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sexta-feira, abril 22, 2011

Estado e Itamaraty discutem ajuda a paraenses que vivem no exterior

"Atualmente existem cerca de 3 milhões de brasileiros vivendo em situação de risco no exterior", informou o subsecretário do Itamaraty, embaixador Eduardo Ricardo Gradilone, responsável pelas questões de emigração e imigração no Brasil, em reunião na manhã desta quarta-feira (20), com o governador em exercício, Helenilson Pontes. O embaixador estava acompanhado da diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior, ministra Luiza Lopes, e do conselheiro Aluízio Gomide, do Ministério das Relações Exteriores.
O objetivo da visita do embaixador e comitiva foi buscar parceria com o governo do Estado para auxiliar os paraenses que vivem no exterior. "Colocar o Pará no cenário dessas discussões contribui para auxiliar os paraenses que não têm acesso ou mesmo desconhecem seus direitos quando emigram", destacou Eduardo Ricardo Gradilone.
O embaixador afirmou que há uma grande dificuldade em fazer um levantamento de quantos brasileiros vivem em situação ilegal em outros países, pois os mesmos se recusam a preencher formulários por medo de represálias. No entanto, ressaltou que essa realidade está mudando devido às visitas constantes que o Itamaraty tem feito a esses lugares, conquistando assim a confiança dos brasileiros.
Proposta - Uma das popostas feitas pelo subsecretário ao governo do Pará foi a criação de um escritório que atenda os paraenses que retornam do exterior, oferecendo auxílio e condições para que eles relatem os problemas que enfrentaram fora do Brasil. O escritório serviria também para esclarecer paraenses que pretendem ir para o exterior sobre os perigos de entrar em outro país ilegalmente.
A Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Sedes) mantém o albergue Domingos Zaluth, que atende os paraenses que retornam ao Estado depois de sofrerem abusos nos países para onde emigraram.
Segundo dados da Sedes, em 2010 o abrigo recebeu 10 pessoas que retornaram da Guiana Francesa e uma da Colômbia, onde trabalhavam em garimpo ou, no caso das mulheres, em prostituição. As pessoas que retornam para o Estado recebem atendimento oferecido pela Sedes, e ficam tuteladas pelo Estado até o retorno para as famílias. A articulação entre o Estado e esses paraenses é feita pela embaixada.
O subsecretário informou ainda que muitos paraenses vivem no Suriname em condições precárias, vulneráveis à prostituição, prisões, abusos da polícia, analfabetismo e outros problemas sociais. Nos garimpos daquele país, acrescentou, de 100 trabalhadores, 50 são brasileiros.
O Itamaraty mantém o serviço de assistência consular, destinado a auxiliar brasileiros que vivem em situações de risco no exterior.
O encontro aconteceu na Delegacia Geral de Polícia Civil e contou com a participação da secretária de Estado de Administração, Alice Viana; da diretora de Assistência Social da Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social, Rosiane Souza; do delegado Geral de Polícia Civil, Nilton Ataíde, e do secretário de Estado de Segurança Pública, Luiz Fernandes.
Inara Soares – Sedes

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