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sábado, fevereiro 12, 2011

CARNAVAL CARIOCA APÓS TRAGÉDIA: Em ensaio, portelenses apostam na recuperação da escola

Incêndio que destruiu quase 3 mil fantasias da agremiação de Madureira não comprometeu a alegria dos foliões
IG - Cinco dias após o incêndio que consumiu 2.800 fantasias a menos de um mês do carnaval, a Portela promoveu nesta sexta-feira (11), mais um ensaio em sua quadra em Madureira, na zona norte do Rio. Apesar da tristeza, o discurso é de confiança na recuperação. “Foi uma pena, todo mundo ficou abalado, mas vamos reconstruir tudo”, garante a auxiliar de escritório Patrícia Canelada, 31 anos, que mora no bairro e desfila pela Azul e Branco há 12 anos.
As lamentações diante da tragédia terminaram no exato momento em que a bateria de mestre Nilo Sérgio entoou os primeiros acordes. “Não importa, vamos fazer bonito na avenida. É como diz a música [“Portela na Avenida”, de Paulo César Pinheiro e Mauro Duarte]: ‘para defender as tuas cores como fiéis na santa missa da capela’”, diz a professora catarinense Hilda Ramos, 52 anos, que aproveitou as férias no Rio para prestigiar o ensaio portelense desta sexta-feira.
A quadra não chegou a lotar - na rua onde fica a quadra, diversos bares atraíam centenas de pessoas com funk e pagode. Mas quem prestigiou o ensaio não demonstrava nenhum abatimento diante do incêndio. “Infelizmente ocorreu essa tragédia, mas a Portela é muito maior que isso”, repetia o motoboy Eliseu Pereira, 29 anos, frequentador assíduo dos ensaios da Portela. “Tem muita mulher bonita por aqui, quem fica pensando em incêndio não aproveita. Eu nem lembrava mais”, riu.
Mesmo quem não entrou na quadra, preferindo ficar nos bares ao redor, tinha o discurso na ponta da língua: “[o incêndio] Não há de ser nada. Ninguém se feriu nem morreu. As fantasias a gente refaz, já me ofereci para ajudar”, contou o marceneiro Francisco Pereira, 28 anos, que se disse “Portela desde criança”.
Salvo por comentários isolados em grupos de frequentadores, quem chegasse à festa nesta sexta-feira nem imaginaria que a escola enfrentou um incêndio em seu barracão na última segunda-feira. “Fazer o quê? Sentar e chorar? Que nada, vamos sambar e reconstruir as fantasias”, afirmou o eletricista Sandro Ribeiro, 54 anos. “Seu Natal, Clara Nunes e todos os outros portelenses ilustres vão nos ajudar”, repetia Ribeiro.

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