Conferência de Saúde termina
com eleição de
delegados e propostas
A Conferência Estadual de Saúde terminou sexta-feira (21), com uma plenária final que definiu os delegados e as propostas a serem apresentadas na 14ª Conferência Nacional de Saúde, que acontece de 30 de novembro a 4 de dezembro, em Brasília. O evento foi promovido pelo Conselho Estadual de Saúde (CES), com apoio do governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
Com a participação de 92 municípios do Estado, o encontro trouxe o mesmo tema que será abordado na etapa nacional, “Todos usam o SUS! SUS na seguridade social, política pública, patrimônio do povo brasileiro”. Durante dois dias, 450 delegados indicados pelas regionais de saúde participaram de grupos de trabalho no Seminário Pio X, em Ananindeua, na região metropolitana de Belém.
A conferência discutiu assuntos relacionados à gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) na Amazônia, a participação da comunidade e o controle social, além da política de saúde na seguridade social. Foram estas discussões que resultaram nas sete diretrizes e cinco propostas de mudança na qualidade das ações e dos serviços de saúde para o SUS.
Divididos em seis grupos, os representantes de cada município apresentaram o relatório final ao plenário para apreciação seguindo o regimento da conferência nacional. Entre as propostas que mais se destacaram estão; a necessidade de garantir recurso diferenciado na área da saúde para a região amazônica e o fortalecimento da Atenção Básica no Estado. O evento teve 128 profissionais de saúde, 96 prestadores de serviços, além de usuários, gestores, convidados e delegados das etapas municipais.
Como representante dos usuários, Robson Bonfim disse que o evento superou suas expectativas, pois teve a oportunidade de esclarecer vários assuntos e ainda entender a saúde na Amazônia. “Pude entender melhor a questão da saúde na região Norte. Este debate reforça a necessidade de sermos vistos de acordo com nossa realidade. Nosso Estado precisa de recursos diferenciados na área da saúde”, afirmou.
No fim do evento foram eleitos os delegados que irão compor a delegação do Pará durante o encontro nacional. A representação paraense será composta por 112 delegados, oito conselheiros estaduais e quatro convidados. A conferência foi encerrada pelo secretário de estado de Saúde Pública, Hélio Franco, para quem as propostas apresentadas serão de suma importância para a construção de um novo futuro para a saúde no Pará.
Segundo o secretário, as conferências possibilitam uma reflexão ampla para a situação da saúde pública, pois se discute os serviços, a problemática e estratégias que visam melhorar a qualidade da saúde pública do Brasil. “Na conferência nacional vamos debater o gerenciamento dos serviços e financiamentos voltados para o SUS. Este ponto de partida será de fundamental importância na discussão do evento”, afirmou.
Edna Sidou – Sespa
Arborização urbana é
discutida na Frutal
Amazônia e Flor Pará
O paisagismo e a qualidade de vida foram tema de palestra na Frutal Amazônia e Flor Pará neste sábado (22). O coordenador do Plano Diretor de Arborização Urbana de Belém, Paulo Porto, e a paisagista Simone Rezende, de Belo Horizonte, falaram da difícil missão de manter as cidades arborizadas e floridas por causa do vandalismo e da falta de educação do povo.
Em Belém a ocupação desordenada e a eliminação dos quintais com árvores deixaram pouco espaço para o verde na cidade. O plantio de árvores e jardins enfrenta o vandalismo e a falta de educação de pessoas que destroem ou arrancam as mudas. O desconhecimento de moradores que não se preocupam em saber as espécies e os locais adequados acaba plantando também problemas futuros.
A arborização é usada como instrumento de desenvolvimento urbano, promovendo a qualidade de vida e equilíbrio ambiental. “A árvore faz parte da vida da cidade e da população”, informou Paulo Porto. É necesário conscientizar o povo por meio da educação, o que já vem acontecendo nas escolas por meio de palestras. “A educação ambiental é um processo longo e precisa ser permanente”, disse Porto.
A luta agora é pela preservação das áreas verdes de ilhas como Outeiro, Mosqueiro e Cotijuba, onde a especulação imobiliária e invasões de terra já destruíram grande parte das matas nativas. É preciso também investir na pesquisa para saber como adaptar vegetais rústicos da floresta no ambiente da cidade com poluição, barulho e asfalto.
Em Belo Horizonte, onde os problemas não são diferentes, a preocupação é incentivar a criação de espaços verdes nas residências com plantio de hortas e plantas ornamentais. Os novos condomínios têm que deixar 30% de área permeável, mas quando recebem o “Habite-se”, cimentam tudo ou plantam espécies inadequadas.
O gasto com reposição de mudas é muito alto por causa da inexistência de variedade das espécies nativas, como o bioma do cerrado e mata atlântica e a mão de obra não qualificada. As mudas são importadas principalmente de São Paulo.
Leni Sampaio – Sagri
Cultura quilombola é
atração no estande da
Emater no Frutal
Música tradicional quilombola é a primeira recepção aos visitantes da Feira da Agricultura Familiar, espaço que a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) coordena na Frutal Amazônia e Flor Pará, que acontecem desde quinta-feira (20) até domingo (23) no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém.
Quem adentra a feira logo se depara com o grupo Filhos do Quilombo entoando canções próprias, a base de curimbós, maracás, pau-de-chuva e banjo. Enquanto o público já dança em volta, o vocalista Mestre Jorge, de 85 anos, diz que a principal mensagem daquela arte é “contar a história dos nossos quilombos e invocar nossas ascendências”.
São 26 comunidades, nos municípios de Moju, Abaetetetuba e Baião, que fazem parte do projeto sociocultural Filhos do Quilombo. A partir deste ano, as comunidades-sede do projeto, África e Laranjituba, em Moju, começaram a ser diagnosticadas social e economicamente pela Emater. As próximas etapas de apoio do órgão serão assistência no cultivo de açaí orgânico e hortaliças, e mais ações de estímulo ao resgate cultural.
Na Frutal, por exemplo, além de se apresentarem como principal trilha sonora, o Filhos do Quilombo também tem um estande próprio dentro da Feira da Agricultura Familiar, em que vende artesanato de cerâmica, sobretudo panelas, e de fibras, como paneiros e cestas. “São todos instrumentos que usamos no nosso dia-a-dia quilombola. Os esforços para fortalecer nossa identidade cultural são tão legítimos que estamos até abolindo o uso de panelas de alumínio, substituindo por aquilo que usavam nossos ancestrais”, explica o coordenador, Raimundo Magno Nascimento.
Aline Miranda – Emater
Papiloscopistas policiais recebem
equipamentos de proteção
Servidores da Diretoria de Identificação “Enéas Martins”, da Polícia Civil do Pará, já trabalham com mais segurança para prevenir intoxicações e evitar contato físico com materiais nocivos à saúde. Desde o início do mês, a instituição policial adquiriu luvas, máscaras e jalecos para proteção individual dos papiloscopistas policiais em análises laboratoriais e para manuseio de materiais contaminantes.
Quem percorrer os corredores da diretoria pode perceber a presença desses profissionais com os equipamentos novos. Segundo o diretor do setor, papiloscopista policial Ricardo Paula, ao todo foram 2,5 mil luvas, 150 máscaras e 50 jalecos adquiridos pela instituição. Todos os materiais têm certificação do Ministério do Trabalho e do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
Os servidores dispõem de luvas para procedimentos não-cirúrgicos em látex de borracha natural; máscaras tipo respirador dobrável para uso em laboratório e jalecos para uso em análises laboratoriais. Os respiradores ajudam a reduzir a exposição à inalação de organismos contaminantes em formato de partículas, como bactérias e fungos. Ainda segundo Ricardo Paula, brevemente a diretoria terá um novo laboratório de perícia papiloscópica.
Walrimar Santos – Polícia Civil
Emater mostra tecnologia
de alimentos nos
produtos rurais
O doce de açaí foi a grande novidade em termos de tecnologia de alimentos apresentada pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) na edição deste ano da Frutal Amazônia e Flor Pará, que acontecem de quinta-feira (20) até domingo (23), no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém. A iguaria, produzida na Unidade Didático-Agroecológica do Nordeste Paraense, representa uma das diretrizes de atuação da Emater, que é o beneficiamento de plantios típicos da agricultura familiar paraense.
O estande da unidade na Feira da Agricultura Familiar, espaço coordenado pela Emater e uma das principais atrações da Frutal, tem oferecido uma sorte de degustações e de ingredientes culinários, que vão de licor de taperebá a feijão caupi preto, passando por queijo coalho e iogurte de muruci. Os litros e quilos estão expostos e à venda, a preços de custo.
Na oportunidade, os visitantes também acabam conhecendo a história da Emater e o que vem sendo feito na unidade da Emater em prol das cadeias produtivas rurais, que têm inclusive agroindústrias de leite e de frutas servindo não só às experiências conduzidas por especialistas do órgão, mas também às safras de agricultores da região.
A proposta na Frutal é mostrar as possibilidades de mercado e consumo daquilo que os pequenos produtores cultivam e colhem, em uma perspectiva muito além da comercialização e da gastronomia das espécies in natura. “A partir de tecnologia, é viável processar praticamente tudo o que a agricultura familiar produz, o que se torna muito útil e rentável, sobretudo nos períodos de entressafra das frutíferas ou de outras baixas de mercado. Também é interessante quando se pensa em segurança alimentar, das próprias famílias e na merenda escolar”, explica a tecnóloga de alimentos da Emater, Brenda Zamorim.
Aline Miranda – Emater
Teatro e música encerram
a IV Feira de Ciência e Tecnologia
Treze oficinas, 32 estandes, 41 palestras, nove apresentações culturais, 7,8 mil visitantes e 36 instituições participantes. Esses são os números da IV Feira Estadual de Ciência e Tecnologia, que ocorreu de 19 a 21 de outubro, na Estação das Docas. O evento foi encerrado nesta sexta-feira, com uma apresentação do grupo Arraial do Pavulagem.
O balanço dos três dias de feira foi considerado positivo pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). “Enfrentamos algumas dificuldades pelo fato de a feira ter coincido com a greve das escolas estaduais e com a semana que antecede o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Apesar disso, a visitação superou nossas expectativas”, diz Inez Barbosa, uma das organizadoras do evento.
Mais que uma feira destinada a estudantes, o evento foi uma oportunidade de lazer e aprendizado para públicos de várias idades e diferentes níveis de ensino. As amigas Antônia Américo e Sandra Mendes, bióloga e pedagoga, respectivamente, visitaram pela primeira vez a feira e se mostraram muito empolgadas com as atividades. “Gostei muito do fato de podermos conhecer e interagir com aquilo que está sendo demonstrado. A ciência na prática é muito mais divertida e interessante”, disse Antônia.
Física – O estande do Laboratório de Demonstrações (Labdemon) da Faculdade de Física da Universidade Federal do Pará (UFPA), com seu gerador eletrostático de Van de Graaf – aparato que permite a eletrização dos cabelos – foi um dos sucessos de público. O professor de física e colaborador do Labdemon Augusto César Chaves acredita que, apesar de o espaço do evento ter sido reduzido nessa edição, foi possível receber um número expressivo de visitantes e cumprir o objetivo do projeto de difundir ciência por meio de experimentos científicos lúdicos e interativos.
Um dos diferenciais da feira este ano foi a presença de várias atrações culturais na programação do evento. Isso fez com que um outro perfil de público prestigiasse o evento, interessado também nas artes desenvolvidas no âmbito acadêmico. A Feira Estadual de Ciência e Tecnologia integrou a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que promoveu diversas atividades ligadas à popularização da ciência em mais de 500 cidades brasileiras.
Ana Carolina Pimenta – Secti
Policial civil do Pará obtém
nota máxima em
faculdade no Paraguai
Uma servidora da Polícia Civil do Pará deu sexta-feira (21) um grande exemplo de perseverança e determinação para superar desafios. A investigadora Zeneide Sanches Pureza obteve nota máxima na dissertação de mestrado “Análise da percepção de segurança da informação e comunicações – SIC – dos Policiais Civis em Belém/ Pará”. A defesa do trabalho aconteceu na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, da Universidade Católica “Nuestra Señora de La Asunción”, em Assunção, capital do Paraguai.
Zeneide recebeu nota cinco, equivalente à nota dez no Brasil. A apresentação aconteceu no Departamento de Pós-Graduação e Pesquisa (Dirección de Postgrado e Investigación) da faculdade. No trabalho, a policial civil, que também é professora, abordou o tema a partir de pesquisas e da coleta de informações junto a servidores da Polícia Civil do Pará sobre suas experiências no trabalho de segurança pública e quanto às políticas institucionais aplicadas na instituição.
“Construímos um marco teórico com ações de proteção da informação e comunicações – desde o ‘suplício de Tântalo’ (lenda da mitologia grega) à condenação de ‘hackers’ no sul do Pará pela Justiça Federal; da evolução da informação até a popularização da internet, com os novos desafios em segurança pública: os crimes tecnológicos”, explica.
A dissertação aborda ainda o tema Segurança da informação e comunicações no Brasil e a formação educacional em segurança pública. Ela explica que, nos últimos dez anos, os incidentes de segurança na rede de informações reportados mundialmente passaram de 3.107 para 358.343. Os problemas, segundo as pesquisas, foram originados principalmente do Brasil.
“Isso reforça a necessidade de capacitação dos policiais para o combate à criminalidade e a garantia da segurança do cidadão, além de desenvolver a percepção de SIC como extensão da percepção de segurança física desenvolvida na formação educacional em Segurança Pública e reforçada por políticas institucionais”, ressaltou Zeneide Pureza.
A pesquisa foi descritiva, com componentes do enfoque misto (qualitativo e quantitativo) divididos em cinco níveis: Decisório, Técnico, Técnico de Manutenção, Policial e Assessoria de Imprensa. Os tutores da dissertação foram o doutor Luca Carlo Cernuzzi e a magíster Claudia Pacheco.
Walrimar Santos – Polícia Civil
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