens podem ser colhidas do fenômeno da natureza, neste domingo (20), no município de São Domingos do Capim, no nordeste do Estado do Pará.
A pororoca surpreendeu ainda um grupo de turistas: dois pesquisadores americanos e um fotógrafo amador da Guatemala, que vieram pela primeira vez ao município conhecer o fenômeno da natureza. O americano Nathan Vogt já realizou pesquisas para a Universidade Federal do Pará, Embrapa e Museu Emílio Goeldi. Ele mora em Belém há seis anos e sempre teve curiosidade sobre o assunto. "Desde que cheguei a Belém ouvi falar sobre esse fenômeno e sempre quis conhecer. Essa foi a primeira oportunidade que tivemos. Gostei muito. Algo diferente, que não existe na minha terra", reconheceu o pesquisador que veio acompanhado de outra pesquisadora americana e do marido dela, o fotógrafo amador guatemalteco Adolfo Cortez. O grupo ficou muito entusiasmado com o que viu e irão mostrar os registros para familiares. "Vamos mostrar nossas fotos para nossas famílias, nos Estados Unidos", disse.
O jornalista Vianey Bentes, que integra a equipe da Brasil Vídeo, já presenciou diversas edições da pororoca. Ele, que veio a São Domingos do Capim acompanhado do diretor de fotografia, Elder Miranda, e do repórter cinematográfico Emanoel Ferreira, diz que essa aventura dos surfistas provoca grande curiosidade nas pessoas. "Tudo aquilo se relaciona à Amazônia provoca a curiosidade das pessoas. Quando na escola se falava em pororoca, dava medo. Eu recordo que, quando criança, as únicas imagens que a gente via da pororoca eram do programa 'Amaral Neto, o Repórter', e a gente ficava assustado com esse fenômeno".


Vianey Bentes (camisa branca) e a
equipe que elabora o documentário
sobre o fenômeno da natureza


Na cobertura da pororoca, Vianey diz que traz uma experiência de oito anos. "Já tem uns oito anos que a gente acompanha o surf na pororoca e produzimos e cedemos essas imagens para as emissoras de TVs. Estamos fazendo um documentário e começamos a juntar material sobre o fenômeno da pororoca e porque ela atraia tanto esses garotos. Então a gente aborda isso, a aventura do surfista e o fenômeno em si, que era, até então, desconhecido, e como ela vai sendo influenciada pela mudança de clima", informou.
Marcos Oliveira, que escreve para o Diário do Turismo, um portal de notícias especializado na área turística, que já existe há sete anos, veio a São Domingos do Capim com o repórter fotográfico Wanderley Mattos meio que por acaso. Ele explica que sua vinda ao Pará nasceu da intenção de fazer uma matéria sobre Belém. Mas ao fazer contato com a Companhia de Turismo do Pará (Paratur) soube do Festival da Pororoca e conseguiu conciliar a agenda programada anteriormente. "Ao entrar em contato com a Paratur, coincidiu com a realização do festival da pororoca e então acabamos adequando a nossa agenda pra cobrir o evento que acredito ser muito interessante e bacana", revelou o jornalista paulista.

Pesquisadores americanos e fotógrafo
da Guatelama também
acompanharam o evento de perto

A vontade de cobrir o Festival e o Surf na Pororoca acompanha a jornalista alemã Christine Wollowski, há quase três anos. Ela escreve para um dos grandes jornais alemães, o Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung. Com uma tiragem de 400 mil exemplares, e publicado sempre aos domingos, o jornal irá dedicar um espaço no caderno de turismo e viagem ao fenômeno da pororoca, que encantou a correspondente, radicada em Santa Catarina. "Eu vim exclusivamente para fazer essa matéria e eu sonhava há uns três anos com isso, mas só agora consegui realizar. Eu já sabia um pouco sobre a programação, mas ao chegar aqui, constatei que é impressionante".
Felipe Solari, repórter do programa Legendários, da Rede Record, também vivenciou uma experiência fora do comum. Ele, o diretor do programa, Marco Aurélio, o câmera Edmur Epifânio e o assistente Lucas Melo foram assistir a passagem da pororoca na outra margem do rio. O objetivo foi de viasualizar a pororoca por um outro ângulo. Eles foram transportados na lancha do Corpo de Bombeiros e viveram momentos de muita aventura. "A impressão é das melhores, e a vontade é de voltar. Já que eu estou bem e estou inteiro, eu quero voltar, porque foi muito legal ver a pororoca ali da margem. A gente sempre procura fazer de um jeito diferente do que todo mundo já fez. A gente queria passar pela pororoca, prová-la, sentir na pele. Essa experiência é que fez a gente sentir vontade de voltar", falou ao retornar da outra margem do rio Capim.
Ele descreveu ainda a sensação vivida no momento da passagem da grande onda. "Ela passou legal, meio um tsunami, porque primeiro vem a água, depois vem a onda. Os bombeiros deixaram a gente na margem e ali a gente teve que se virar", descreveu o repórter.
A edição do programa vai ao ar pela Rede Record, no dia 2 de abril, e irá abordar também o Fórum Internacional de Sustentabilidade, que ocorre em Manaus, para onde a equipe se deslocará de barco. "O tema desse programa será a sustentabilidade e a pororoca sempre foi um tema curioso para nós", concluiu.

Rosa Borges - Secom

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