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sábado, fevereiro 12, 2011

Nova gestão do Iasep detecta dívidas e problemas no atendimento

MATÉRIA ESPECIAL:
O Instituto de Assistência aos Servidores do Estado (Iasep) está trabalhando em ritmo acelerado para corrigir falhas e manter o atendimento aos segurados, informa o presidente do instituto, Kleber Miranda. Além de administrar uma dívida de R$ 24,9 milhões, Kleber informou que o órgão está empenhado em esclarecer e corrigir falhas estruturais que prejudicam segurados e a rede credenciada do "Plano Assist", antigo PAS, principalmente no interior do estado.
"Diariamente, através de telefonemas, e-mails e de atendimento no balcão, o Iasep tem recebido centenas de reclamações referentes às cobranças indevidas, demora na emissão de boletos ou desconto em folha, falhas nos cadastros e a ausência de um 'Guia de Serviços'. São problemas que existem há mais de seis meses", revela o presidente do instituto.
De acordo com Kleber Miranda, as falhas estão na estrutura de informações entre o Iasep, a Secretaria de Administração (Sead), a Companhia de Processamento de Dados (Prodepa) e, em alguns casos, o Banpará. "Estamos trabalhando para corrigir essas falhas, mas o segurado não poderia ter ficado tanto tempo sem uma resposta. Então, além de trabalhar nas correções, temos que dar explicações sobre esses erros para segurados, credenciados e servidores".
Na avaliação do presidente, os usuários do Iasep no interior do Pará foram os mais prejudicados. Além de deixar dívidas acumuladas desde janeiro de 2010, a direção do instituto exonerou todos os servidores comissionados das agências municipais. "Itaituba, Óbidos, Capitão Poço e Maracanã ficaram sem nenhum representante do instituto. Tivemos que tornar sem efeito as portarias de exoneração", afirma Miranda.
Dívida de R$ 2 milhões prejudica quatro municípios
O presidente do Iasep, Kleber Miranda, está negociando uma dívida de mais de dois milhões de reais com os credenciados do interior do Pará. Acumuladas desde janeiro de 2010, as dívidas causaram dificuldades no atendimento aos segurados do plano de assistência em Paragominas, Tucuruí, Santarém e Marabá. O instituto está negociando os débitos para garantir o atendimento.
O presidente do Instituto entrou em contato pessoalmente com as unidades mais afetadas pelos atrasos e garantiu a normalidade nos atendimentos em três municípios. Miranda disse que o Iasep pagou parte das dívidas e negociou o restante dos débitos. "Estamos honrando os compromissos com a rede credenciada e resgatando dívidas que deixaram de ser pagas desde janeiro de 2010", disse ele.

Em Paragominas, onde os serviços de educação e saúde estão municipalizados, os servidores procuram a Prefeitura para cobrar atendimento ao "Plano Assist". O prefeito Adnan Demacki pediu ao presidente do Iasep que fosse regularizada a situação do Hospital São Paulo. Kleber Miranda informou que o órgão está dando urgência nos processos de pagamento e concentrando esforços para evitar transtornos no atendimento.
O mesmo tratamento de urgência foi dado a outros hospitais, como o Imimi, de Tucuruí, e a Sociedade Beneficente São Camilo, de Santarém. "Nossa preocupação é maior com o interior estado, porque a rede credenciada é menor, em razão da distância entre as cidades e, sobretudo, porque essas dificuldades econômicas podem comprometer a qualidade dos serviços", afirma o presidente.
As dívidas atrasadas afetam cerca de 150 serviços credenciados (médicos, clínicas, hospitais etc.), com valores que variam de R$ 50,00 a R$ 300 mil reais. Segundo Kleber Miranda, a demora em detectar os atrasos foi maior porque "essas e outras dívidas do Iasep não foram declaradas na transição de governo e muitas estavam sem documentação". Sem os documentos, as dívidas não tinham previsão de pagamento.
Na capital, a atual administração do Iasep encontrou processos de credenciados que receberam seus pagamentos em dia, até o final de 2010, enquanto outros estão com atrasos há vários meses. "Por força contratual, o serviço credenciado é pago sempre dois meses após o atendimento ao segurado. Estranhamente, alguns credenciados foram agraciados com pagamento no mês seguinte à prestação do serviço", disse Miranda.
Gastos desnecessários e serviços inexistentes
Além das falhas estruturais, Kleber Miranda diz que, no final da gestão passada, foram tomadas várias medidas que tumultuaram ainda mais os trabalhos do Iasep. Exemplo disso é a compra desnecessária de 161 condicionadores de ar, de milhares de impressos com informações incorretas, o aluguel mensal de 14 carros para uma equipe de três motoristas e o anúncio da contratação de serviços médicos que ainda não estão disponíveis.
"No final do ano, a antiga gestão anunciou o credenciamento de 200 novos serviços, mas não fez previsão orçamentária para o pagamento desses profissionais. Hoje temos um déficit mensal de dois milhões de reais. Se pagarmos esses novos serviços o déficit irá para quatro milhões por mês, estrangulando o cumprimento de nossas obrigações junto aos demais credenciados", afirma o presidente.

Como exemplo de "credenciamento fantasioso" o presidente cita os profissionais da odontologia especializada. "Esses profissionais estão na lista de credenciados, mas o Iasep sequer tem estrutura material e humana para realizar perícia. O credenciado não foi informado sobre isso, muito menos o segurado, mas sem um setor de perícia não há como o instituto liberar o serviço".

Dívida de R$ 24,9 milhões vem se acumulando há 12 meses
O Iasep tem para administrar nesses primeiros meses uma dívida de R$ 24,9 milhões. O valor é seis vezes maior do que o anunciado pela antiga gestão do órgão, em dezembro de 2010. O dinheiro em caixa também não confere com os valores declarados pela equipe de transição ao atual presidente do órgão, Kleber Miranda.

"Nossa preocupação atual é manter em funcionamento o atendimento médico-hospitalar aos segurados, principalmente no interior do estado, onde a rede credenciada sofre atrasos de pagamento desde janeiro do ano passado. Kleber Miranda informou que, além de credenciados, serviços essenciais, como os de segurança e transporte, também estão em atraso.

De acordo com o presidente, na transição, a antiga gestão do Iasep informou que o dinheiro em caixa era de R$ 44.143.439,24. Em janeiro, mas o valor encontrado pelo presidente era muito menor do que o anunciado. Conforme documentos bancários, esses valores estavam em caixa no dia 30 de novembro. Em 3 de janeiro, quando Miranda assumiu a gestão, o saldo em caixa era de apenas R$ 4.406.757,82.

"As dívidas encontradas também estavam muito acima do que nos foi repassado na transição. É um rombo muito maior do que o esperado", disse o presidente do órgão, que trabalha com um déficit mensal de 2 milhões de reais entre receita e despesa. Com a contabilidade em mãos, Miranda aponta um débito total de R$ 24.918.571,00, um valor seis vezes maior do que os R$ 3.719.062,00 anunciados pelo governo anterior.
Os valores das diversas dívidas deixadas pela antiga gestão do Iasep variam de 50 a 500 mil reais, com profissionais credenciados e fornecedores. "A empresa que presta segurança nos prédios do Iasep está segurando débito de uns 200 mil reais desde setembro. Uma das empresas que fornece prótese tem para receber uma fatura de 300 mil", disse o presidente, apontando alguns dos serviços essenciais prejudicados pelos débitos.
Instituto reduz a burocracia e amplia horário de atendimento
Para atender os segurados e facilitar o acesso aos serviços de saúde, o presidente do Iasep tomou medidas para reduzir a burocracia interna e ampliou horários de atendimento ao público. Kleber Miranda cortou gastos com serviços e está cancelando contratos onde foram detectadas irregularidades.

"Antes, para conseguir um boleto para pagar o plano, o segurado levava até um mês, porque tudo passava pela Procuradoria Jurídica. Hoje, se a documentação estiver correta, o boleto sai na hora. Só são encaminhados para a Procuradoria os casos especiais ou nos quais são detectados erros na documentação", afirma o presidente.

A redução da burocracia beneficiou diretamente os pacientes que precisavam de atendimento especializado. Na gestão passada, não havia atendimento para rádio e quimioterapia, "hoje temos cerca de 300 beneficiários do tratamento", disse o presidente. Miranda também deu agilidade nos processos para cirurgia cardiovascular, neurológica e urológica.

Na semana passada foi criado um turno intermediário para atendimento médico, visando a liberação de exames, na Central de Segurados. Na sede, o instituto estendeu o atendimento ao público até às 17 horas. Além dessas medidas, o presidente do Iasep cancelou o aluguel de carros desnecessários e reduziu gastos com prestadores de serviço.

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