O 9º Informe da Situação da Dengue no Pará divulgado nesta quarta-feira (10), pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), aponta tendência de queda no número de casos notificados e confirmados de dengue no Estado, mas a vigilância deve ser permanente. De 1º de janeiro a 16 de abril, foram notificados 13.081 casos da doença, dos quais 5.178 foram confirmados.
Os municípios com mais casos notificados são Belém (1.391), Santarém (1.118), Altamira (760), Parauapebas (743), Marabá (666), Marituba (420), Tucuruí (414) e Novo Progresso (402). Em relação aos casos confirmados, os municípios com maior registro são Altamira (540), Santarém (421), Tucuruí (367), Novo Progresso (354) e Paragominas com 267.
Segundo a coordenadora do Programa de Controle da Dengue, Carla Garcia, a incidência de casos confirmados por 100 mil habitantes no Estado mostra que, conforme a classificação de risco, devem ficar em alerta principalmente os municípios de médio risco, como Altamira, Paragominas, Salinópolis, Soure e Tucuruí; e os de alto risco - São João do Araguaia e Novo Progresso. "Todos estão recebendo apoio técnico da Coordenação Estadual quanto ao controle químico, se necessário, e ações de Vigilância Epidemiológica para contenção e situação de alerta para ocorrência de surto", ressaltou a coordenadora.
Até o momento houve oito óbitos por dengue no Estado, sendo três em Belém, dois em Pacajá, um em Santarém, um em Soure e um em Tucuruí. Oito mortes continuam sendo investigadas.
Tipo 4 - Também já foram confirmados 16 casos de dengue tipo 4 (DENV4) no Pará, sendo 15 em Belém e um em Ananindeua, o que requer vigilância dobrada em função do risco de epidemia, já que a maioria da população ainda não entrou em contato com esse sorotipo.
Os 15 casos de dengue tipo 4 em Belém ocorreram em nove bairros - Maracacuera, Águas Negras, Tenoné, Pratinha, Cabanagem, Marambaia, Marco, Canudos e Condor. Em Ananindeua, o caso foi registrado no bairro do Coqueiro. Em todos os casos os pacientes se recuperaram, e não houve manifestações hemorrágicas.
Para minimizar o impacto da circulação do novo vírus, as Vigilâncias Epidemiológicas de Belém e Ananindeua realizaram investigação de campo para avaliação do caso e determinação da amplitude da circulação viral. A investigação se destinou a identificar onde os pacientes se infectaram e a intensificar o combate ao mosquito adulto e às larvas, por meio de controle biológico e químico.
Amostras - A Unidade Sentinela, que funciona no Hospital Abelardo Santos, encaminhou, até o momento, 260 amostras para análise ao Laboratório Central do Estado (Lacen), das quais 50 (19%) tiveram resultado positivo para dengue e foram encaminhadas para o Instituto Evandro Chagas (IEC), visando a identificação do vírus circulante. A finalidade desse trabalho é apenas identificar os sorotipos que estão circulando na cidade.
Seguindo diretriz do Ministério da Saúde, continua a vigilância de casos graves e óbitos suspeitos de dengue, exigindo que os municípios informem em 24h à Coordenação Estadual de Controle da Dengue a ocorrência de casos graves ou suspeita de óbito pela doença. A finalidade é realizar o bloqueio vetorial na área e evitar que mais pessoas adoeçam.
Até hoje foram internadas 415 pessoas com suspeita de dengue com complicação, das quais nove continuam sob avaliação médica.
Serviço: Para mais informações sobre dengue entre em contato com as Secretarias Municipais de Saúde: Ananindeua (91) 3073-2220; Marabá (94) 3324-4904; Marituba (91) 3256-8395; Santarém (94) 3524-3555 e Tucuruí (94) 3778-8378. Em Belém, (91) 3277-2485, e os telefones dos Distritos Administrativos: Daben (3297-3275); Daent (3276-6371); Dagua (3274-1691); Daico (3297-7059); Damos (3771-3344); Daout (3267-2859); Dasac (3244-0271) e Dabel (3277-2485).
Roberta Vilanova – Sespa
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