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quinta-feira, janeiro 19, 2012

Sespa alerta médicos para sintomas de doenças no período chuvoso




                Febre, dor de cabeça e manchas pelo corpo são sintomas iniciais comuns de várias doenças infecciosas. Por isso, neste período chuvoso, os médicos precisam estar mais atentos às queixas dos pacientes, evitando que uma doença grave, como meningite meningocócica, dengue, leptospirose, hantavirose, febre amarela, hepatite aguda, doença de Chagas e leishmaniose, possam ser confundidas com virose. O diagnóstico inicial deve ser feito por meio da história do paciente e do exame físico, daí a necessidade de o paciente contar tudo o que sente, e o médico escutar e examinar atentamente, para evitar equívocos.
                Devido às chuvas, as pessoas tendem a ficar mais aglomeradas, como em ônibus, escolas e outros locais fechados, o que facilita a transmissão da meningite, uma doença que pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos, e não infecciosos, como os traumatismos.
                Devido à gravidade, merecem maior preocupação as meningites bacterianas meningocócica, pneumocócica, tuberculosa e a causada pelo Haemophilus influenza, que acometem as membranas do sistema nervoso central, chamadas de meninges. Alguns desses agentes, como é o caso do Haemophilus tipo B, o Meningococo tipo C e o Pneumococo, podem ser evitados com vacinas que fazem parte do calendário básico de vacinação.
                Atualmente, no Sistema Único de Saúde (SUS), o diagnóstico é feito na Unidade de Diagnóstico de Meningite (UDM), inaugurada em abril de 2011 no Hospital Universitário João de Barros Barreto, resultante de parceria da instituição com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Todos os pacientes com suspeita de meningite devem ser encaminhados à UDM pelas Unidades Básicas de Saúde e instituições hospitalares, inclusive privadas, que não dispõem desse tipo de serviço.
Referência - De acordo com a médica infectologista e diretora da UDM, Maria José Leão Lima, a Unidade é referência para todo o Estado. A diferença é que, quando necessário, o paciente do SUS fica internado no "Barros Barreto", que é referência em infectologia, e os demais retornam para tratamento nas unidades de origem.
                Ela explicou que, quando o paciente chega, é avaliado pelo médico e, se tiver realmente sintomas de meningite, é feita a punção lombar do líquido cefalorraquidiano (LCR) ou líquor. No caso de meningite bacteriana, a cor alterada já indica a infecção, diferentemente da meningite viral, em que o líquido não sofre praticamente nenhuma alteração de cor, sendo necessários outros exames para confirmação.
                Com o diagnóstico confirmado, o paciente inicia imediatamente o tratamento na própria UDM, que dispõe de oito leitos, sendo quatro de isolamento, além de sala de punção e três consultórios, com atendimento feito por equipe multidisciplinar. O serviço é mantido pela Sespa, que paga os recursos humanos e insumos.
                Segundo Maria José Lima, a UDM atende em média 170 pacientes por mês, mas a tendência é que esse número aumente no período chuvoso, “uma vez que é o primeiro inverno que a Unidade está enfrentando, já que começou a funcionar em abril do ano passado”.
Meningite - Maria José Lima ressaltou que os médicos devem ficar atentos, especialmente em relação à meningite meningocócica, que entre os sintomas, além de febre e dor de cabeça, tanto em criança como adulto, apresenta pequenas manchas arroxeadas, que com o passar do tempo se tornam maiores, bem diferentes das manchas vermelhas apresentadas em casos de dengue, doença que também causa febre, dor de cabeça, dor nos olhos, músculos e articulações.
                A transmissão da meningite é de pessoa para pessoa, por via aérea (tosse e gotas de saliva de uma pessoa contaminada para outra). Em crianças maiores e adultos, os principais sintomas são febre, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, dor e enrijecimento da nuca, e manchas pelo corpo. Em crianças de até 8 ou 9 meses deve-se suspeitar da doença quando há febre, irritação ou agitação, vômitos e recusa alimentar, convulsões e moleira (parte superior do crânio) inchada.
                As principais medidas preventivas contra a meningite são as vacinas, manter a casa arejada e evitar aglomerações. Segundo o secretário de Estado de Saúde  Pública, Helio Franco, “sol e vento são detergentes para bactérias”.
Serviço: A Unidade de Diagnóstico de Meningite (UDM) funciona no Hospital Universitário João de Barros Barreto, na Rua dos Munducurus, 4487, bairro do Guamá. Telefones: (91) 3201-6632/6633.

Texto:
Roberta Vilanova-Sespa

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