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quinta-feira, janeiro 19, 2012

Atendimento de saúde a dependentes químicos receberá melhorias

                O Plano de Enfrentamento ao Crack e outras drogas, anunciado este mês pelo Ministério da Saúde, foi destacado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) como um grande incentivo à política de saúde voltada aos usuários de drogas. O reforço na rede de assistência depende da participação dos municípios para garantir as metas e os recursos destinados ao Estado.
                Segundo a coordenadora estadual de Saúde Mental, Marilda Couto, é fundamental que todos os municípios se empenhem e articulem suas políticas para a adesão ao programa. “É preciso que os municípios se engajem firmemente neste propósito. Os gestores municipais devem enviar seus projetos para o Estado. Vamos analisá-los e adequar de acordo com a necessidade de cada um, viabilizando o acesso ao recurso”, afirma.
                No Pará, o plano prevê a criação de 55 novos leitos e qualificação de outros 56 (totalizando 111) em enfermarias especializadas em álcool e drogas, destinados a internações de curta duração. Também estão previstas 18 novas unidades de acolhimento, 13 destinadas ao atendimento de adultos e outras cinco para crianças e adolescentes. O Ministério da Saúde vai investir R$ 58,2 milhões para a implantação desses serviços.
                No total, serão investidos em todo o País R$ 4 bilhões, até 2014, em ações que vão da prevenção ao enfrentamento ao tráfico de drogas. As ações do plano de enfrentamento ao crack e outras drogas estão estruturadas em três eixos: cuidado, autoridade e prevenção. Os recursos serão liberados mediante adesão de Estados e municípios.
                Ampliação – Os 111 leitos nas enfermarias especializadas em álcool e drogas serão usados para atendimentos e internações de curta duração durante crises de abstinência e em casos de intoxicações graves. São serviços que atenderão com equipe multiprofissional crianças, adolescentes e adultos. Para estimular a criação desses espaços, o valor da diária de internação crescerá 250% - de R$ 57 para até R$ 200. Ao todo, serão investidos R$ 670,6 milhões.
                Também serão construídos dois novos Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (Capsad), que vão funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana. Outros dois centros do Estado também vão se tornar 24 horas. Eles oferecem tratamento continuado a pessoas – e seus familiares – com problemas relacionados ao uso abusivo ou dependência de álcool, crack e outras drogas.
                O atendimento no Pará também deve ser reforçado com a criação de 18 unidades de acolhimento, que terão equipe profissional disponível 24 horas para cuidados contínuos. Essas unidades cuidarão em regime residencial por até seis meses, e realizam a estabilização do paciente e o controle da abstinência. Atualmente o Pará dispõe de 65 Caps espalhados em vários municípios, dos quais seis ainda estão sob gestão estadual, cinco em Belém e um em Santarém. Além disso, existe um programa do governo que prevê a construção de alguns complexos de unidade em dependentes químicos.
                Ao longo do ano a Sespa promove oficinas de capacitação para as equipes que trabalham em todos os Caps. “Nestas oficinas abordamos o atendimento, a importância da prevenção e ainda sensibilizamos a rede básica para o aperfeiçoamento dos serviços”, explica Marilda Couto.
                A coordenadora ressalta que para o Plano do Ministério da Saúde o Estado vai usar várias frentes de trabalho, entre elas a sensibilização dos municípios acima de 70 mil habitantes para a construção de um Caps e a regionalização de um centro em determinada área contemplando outros municípios. “Com isso, vamos garantir o apoio necessário e ajudar os municípios a organizarem o novo serviço de acordo com sua demanda”, conclui.

Texto:
Edna Sidou-Sespa

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