A participação da família no processo socioeducativo do adolescente envolvido em ato infracional é fator primordial para que ele seja reintegrado ao convívio em comunidade. Assim entendem socioeducadores e técnicos de várias unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa), que participaram da roda de conversa realizada na manhã de terça-feira (27), no auditório da sede administrativa da Fundação, em Belém.
O evento, que objetiva compartilhar conhecimentos e práticas que envolvem a família do adolescente, iniciou com dinâmicas de grupos, atividades de ginástica laboral e de integração pessoal, a fim de humanizar as atividades na roda e integrar os participantes.
A assistente social Nilzaléia Santos, da equipe que trabalha diretamente com as famílias dos socioeducandos, afirma que “o papel do socioeducador deve priorizar a família, apoiá-la e orientá-la, proporcionando condições de construir novos projetos e com isso, estabelecer relações mais solidárias e integradoras no convívio social”. Ela também explica que “com posturas positivas e educativas, devemos mostrar à família que ela precisa acreditar que o jovem está sendo atendido em suas necessidades mais urgentes, enquanto socioeducando”.
A psicóloga que também integra a equipe de atenção à família, Maria da Conceição Amorim, avalia que a roda de conversa com os socioeducadores atingiu os objetivos, no “sentido de fazer com que eles compreendam a importância da família neste processo”.
A maior parte ds famílias dos adolescentes e jovens que são atendidos pela Fasepa é monoparental, ou seja, há apenas a figura da mãe ou da avó na liderança da família, como explica a diretora de Assistência Social da Fundação, Eliana Penedo. Ela informa que, dessa forma, as referências afetivas não são estabelecidas em sua plenitude, o que contribui para que o adolescente se envolva em algum tipo de ato infracional. “É necessário entender as relações e estruturas familiares desse jovem para intervir e chegar a bons resultados”, conclui.
Na Fasepa, um grupo formado por assistentes sociais e psicólogos desenvolve atividades específicas de atenção às famílias. Periodicamente, o grupo reúne com familiares de adolescentes das unidades de atendimento socioeducativo da Região Metropolitana de Belém. A equipe pretende abrir a roda de conversa a outros servidores de áreas operacionais e administrativas, com o objetivo de fazer com que esses servidores conheçam mais de perto o trabalho com as famílias. A próxima roda de conversa está programada para o dia 30 deste mês
Rui Pena - Ascom Fasepa
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