Nessa terça-feira (5), a presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), Cleide Amorim, se reuniu com o presidente do Banco da Amazônia (Basa), Abdias Junior, para discutir medidas que fortaleçam o crédito rural para a agricultura familiar do Pará, visando a facilitação do acesso do pequeno produtor a financiamentos e a solução de gargalos como as altas taxas de inadimplência de alguns setores e municípios. O encontro aconteceu à tarde, na sede matriz do Basa, em Belém.
Estiveram presentes, também, o coordenador técnico da Emater, Paulo Lobato; o supervisor regional da Emater em Capanema, Jairo Eiras; e o diretor comercial do Basa, Gilvandro Negrão.
Segundo Cleide Amorim, a parceria entre Emater e Basa "é histórica e fundamental", e a interação permanente entre os gestores das duas instituições só melhora uma relação que já é ótima. "Temos no Basa um grande apoio", disse.
Para Abdias Junior, "a Emater é estratégica na execução de políticas públicas e uma das gestoras do desenvolvimento do estado. Por isso, o Basa precisa sempre de uma Emater ágil, eficiente", considerou. Ainda de acordo com ele, um dos desafios do sistema de crédito da agricultura familiar é "a responsabilidade com a prática bancária saudável: em um momento de oportunidade única, em que o pequeno produtor tem terra para cultivar, recursos disponíveis, assistência técnica e escoamento da produção. Vamos trabalhar no sentido de estruturar com qualidade o processo, fornecendo apoio financeiro e sabendo cobrar, até para estimular os empreendimentos familiares como negócios sustentáveis", explicou. "Nossa ideia é ajudar a melhorar a vida das pessoas e participar do desenvolvimento social e comunitário dos municípios, do estado e do país", anunciou.
Cleide Amorim reafirmou o compromisso da Emater de cumprir o rigor na emissão de declarações de aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e de capacitação permanente dos extensionistas para a elaboração de propostas de crédito.
Jairo Eiras ressaltou que é preciso continuar garantindo um canal constante de renegociação de dívidas e de acesso ao crédito, "aproximando as agências do banco em cada município dos escritórios locais da Emater, de modo que os agricultores possam conversar com os gerentes e entendam as exigências do agente financeiro, bem como a Emater possa auxiliar os produtores a ter condições de atender às exigências", reforçou.
Paulo Lobato salientou que desde 2009 a Emater trabalha com um termo de procedimentos, com 15 itens, formulado conjuntamente por Emater e Basa. Tal termo dispõe especificidades de documentação e perfil do agricultor, facilitando a adequação de propostas, por parte da Emater, às exigências do Basa. Treinamentos regulares pelo Basa a técnicos da Emater no preenchimento de planilhas também têm acontecido. "O que podemos melhorar, ainda, é o contato direto entre os gerentes e os escritórios da Emater, o espaço de negociação", complementou.
Gilvandro Negrão lembrou que "as metas de aplicação do Plano Safra têm que ser cumpridas com qualidade, porque não adiantaria colocar recursos somente para aumentar volume". Ele ressaltou que, na safra passada, o Basa superou as metas do Ministério da Integração Nacional quanto a projetos contratados, "inclusive com aumento de 60% em relação ao ano anterior: Vamos investir, mas sem deixar de acompanhar os resultados".
Na ocasião, os presidentes da Emater e do Basa concordaram que reuniões periódicas em nível municipal continuarão sendo realizadas, possibilitando que equipes da Empresa e do Banco tenham contato direto com os agricultores e os movimentos sociais correlatos, para esclarecer dúvidas e compor consensos.
Decidiu-se, inclusive, que a Emater aproveitará a presença de todos os seus 12 supervisores regionais em Belém, em evento a ser confirmado para até início de maio, para que conversem diretamente com a gerência de agricultura familiar e microfinanças do Basa e iniciem uma ponte de comunicação imediata.
Aline Miranda - Ascom Emater
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