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terça-feira, abril 26, 2011

Fábrica Esperança capacita mais 20 egressos do sistema penal

Um lugar para recomeçar. É assim que a Fábrica Esperança é vista pelos egressos do Sistema Penal do Pará. Atualmente, 300 pessoas - incluindo quem já cumpriu pena e quem está em liberdade condicional ou em regime aberto -, participam das atividades e cursos oferecidos pela Fábrica Esperança. Nesta quarta-feira (27), 20 egressos que estão em regime aberto receberão o certificado do curso de capacitação auxiliar de serviços gerais.
Durante 10 dias, eles assistiram aulas das disciplinas de Ética e Cidadania, e também passaram por atividades práticas voltadas a serviços gerais. "O melhor de tudo é que assim que receberem os certificados eles já têm um lugar certo para trabalhar", explica o diretor geral da Fábrica Esperança, Hugo Cintra.
Segundo ele, os detentos serão encaminhados para trabalhar nas Unidades de Serviços do governo do Estado, como Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), Companhia de Habitação do Pará (Cohab) e Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel). "Ainda estamos buscando parcerias com as empresas privadas, para poder abrir um leque maior de oportunidades", ressalta.
Além dos cursos profissionalizantes, a Fábrica Esperança também oferece emprego para os egressos com a confecção de uniformes e roupas hospitalares. "Fechamos um contrato com o Hospital Ophir Loyola e estamos confeccionando 35 mil peças hospitalares. Também estamos trabalhando na confecção dos uniformes das Unidades Pró-Paz", informa o diretor.
Recomeço - A dona de casa Cláudia Pascoal, 31 anos, conta que ela e o marido tiveram a vida transformada pela Fábrica Esperança. "Meu marido foi preso, e ele que sustentava nossa família. Fiquei desesperada. Achava que íamos passar fome, mas consegui um emprego na Fábrica como costureira, e hoje já tenho um pequeno atelier em casa", conta ela.
O ex-detento Selmo Roberto, 24 anos, também foi beneficiado com as atividades oferecidas pela Fábrica. "Quando me falaram do curso de costura, eu achava que não ia conseguir. Tinha medo até de chegar perto da máquina. Hoje, já tiro de letra. Conheço tudo e sei manusear cada uma das 90 máquinas", diz ele. Os funcionários da Fábrica recebem um salário mínimo para a confecção das roupas.
Restaurante popular - A Fábrica Esperança foi criada na primeira gestão do governador Simão Jatene e passou por uma transformação durante o governo anterior. Algumas atividades, como o restaurante popular, deixaram de funcionar, mas agora voltarão de acordo com sua proposta inicial.
O diretor da Fábrica garante que, ainda na primeira quinzena de maio, o restaurante popular será reaberto, no mesmo local, com a refeição a R$ 2,00. A área que abriga o restaurante está passando por uma reforma, e cerca de 30 detentos já estão sendo capacitados para o trabalho no restaurante.
Bruna Campos – Secom

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