O 11º Rallye Iles du Soleil ("Ilhas do Sol"), expedição de 25 veleiros e cerca de 90 tripulantes de diversas nacionalidades, e que já visitou os estados de Paraíba, Ceará, Bahia e Piauí, inicia seu roteiro no Pará pelo município de Soure, no Marajó. Na próxima semana o grupo estará partindo de Soure, rumo a Belém, seguindo depois para São Sebastião da Boa Vista, Breves, Porto de Moz, Almeirim, Santarém e finalizando a expedição em Afuá. Todo o percurso da expedição dura em média sete meses a bordo de um veleiro conhecendo os lugares mais bonitos do mundo.
Segundo Nicholas Tiphagne, diretor operacional da regata e coordenador do evento no Brasil, explica que o rally leva os participantes a conhecerem destinos turísticos pouco explorados no mundo há pelo menos 15 anos, quando aconteceu a primeira expedição. "Há 15 anos o organizador do evento resolveu incluir o Brasil no roteiro da viagem e saiu da rota tradicional de navegação. O objetivo inicial foi o de trazer o rally para lugares diferentes e com atrativos culturais e naturais. O Brasil se destaca entre os cinco países visitados por que é onde ficamos mais tempo, cerca de quatro meses", informou.
Nicholas também destaca a colaboração do governo estadual para o sucesso da expedição. "Como no rally nós temos barcos feitos para navegar no mar, por consequência essas embarcações não têm motor suficiente para enfrentar a correnteza forte do rio Amazonas e é por isso que nós solicitamos um apoio do Estado, caso um motor venha a falhar, e o governo, por meio da Seel faz o fretamento de um barco de apoio, que é uma embarcação de trabalho, com possibilidade de rebocar os barcos, caso haja necessidade".
Segundo Ana Júlia Chermont, gerente de eventos culturais da Secretaria de Esporte e Lazer(Seel), o governo também se responsabiliza pela participação das diversas instituições militares que vão estar neste barco de apoio, a partir da saída de Belém. "São policiais militares do grupamento fluvial, turístico e mergulhadores do Corpo de Bombeiros". A Seel também faz uma solicitação às prefeituras dos municípios por onde a expedição passa, para que libere o trapiche municipal a fim de atracar o barco de apoio.
A francesa Catarina V., 50 anos, que faz o rally no barco Paloma, disse que é sua primeira viagem, que realiza com mais dois amigos. Ela se encantou com a tranquilidade de Soure. O clima, as belezas naturais também lhe chamaram a atenção, além das frutas como o cupuaçu, manga e açaí. Outra coisa que eles não conheciam é o serviço de mototáxi, muito comum nos municípios do nosso interior paraense. Ela destacou ainda a hospitalidade, a gentileza e o sorriso das pessoas.
O prefeito de Soure, João Luiz Melo, destacou que para o município é importante estar no roteiro da excursão náutica, pelo aspecto de promoção turística que o evento traz para a localidade e a movimentação econômica. "Somos um pólo turístico e essa visita anual dos velejadores, que passam por aqui desde 2000, tem dado uma divulgação ao nosso município para o mundo todo. A gente percebe que eles se sentem à vontade na cidade. Eles transitam com segurança e tranquilidade, além de movimentarem e contribuírem para a economia do município", concluiu.
Para o gerente de cultura de Soure, Paulo Alex, a vinda desse grupo proporciona uma troca de culturas. "Eles trazem a cultura deles e levam a nossa. Esse momento é a oportunidade que temos de agradecer a eles a escolha da cidade para fazer parte desse roteiro".
Rosa Borges – Secom
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