Total de visualizações de página

sexta-feira, abril 08, 2011

Hospital Gaspar Vianna precisa de voluntários

Houve um incêndio na floresta e enquanto todos os animais corriam apavorados, um pequeno beija-flor ia do rio para o incêndio levando gotas de água com o bico. O leão, olhando aquilo, perguntou para o beija-flor: "Você acha que assim vai conseguir apagar o fogo todo?". E o beija-flor respondeu: "Eu não sei se vou conseguir, mas, estou fazendo a minha parte". Esta fábula era utilizada por Hebert de Souza, o Betinho, como metáfora de solidariedade. O esforço feito pelo beija-flor retrata o lado voluntário que existe em muitas pessoas. E o voluntariado anda lado a lado com o trabalho desenvolvido no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna.
Lá o simples ato de querer ajudar alguém é muito bem-vindo. "Temos várias atividades desenvolvidas pelo nosso voluntariado. O maior problema é que estamos precisando de mais pessoas. Todos os dias recebemos muitas demandas. Tem paciente que vem para o hospital sem sandália, sem roupa e aqueles que acompanham os pacientes com hemodiálise, não têm nem onde ficar", explica Rita de Cássia Carvalho, coordenadora do voluntariado do hospital.
Ela conta que o voluntariado no hospital começou em 2009 quando um grupo de senhoras passou a distribuir café da manhã para os pacientes e acompanhantes que vinham do interior e ficavam por horas dentro do hospital sem se alimentar. Até hoje, essas mesmas mulheres continuam ajudando os pacientes e as atividades do voluntariado passaram a aumentar com oficinas de artes, pintura e contação de histórias para crianças.
A instituição também recebe doações de cestas básicas, roupas, fraldas descartáveis e material de limpeza. "Tem meses que recebemos muitas coisas, porém, tem vezes que não chega quase nada. Por isso, precisamos de mais voluntários. Precisamos de pessoas que queiram ajudar o próximo, seja com o que for", ressalta a coordenadora. Atualmente só oito pessoas são voluntárias do hospital.
Beneficiados: Enquanto a equipe de reportagem esteve no Hospital Gaspar Vianna, as solicitações de pacientes na sala do voluntariado não paravam de chegar. Uma paciente com problemas psiquiátricos foi até a sala para pedir uma sandália. Ela estava descalça porque quando foi internada, estava vagando pelas ruas. Outra mulher, grávida de sete meses, foi até a sala para pedir roupinhas para seu bebê que ainda vai nascer. "Eu não comprei uma roupa para minha filha. Não tenho dinheiro e nem tempo para isso porque estou com minha outra filha de dois anos internada aqui no hospital", conta Yara Barbosa, 20 anos. A mulher recebeu um enxoval, com roupas, fraldas e material de higiene, tudo doado pelos voluntários do hospital. "Se não fosse isso, minha filha não ia ter nada".
Muitos acompanhantes de pacientes que fazem tratamento de hemodiálise, vindos do interior do Estado, não têm onde ficar e nem dinheiro para pagar hotel. Para essas pessoas, o serviço de voluntariado do hospital procura oferecer hospedagem, através de parceiros. A dona de casa Rosilda Silva, 22 anos, veio com a filha e o marido do município de Santana do Araguaia. A filha dela tem insuficiência renal e está fazendo hemodiálise há três meses. "Eu fico com a minha filha no hospital, mas o meu marido não tinha onde ficar. Graças ao serviço de voluntariado do hospital, ele conseguiu um local, onde ele dorme e ainda recebe alimentação", conta.
Como ser um voluntário: Para se tornar uma pessoa tão importante para os pacientes do hospital, basta dedicar um pouco de tempo e ter amor, carinho e solidariedade. "Quem estiver interessado é só vir ao Hospital das Clínicas e procurar pelo setor de voluntariado. Qualquer pessoa pode ajudar com o que der. Aceitamos qualquer tipo de ajuda", afirma Rita. Contatos: 4005-2661
Endereço: Trav. Alferes Costa S/N

Nenhum comentário:

REVISTAS MEDIUNIDADE

JESUS: "Choro por todos os que conhecem o Evangelho, mas não o praticam...”

Ofuscado pela grandeza do momento, começou a chorar. Viu, porém, que Jesus chorava também... E, Eurípedes, falou – Senhor, por que ch...