Nesta terça-feira, 26, é comemorado o Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial, uma doença silenciosa que pode levar à morte se não for diagnosticada precocemente. O dia foi instituído para alertar os indivíduos com predisposição genética e estilo de vida inadequado dos perigos que a doença pode causar, caso não se tomem cuidados para controlar a famosa pressão alta.
De acordo com dados do Programa Nacional de Atenção a Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus (Hiperdia), do Ministério da Saúde (MS), no Pará, de janeiro de 1999 a abril de 2011 já são 162.716 os acometidos pela doença, sendo 59.892 homens e 102.824 mulheres. No Brasil, só em 2010 os pacientes passaram de 400 mil.
A secretária adjunta de Saúde do Estado, Rosemary Góes, ressalta a importância do trabalho integrado do Estado com os municípios para capacitar dos técnicos e gestores, visando o controle e prevenção da doença. "São ações técnicas para a garantia da assistência desenvolvidas anualmente em parceria com os municípios. Praticar exercícios e procurar uma unidade de saúde periodicamente é uma das orientações para prevenção da hipertensão", lembrou, no momento em que abriu a programação especial ocorrida no prédio do Nível Central da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
Atividades similares de combate à hipertensão estão sendo realizadas simultaneamente na orla de Icoaraci, por servidores do hospital Abelardo Santos; no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Icoaraci; no Primeiro Centro Regional de Saúde da Sespa, na avenida Presidente Vargas; no Hemopa e outros órgãos públicos do Estado.
Nesta sexta-feira, 29, haverá outra programação alusiva ao combate à hipertensão na praça Batista Campos, a partir das 8 horas, com alongamento, caminhada ao redor da praça, apresentações de academias de ginásticas e serviços de medição de pressão arterial, controle de peso e de glicemia.
A coordenadora estadual do programa Hiperdia, Zandra Mota, lembrou que os principais fatores de riscos para o desenvolvimento da hipertensão são o consumo excesso de sal, estresse, bebidas alcoólicas, tabagismo, obesidade, falta de atividade física e a má alimentação. "A hipertensão arterial ou pressão alta, quando não é tratada, é principal fator de risco para derrames, doenças do coração, paralisação dos rins, lesões nas artérias, podendo também causar alterações na visão", alerta.
Para atender os portadores de hipertensão, o Ministério da Saúde possui o Programa Nacional de Atenção a Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, o Hiperdia, existente tanto nas secretarias estaduais de saúde quanto nas municipais.
O programa compreende um conjunto de ações de promoção de saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento dos agravos da hipertensão. O objetivo é reduzir o número de internações, a procura por pronto-atendimento, os gastos com tratamentos de complicações, aposentadorias precoces e mortalidade cardiovascular, com a conseqüente melhoria da qualidade de vida dos portadores.
A pessoa é considerada hipertensa quando a pressão arterial é igual ou superior a 14 por 9. A doença é causada pelo aumento na contração das paredes das artérias para fazer o sangue circular pelo corpo. Esse movimento acaba sobrecarregando vários órgãos, como coração, rins e cérebro. Se a hipertensão não for tratada, algumas das complicações são: entupimento de artérias, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto.
"A hipertensão é uma inimiga silenciosa da saúde porque não tem sintomas. Por isso, as pessoas devem medir regularmente a pressão e checar se ela está dentro da média, que é de 12 por 8. Apesar de não ter cura, a doença tem tratamento e pode ser controlada por medicamentos oferecidos na rede pública", orienta Zandra Mota.
Mozart Lira – Sespa
Nenhum comentário:
Postar um comentário