Por Luiza Farias / Fotos: Paulo Akira
Como o objetivo de orientar as pacientes sobre como denunciar casos, lutar pelos seus direitos e se prevenir contra o câncer de mama, a Coordenadoria Geral da Mulher em Belém realizou palestras sobre violência doméstica e prevenção a doença, nesta quarta-feira (27), na Casa da Mulher. Cerca de cem mulheres que são atendidas diariamente na Casa, participaram do evento alusivo ao dia nacional da mulher.
De acordo com a diretora da Casa da Mulher, Socorro Siqueira, há muitas informações sobre violência doméstica, mas é preciso sempre reforçar, que não existe apenas violência física. A violência psicológica ou agressão emocional, às vezes tão ou mais prejudicial que a física, é caracterizada por rejeição, depreciação, discriminação, humilhação, desrespeito e punições exageradas. Trata-se de uma agressão que não deixa marcas corporais visíveis, mas emocionalmente causa cicatrizes para toda a vida.
É um problema que acontece em ambos os sexos e não costuma obedecer a nível social, econômico, religioso ou cultural especifico. Sua importância é relevante, devido ao sofrimento silencioso das vítimas. A violência doméstica, incluindo aí a negligência precoce e o abuso sexual, pode impedir um bom desenvolvimento físico e mental da vítima.
Já o mastologista Mário Simões, falou sobre a prevenção e o tratamento do câncer de mama. O especialista ressaltou a importância da palestra, e diz que a mesma incentiva a mulher a procurar atendimento.
Segundo o médico, há casos em que a paciente não procura, por vergonha, ou por pensar que não é nada grave. Com o trabalho escasso do Sistema ùnico de Saúde (SUS), se torna mais difícil, e assim a doença consegue uma brecha pra crescer.
Neuza Bahia, de 62 anos, diz que é a primeira vez que participa de uma palestra, e que foi maravilhoso, porque conseguiu esclarecer muitas coisas. Principalmente, sobre um nódulo que tem no ceio. Já Maria Helena, 28 anos, nunca participou de uma palestra antes e diz que a prevenção é importante porque impede grandes doenças.
O dia 30 de abril foi escolhido pela Lei n 6.791 para ser comemorado o dia nacional da mulher. Foi nessa data, que nasceu a fundadora do Conselho Nacional das Mulheres, Jerônima Mesquita.
Um comentário:
O diagnóstico de câncer de mama tem sido considerado uma experiência inesperada e incontrolável pela maioria das mulheres entrevistadas antes dos tratamentos, durante o pós-operatório da mastectomia e mesmo muitos anos após a cura.
Além do medo da morte e da perda da mama, as mulheres se deparam com vários estressores, como os procedimentos diagnósticos (biópsias, mamotomia), tratamentos invasivos (quadrantectomia e mastectomia), efeitos colaterais e aversivos da quimioterapia e radioterapia (fadiga, perda do cabelo, náusea) e repercussões na sexualidade e fertilidade.
As manifestações de ansiedade e medo das possíveis recorrências persistem durante e após os tratamentos, com a permanência, em alguns pacientes, de sintomas crônicos de estresse.
Veja mais sobre a relação entre câncer de mama e estresse pós-traumático em: http://www.estressepostraumatico.xpg.com.br/
Postar um comentário