Mesmo a categoria aceitando a proposta do Governo
apresentada nesta quinta-feira (19), no final da noite de hoje, um grupo
isolado de policiais militares iniciaram um buzinaço pelas ruas da capital
paraense informando que a greve está mantida. Cerca de 150 militares dizem que
o objetivo do ato é mostrar que alguns batalhões estão com suas atividades
completamente paradas.
'Eles venderam a tropa. Eles são uns traidores'. As frases
foram ditas por vários dos que resolveram manter a greve. Eram os insatisfeitos
com a decisão das lideranças ligadas às associações de PMS e bombeiros.
Mostrando revolta, alguns ofenderam os líderes da categoria.
Segundo os manifestantes pelo menos cinco batalhões estão
com as portas fechadas e eles dizem que não aceitaram a proposta apresentada
pelo Governo e que não vão retornar ao serviço.
O Secretário de Segurança, Luiz Fernandes, esteve reunido
com representantes das lideranças militares para tentar um acordo e impedir a
greve da categoria nesta quinta-feira (19).
Após mais de 10h de reunião, no Centro Integrado de Governo
(CIG), a categoria aceitou as propostas apresentadas pelo governo, que concedeu
reajustes que variam de 18% a 26% aos salários dos policiais militares.
A categoria chegou a se manifestar contrária a decisão do
Governo e informou que a greve seria iniciada no início da noite de hoje (19),
porém, eles permaneceram reunidos com o secretario de segurança, e a secretaria
de administração Alice Viana, onde a decisão foi: como o Governo atendeu parte
da pauta de exigências da categoria, a greve está suspensa.
O governo concedeu ainda intersídio de 5% para os praças,
ganho de 70% sobre a gratificação de risco de vida e ganho real de 7%. Também
ficou definida a permanência da mesa de negociação com a categoria, a fim de
discutir outras reivindicações dos militares do Estado, como o prazo de
implantação da jornada de trabalho para 40 horas semanais; o adicional de
interiorização e o auxílio fardamento para cabos e soldados, além de mais 30%
na gratificação por risco de vida.
Todas essas reivindicações serão discutidas na mesa de
negociação, considerando sempre as condições financeiras do Estado.
O governo foi representando na negociação pela secretária de
Estado de Administração, Alice Viana; pelo secretário de Estado de Segurança
Pública e Defesa Social, Luiz Fernandes Rocha, pelo comandante geral da Polícia
Militar, coronel Daniel Mendes, e pelo comandante geral do Corpo de Bombeiros,
coronel Hegésipo Donato.
Veja a tabela de aumento dos
militares, por patente, de acordo com o novo aumento:
Soldado:
de R$ 1.905,50 para R$ 2.253,20
Cabo:
de R$ 2.021,52 para R$ 2.434,61
Terceiro
Sargento: de R$ 2.168,94 para R$ 2.635,13
Segundo
Sargento: de R$ 2.439,16 para R$ 2.952,14
Primeiro
Sargento: de R$ 2.569,12 para R$ 3.107,75
Subtenente:
de R$ 2.726,82 para R$ 3.344,39
FONTE: Redação Portal ORM com informações da Agência Pará
Fotos: Agência Pará
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