O Levantamento Situacional das Escolas, espécie de sistema de dados e indicadores do Ministério da Educação (MEC) sobre todas as escolas do país, foi o tema de um encontro, na manhã desta terça-feira (20), entre o secretário de Estado de Educação, Cláudio Ribeiro, e o assessor da presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Leopoldo Alves Júnior. Eles discutiram sobre a situação da rede física das escolas mantidas pelo Estado e as melhorias que podem ser implantadas.
O objetivo do encontro foi repassar informações à equipe técnica que é responsável por acompanhar e assessorar a rede física de todas as 1,2 mil escolas da rede estadual de ensino. O levantamento do MEC leva em conta 15 indicadores e 370 variáveis, entre eles aspectos pedagógicos – como a formação de professores –, a quantidade de livros e mobiliários de uma biblioteca e a específica situação física do prédio e dos ambientes de cada unidade de ensino. Os dados são de responsabilidade de uma equipe formada por engenheiros e pedagogos.
Segundo Leopoldo Alves Júnior, a principal dificuldade para coletar os dados é a distância existente entre muitas escolas e a sede das secretarias, quando as unidades de ensino não têm sequer acesso à internet. O Mato Grosso do Sul, destacou, é o Estado em que o trabalho está mais adiantado e onde falta pouco para a conclusão do levantamento. No Pará, onde 600 escolas já reuniram suas informações, a coleta acontece desde janeiro deste ano. O próximo passo será migrar os dados para o sistema do MEC.
Segundo Leopoldo Alves Júnior, todas as escolas de educação básica – do ensino infantil ao ensino médio integrado – têm até junho de 2012 para fornecer as informações. Depois disso, para que as secretarias de educação obtenham recursos federais destinados à manutenção ou construção de novas unidades de ensino, precisarão, obrigatoriamente, ter feito o levantamento da escola a que se destina a melhoria. O assessor do FNDE aconselha que as redes de ensino priorizem as escolas que precisem de manutenção com maior urgência.
“Este é um instrumento fundamental de todo o processo educativo a partir da realidade concreta da escola. Precisamos dele como um instrumento de planejamento das ações. Sabemos que o Pará sofre com a situação da rede física das escolas, também por uma questão climática. É grande a demanda para a manutenção das unidades, além da necessária ampliação da rede, já que o Estado encontra-se em franco desenvolvimento”, disse o secretário Cláudio Ribeiro.
Ele destacou que existem áreas do Estado que vivenciam a implementação de grandes projetos de desenvolvimento econômico, “o que implica, entre outros fatores, em aumento do fluxo migratório e requer maior investimento em infraestrtura”, finalizou. Participaram do encontro também o consultor do Levantamento Situacional das Escolas, José Parente Filho, e a equipe da Diretoria de Rede Física da Seduc, composta por arquitetos e engenheiros.
Mari Chiba – Seduc
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