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quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Defesa Civil prepara plano de contingência contra as cheias dos rios

A Coordenação Estadual de Defesa Civil (Cedec) deve apresentar, no próximo dia 23, o Plano de Contingência para o enfrentamento das cheias nos municípios do interior. O primeiro quadrimestre do ano é marcado pelo aumento dos índices pluviométricos na região, o que provoca a cheias dos rios e traz uma série de transtornos à população que vive nas áreas mais afetadas, que são o Baixo Amazonas, sob a influência dos rios Amazonas e Tapajós; Carajás, sob a influência do Tocantins e afluentes; e a região do Xingu, aonde o rio chega ao sinal de alerta quando atinge 7,5 metros de altura.
Atualmente, o Rio Xingu está com 5,75 metros de altura, como informa o coordenador adjunto da Defesa Civil do Estado, Major Augusto Lima, que está em Altamira. De acordo com o capitão Arthur Vieira, chefe de operações da Cedec, nesta quarta-feira, apenas um município havia decretado sinal de alerta por causa das cheias: Parauapebas, onde o rio de mesmo nome, afluente do Tocantins, atingiu a cota de alerta ao marcar 6,5 metros de altura. "Apesar do Rio Parauapebas estar 20 centímetros acima da marca registrada no mesmo período do ano passado, não devemos ter muitos problemas por lá. O nível das águas, inclusive, já baixou um pouco", disse o oficial.
Hoje a Defesa Civil tem homens em campo nas principais regiões afetadas pelas cheias, coletando informações para atualizar o Plano de Contingência. "Esse plano, que nós fazemos anualmente, é uma fonte segura que nos permite avaliar os impactos de uma provável cheia. E com base nele podemos dizer que não teremos problemas tão graves quanto os que ocorreram em 2009, por exemplo", explicou Capitão Arthur.
Há dois anos o Pará sofreu uma das maiores tragédias causado pelas cheias, que deixou dezenas de municípios em estado emergência e centenas de famílias desabrigadas. Com a monitoração antecipada, a prevenção fica muito mais eficaz. "Nós trabalhamos com quatro etapas de ação nesses casos. Prevenção, preparação, resposta e reconstrução. Estamos em fase de prevenção e preparação junto à Defesa Civil dos municípios, para saber o que eles podem oferecer em casos de alerta, quais as áreas de riscos, o número de famílias que podem ser afetadas, etc", explica o oficial.
Entre as ações a serem adotadas em caso de um aumento perigoso do nível das águas fluviais está a decretação de estado de alerta pelas prefeituras, quando os rios atingirem a cota de alerta, que varia em cada caso. No Tocantins, por exemplo, essa marca é de 10 metros. Para que seja decretado estado de emergência, as conseqüências da cheia devem comprometer 5% do PIB ou do orçamento do município e 10% da população. Acima disso já se configura estado de calamidade pública, que envolve a Defesa Civil Nacional.
No estado de alerta, não há interferência da Defesa Civil Estadual porque o município ainda tem condições de lidar com as conseqüências. "Parauapebas, por exemplo, dificilmente ultrapassa o estado de alerta e está bem preparado para tratar do problema", explica capitão Arthur, que trabalha com equipamentos conectados a todas as regionais do Estado.
Graças ao monitoramento do Plano de Contingência, o estado de emergência pode ser previsto com até cinco dias de antecedência. "Com os dados de campo, que apontam as áreas de risco, o número de pessoas existentes nelas e do que o estado e o município dispõem para responder ao desastre, nós conseguimos evacuar as áreas e abrigar as famílias com antecedência", explica o Major Lima.
A partir de hoje a Defesa Civil deve divulgar boletins regulares de situação para avaliação e monitoramento da situação dos municípios sob risco.

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