A Fapespa confirma sua credibilidade junto à comunidade científica paraense e inicia uma nova jornada em busca de recursos, para programar ações em prol do desenvolvimento da ciência e tecnologia na região. A meta foi estabelecida na reunião do Conselho Superior da Fapespa, a primeira deste ano, realizada na última quinta-feira, 31, no Hangar - Centro de Convenções da Amazônia.
Pesquisadores, representantes da área sindical, das empresas e do setor industrial que integram o conselho tiveram oportunidade de conhecer a atual situação administrativa e financeira da fundação, exposta à entidade após três meses de análise e recuperação dos trabalhos dentro da fundação.
Presidido pelo secretário de Ciência e Tecnologia do Estado, Alex Fiúza de Melo, o Conselho é o órgão máximo da fundação, influenciando e aprovando diretamente as tomadas de decisões da Fapespa no que diz respeito aos investimentos para o desenvolvimento científico no Estado. Apesar do diagnóstico difícil, os conselheiros receberam com muita positividade a nova equipe da Fapespa, presidida por Mário Ribeiro e formada pelo diretor científico Moacir Macambira, pelo diretor de planejamento Eduardo Lima, pela chefe de gabinete da presidência, Suely Watrim, e pelas assessoras Silvânia Mendes e Sibele Bitar.
Para o presidente da fundação, Mário Ribeiro, a reunião foi excelente e as colocações dos conselheiros, apropriadas ao momento que a Fapespa vive. "Acredito que esta situação é reversível e isso depende unicamente de dois fatores: em primeiro, de muita determinação e força de vontade do corpo de funcionários da Fapespa, que eu já percebi nestes três meses que é extremamente capaz; e em segundo, da participação mais próxima do Conselho, que tem muito a contribuir, não só com seus conselhos, mas também para a rede de relações que pode tecer junto às agências federais e na viabilização de mecanismos de captação de recursos", disse.
De acordo com Eduardo Lima, da Diretoria de Planejamento da Fapespa, o quadro financeiro da fundação conta, atualmente, com recursos que aparentemente estariam disponíveis para investimentos em novas ações da fundação, mas na verdade não estão. "Temos R$ 15 milhões em caixa, mas já estão totalmente comprometidos com projetos em andamento. No entanto, já estamos trabalhando para obter captações externas e a partir daí renegociar convênios e projetos que foram fechados sem ter seus repasses concluídos. Já conseguimos, por exemplo, ajustar as contas em relação aos bolsistas", disse.
A situação que começa a ser gerenciada conta com total apoio do governador e dos secretários de Ciência e Tecnologia, Alex Fiúza de Melo, Teresa Cativo, de Meio Ambiente e Sidney Rosa, secretário de Projetos Estratégicos do Governo. "É muito importante ter o apoio destes secretários, porque muitas das pesquisas da Fapespa são tocadas para o fortalecimento do meio ambiente e para o planejamento estratégico, onde estão os chamados projetos estruturantes do governo", afirmou Mário Ribeiro.
Os conselheiros também se manifestaram dispostos a colaborar e concordaram em acompanhar mais de perto o trabalho da fundação, a fim de reverter todos os problemas que estão sendo enfrentados. "Foi importante apresentar este diagnóstico ao conselho, que é altamente qualificado para orientar a fundação nas diretrizes do Estado e no que ele precisa em termos de concentração de investimentos em pesquisa formação de recursos humanos", disse Moacir Macambira, diretor científico da Fapespa.
A partir deste mês de abril iniciam as reuniões com os pesquisadores para a renegociação dos convênios firmados, assim como das cotas de repasses financeiros à fundação, a fim de regularizar suas pendências orçamentárias. "Vamos lançar alguns editais e negociar novas cotas no Plano Plurianual do Governo, em face desta situação especial que a Fapespa está passando. As áreas da saúde, educação, segurança, ciência e tecnologia são prioritárias para que sejam viabilizados os projetos estruturantes que vão fazer o estado alavancar", finalizou Mário Ribeiro.
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