Um grupo de 75 pessoas, entre ribeirinhos e uma policial militar, recebeu certificados de conclusão do curso de formação de aquaviários, promovido pela Capitania dos Portos em parceria com a Polícia Civil, em Barcarena, nordeste do Estado. O treinamento atendeu à solicitação que a presidente da Associação dos Trabalhadores Extrativistas do Rio Mucuruçá, Maria das Graças Figueira Pereira, fez à Assessoria de Relações Interinstitucionais da polícia.
“Articulamos junto à Marinha para que o curso fosse levado à região para que condutores de barcos fossem habilitados à pilotagem fluvial, principal meio de transporte de pessoas na região, e deixassem de atuar clandestinamente, passando a trabalhar dentro da lei e se qualificando profissionalmente”, explicou a assessora de Relações Interinstitucionais da Polícia Civil, Maria Waldenize Braga. A solenidade aconteceu no salão da paróquia de Nossa Senhora de Nazaré, na orla da cidade.
Segundo Waldenize Braga, os condutores de barcos da região trabalhavam sem autorização da Capitania dos Portos, o que os impedia, com frequência, de fazer o transporte de pessoas. Entre os dias 12 e 17 deste mês, os alunos receberam noções teóricas e aulas práticas de pilotagem de embarcações.
Durante a solenidade, os três alunos com as melhores notas finais foram homenageados. O primeiro lugar ficou com Elisabete Lisboa da Silva, seguida de Jonas da Silva Carneiro e Siane Pereira, segundo e terceiro lugares, respectivamente. Emocionados, eles festejaram o recebimentos dos certificados de conclusão do curso e da habilitação para condução de embarcações. Para a cabo Irandir Silva Queiroz, da Zona de Policiamento (Zpol) de Barcarena, única policial a participar do curso, a formação vai ser fundamental para a prática profissional.
“Temos lanchas aqui em Barcarena para fazer o policiamento fluvial e só tínhamos três policiais habilitados a pilotá-las. O curso representa para mim mais um degrau na profissão”, disse a PM. A barqueira Benigna Pereira Furtado, 61 anos, que atua no transporte de pessoas na comunidade de Porto da Balsa há 20 anos, sentiu-se satisfeita com a conclusão do curso. Mais antiga aluna da turma, ela agora poderá trabalhar habilitada e reconhecida pelas autoridades navais.
Walrimar Santos – Polícia Civil
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