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quarta-feira, junho 22, 2011

POLÍCIA CIVIL: Comunidade avalia positivamente operação "Carnapijó" na região das ilhas


Após quase um mês instalada na comunidade de São João, situada no furo do Carnapijó, na ilha das Onças, região insular de Barcarena, a operação “Carnapijó” já atingiu resultados positivos. É como avaliou nesta quarta-feira, 15, o diretor de Polícia Especializada, delegado João Bosco Rodrigues Júnior, responsável pela coordenação da ação policial. Deflagrada em conjunto pelas Polícias Civil,  Militar e Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos, a operação teve início em 18 de maio deste ano e será estendida até o mês de julho. A comunidade conta com uma base móvel denominada de “Balsa Anaconda” da Capitania dos Portos. No local, estão presentes as Polícias Civil e Militar, além da Marinha. Ali, a comunidade pode registrar boletins de ocorrências.
As instituições policiais realizam também abordagens em embarcações de transporte de cargas e passageiros para verificar crimes ambientais e fiscalizar o tráfego de barcos em situação irregular. “O objetivo principal é combater ação de criminosos na região, em especial os crimes cometidos pelos chamados 'piratas' que cometem roubos a embarcações, além de furtos e outros crimes contra a população ribeirinha que vive nas ilhas próximas as cidades de Belém, Barcarena e Abaetetuba, levando segurança pública a elas”, explica o delegado. Na semana passada, salienta o delegado, a Capitania dos Portos impediu o tráfego de uma embarcação em situação de superlotação. O comandante foi autuado. Pelo menos, seis pessoas foram autuadas por delitos diversos, como crimes ambientais, durante a operação.
Uma das ações resultou nas apreensões de duas embarcações que transportavam mais de 300 quilos de carne bovina, 43 quilos de carne suína, 13 quilos de carne de carneiro, além de 33 quilos de peixes ornamentais. A apreensão ocorreu na madrugada do último dia 13 em um porto em frente à Baia do Guajará. O produto estava sem qualquer documentação necessária à venda.
O trabalho foi realizado pela Decon (Delegacia do Consumidor) com apoio da Polícia Fluvial. Seis pessoas foram presas e encaminhadas à Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe) em Belém. O dono dos peixes foi enviado à Divisão Especializada em Meio-Ambiente para ser autuado. A operação atendeu denúncias feitas pelo Ministério Público do Pará (MPE) e Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará).
Na operação “Carnapijó”, as forças policiais contam com efetivo total de 18 agentes além das embarcações “Anaconda”; e de três lanchas a motor, duas delas da Polícia Civil e outra da Capitania dos Portos.
Além de levar segurança à população ribeirinha, policiais da DEMA, DEAM (Divisão Especializada no Atendimento à Mulher), DATA (Divisão de Atendimento ao Adolescente) e DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) ministraram palestras e apresentaram trabalhos preventivos e educativos aos ribeirinhos sobre temas como violência doméstica, poluição das águas, Estatuto da Criança e do Adolescente e prevenção ao uso indevido de drogas.
A comunidade São João conta com 33 famílias que sobrevivem basicamente da extração do acaí e do cacau, além da pesca. No próximo sábado, dia 18, haverá uma ação de cidadania na comunidade onde está prevista a expedição de 200 carteiras de identidade aos moradores. Será na Escola Municipal “Bom Jesus” a partir de 9h. Além da comunidade, serão beneficiadas outras comunidades da região, como os furos do Trambioca e  Laranjeira.
Para o extrativista Dailson Costa, 32 anos, morador desde criança na ilha, a presença da base de policiamento fluvial na região é muito importante e chegou na hora certa. “A segurança pública melhorou bastante depois da presença da base aqui. Para nós isso é um fato histórico, pois jamais tivemos aqui as presenças das Polícias junto com a Marinha para combater a pirataria e atender a comunidade ribeirinha”, comentou. Outro morador na região, Fernando Gomes de Souza, que reside na região do rio Mandii, na ilha das Onças, avalia que a instalação da base na área já trouxe diversos benefícios à população ribeirinha. “Não soubemos de mais nenhum caso de pirataria na região”, festejou.
A mobilização da comunidade para acompanhar a operação na região das ilhas foi feita pela Assessoria de Relações Interinstitucionais (Arin) da Polícia Civil. Segundo a titular da ARIN, Waldenize Braga, 35 comunidades na região das ilhas estão cadastradas na Assessoria, entre elas, as ilhas das Onças, das Laranjeiras e do Maracujá. A Arin tem buscado parcerias para resolver as demandas apresentadas pelos ribeirinhos, como atendimentos de saúde e na área de emprego e renda. Graças à aproximação com a comunidade, a Polícia Civil levou a operação até a região para atender a demanda de segurança pública quanto aos crimes ocorridos na área, principalmente, cometidos pelos chamados “piratas”. Ainda, de acordo com a assessora, a Marinha vai ofertar à comunidade 35 bolsas para curso de pilotagem requisito obrigatório para obtenção da carteira de barqueiro.

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