A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) recebeu a visita de representantes do Ministério da Saúde para discutir a implantação do programa Rede Cegonha no Pará. Durante a reunião, ocorrida no último fim de semana, foram apresentadas estratégias para fortalecer o andamento do programa em todo Estado.
A Rede Cegonha foi criada para garantir a todas as mulheres atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) atendimento adequado, seguro e humanizado no pré-natal, pós-parto e também perinatal. As medidas previstas são coordenadas pelo Ministério da Saúde e executadas pelos Estados e municípios. O programa prevê a qualificação dos profissionais de saúde que atuam na atenção primária e em serviço de urgências de obstetrícia. A capacitação visa garantir a assistência adequada às gestantes e aos bebês.
Segundo a secretária adjunta da Sespa, Rosemary Góes, o comprometimento dos municípios é fundamental para o fortalecimento das ações do programa. Ela disse que além de qualificar a atenção primária é necessário treinar os gestores municipais para envolvê-los no processo. A rede hospitalar obstétrica de alto risco também será fortalecida, com ampliação de leitos de acordo com as necessidades apresentadas pelos municípios.
Ampliação – A Rede Cegonha garante no mínimo seis consultas durante o pré-natal e uma série de exames clínicos e laboratoriais. Segundo Rosemary Góes, para garantir a estrutura necessária, já estão previstos centros de diagnósticos em alguns municípios com equipamentos oferecidos pela rede, além da criação de duas casas de gestantes e de centros de partos normais e a reforma da recepção das maternidades do Hospital de Clínicas Gaspar Viana, Santa Casa e Hospital Regional Abelardo Santos. Também está prevista a construção de uma maternidade pública em Belém.
Outra ação importante direcionada às mulheres será equipar as unidades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu Cegonha) para o transporte seguro das grávidas e recém-nascidos. “Vamos concluir uma regulação com equipamento para atender a mulher grávida, e, assim, facilitar seu deslocamento, prestando atendimento imediato”, observou o secretário de Estado de Saúde Pública, Hélio Franco. Além disso, reforçou ele, toda paciente grávida tem direito garantido a atendimento nos hospitais públicos. “Maternidade é atendimento de urgência, portanto, nenhum hospital pode fechar as portas para as grávidas”, reiterou.
Segundo a coordenadora Nacional da Saúde da Mulher, Esther Vilela, o Estado terá todo apoio para a implementação da Rede Cegonha. “Vamos apoiar o Estado para o fortalecimento do atendimento das mulheres grávidas”, afirmou. A Rede Cegonha conta com R$ 9,4 bilhões do orçamento do Ministério da Saúde para investimentos até 2014 em todo o país. Os recursos serão aplicados na construção de uma rede de cuidados primários à mulher e à criança. Inicialmente a Rede Cegonha está priorizando as regiões da Amazônia Legal e Nordeste.
Edna Sidou – Sespa
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