A avaliação ocorre juntamente com o Encontro de Educadores da Rede Pública Estadual, que acontece no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, nesta terça (28) e quarta-feira (29), reunindo cerca de 320 professores de língua portuguesa e matemática, de 8ª série do ensino fundamental. Eles participam da formação “Contribuições pedagógicas para a qualidade do ensino e da aprendizagem da escola pública paraense". Professores da 4ª série participaram da mesma atividade dias 21 e 22 deste mês.
Nota – Ao todo, a formação envolve 54 mil estudantes da 4ª e 8ª séries, de 157 escolas da Região Metropolitana de Belém (RMB) e de outros quatro municípios que aderiram ao programa: Barcarena, Santa Izabel do Pará, Benevides e Chaves. A atividade é específica para as unidades de ensino e municípios que obtiveram nota entre 1,4 e 2,2 no último Ideb, de 2009. O objetivo do encontro, além de discutir orientações pedagógicas, é esclarecer o funcionamento da avaliação do índice, o qual também considera o fluxo escolar no cálculo da nota final.
Durante a programação desta terça-feira, a formadora do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) Elaine Teixeira falou sobre a influência dos indicadores na educação e no fluxo escolar. Além da preocupação com a Prova Brasil, destaca ela, “as escolas e as redes de ensino precisam se preocupar com o fluxo - série de elementos do movimento escolar que traduzem a taxa de aproveitamento. Para melhorar o resultado é preciso entender a sua composição”.
Ela acrescentou que os professores têm papel fundamental na discussão do currículo e na motivação dos estudantes. “Eles são os responsáveis diretos por manter os alunos em sala de aula”, disse Elaine Teixeira, ao ressaltar que é comum ocorrer um entendimento equivocado sobre o Ideb. O hábito de usar as notas da avaliação como um ranking desvia, segundo ela, do real objetivo do índice, que é identificar a situação educacional das escolas e das redes de ensino e oferecer subsídios para melhorar a qualidade do ensino e do aprendizado.
Preparação – Até o fim do encontro, os discentes ainda participarão de oficinas de elaboração de questões. A ideia, segundo a diretora de Ensino Infantil e Fundamental da Seduc, Ana Cláudia Hage, é elaborar um banco de questões. Para isso, os professores aplicarão a metodologia usada na Prova Brasil, considerando as competências e habilidades previstas na avaliação, como o domínio da leitura e a interpretação de textos.
Na Prova Brasil, explicou a diretora, os estudantes precisam responder 43 questões em duas horas e meia. Nesta quarta-feira, os alunos terão um pouco mais de tempo (três horas e meia), e o formato, enfatizou, será o mesmo, inclusive com uso do cartão-resposta. “Sabemos das limitações de muitas das nossas escolas, mas este é um projeto audacioso que só pode dar certo se acreditarmos nele, e os professores são os nossos principais parceiros”, concluiu.
Mari Chiba - Seduc
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