Um mutirão de limpeza na escola estadual Palmira Gabriel, no bairro do Tenoné, marcou o início do projeto de construção do muro pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para garantir segurança aos 2.600 alunos matriculados na escola. Na manhã desta terça-feira, 26, uma empresa contratada enviou funcionários que começaram a limpeza da área.
A medida emergencial foi tomada após reunião entre a direção da escola, professores, funcionários e o gestor responsável pela 11ª Unidade "Seduc na Escola" (USE), para coibir episódios como os ocorridos na última quarta-feira, 20, quando bandidos amedrontaram estudantes e professores. O grupo planejou várias ações para a reforçar a segurança.
Walter Cruz, gestor da 11ª USE, explica que todas as medidas foram tomadas pela atual gestão para que o problema seja resolvido, e que até o final da semana, uma equipe de engenharia da Secretaria vai ao local fazer a análise da situação do muro para que seja levantado ou reconstruído. "O primeiro passo é a limpeza, seguida pela avaliação da equipe técnica. Posteriormente, o muro será reconstruído e o acesso de pessoas estranhas, interrompido", garante Walter.
A ação contou também com a presença de um biólogo da Seduc, que auxiliou no processo de catalogação das espécies florestais que existem na área, que não serão retiradas do local, visando a preservação ambiental. O secretário adjunto de logística escolar da Seduc, José Croelhas, deu aval para que a área seja preservada ao máximo e se transforme em espaço de preservação ambiental, criando um laboratório ao ar livre para ajudar os alunos no processo de aprendizagem.
A diretora da escola, Viviana Pinheiro, informa, que além do muro, outras medidas para aumentar a segurança estão sendo tomadas, como a obrigatoriedade dos estudantes uniformizados dentro da escola e a apresentação da carteirinha de identificação com foto e cores diferentes para cada turno. "Os alunos deverão apresentar a carteirinha para ter acesso a escola. Pela manhã, a carteira é amarela. A tarde, a azul e à noite, a carteira é verde".
O número de vigilantes também foi redobrado, assim como, a presença constante de policiais da Companhia Independente de Policiamento Escolar (Cipoe), que ajudam nas rondas na área interna da escola.
Credibilidade: Os alunos torcem para que a situação seja resolvida e que a escola volte a ser tranquila, como é o caso da estudante da 8ª série, Dayane de Souza, 14. "Estudo há quatro anos na escola, estou com medo, mas acredito que as coisas irão mudar e que vamos ter paz. Sei que a Seduc vai resolver da melhor maneira possível", enfatiza.
O mesmo sentimento de credibilidade é compartilhado por Brenda Mayara Matos, 17. A aluna, que hoje cursa o último ano do Ensino Médio e estuda desde a 5ª série na escola, diz que Palmira Gabriel é sinônimo de comprometimento com o ensino de qualidade, bons alunos, bons professores e um espaço maravilhoso. "Minha escola é maravilhosa. Nenhuma violência vai acabar com a qualidade do que fazemos e com tudo de bom que temos aqui como nossos professores e projetos", defende.
A qualidade informada por Brenda é comprovada pela participação de vários alunos da escola em feiras de iniciação científica com reconhecimento nacional, como a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), a Feira do Ensino Médio Inovador e a Feicipa (Feira de Ciências do Estado do Pará). A declaração de amor da aluna foi feita durante a comemoração do 13º aniversário da escola, quando um abraço simbólico marcou a relação de amor e confiança dos alunos, que cantaram um sonoro "parabéns à você".
Fabianna Batista - Ascom Seduc
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