Com o objetivo de evitar a transmissão de doenças para a população, como por exemplo a leptospirose, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), iniciou nesta quarta-feira (15), uma ação de desratização em feiras, mercados, praças, canais e orlas das praias. A operação faz parte da programação de verão da secretaria e se estenderá até o dia 28 de junho.
A desratização acontece durante todo o ano, mas é intensificada durante o veraneio. Após a desratização, os técnicos passam nos locais mais duas vezes a cada dez dias para depositar novos venenos. Já no primeiro dia da ação, técnicos do CCZ passaram pela Praça do Operário, pelo entorno do Terminal Rodoviário, Praça da Leitura, Praça Princesa Isabel, Praça da Bandeira, Ver-o-Peso, Ver-o-Rio, Estação das Docas, Praça do Relógio, Porto do Sal e Praça Waldemar Henrique.
Os técnicos utilizam um tipo de veneno em forma de bloco parafinado, derivado da cumarina, substância que causa hemorragia no animal. Durante a desratização são colocados venenos em locais como esgotos e valas, onde os ratos gostam de se esconder. O veneno que é colocado não oferece perigo para pessoas e outros animais, pois não é atrativo para cães e gatos. Apenas uma barrinha do veneno pode matar mais de três ratos, já que esses animais se alimentam em bando. O veneno possui anticoagulante. O animal come e morre em 24h ou 36h, sem apodrecer, já que o veneno seca o animal.
De acordo com o médico veterinário do CCZ, Roberto Brito, essa ação é feita a cada 3 meses, onde as equipes se dividem pela cidade, levando informação para a população. “Além do trabalho de desratização, também procuramos orientar as pessoas com os cuidados que devem tomar para não atrair os roedores. Algumas providências devem ser tomadas para que os ratos fiquem longe de casa e da nossa cidade, como jogar lixo somente em lugares apropriados e em sacos bem fechados, guardar alimentos bem protegidos, conservar jardins e quintais livres de entulhos e mato alto, além de manter tudo limpo, pois rato odeia limpeza. Outra dica é nunca caminhar ou deixar crianças brincarem em áreas alagadas. São essas simples ações que evitam casos da doença”, disse.
A leptospirose é causada por bactérias que entram no corpo através da pele ou das partes internas da boca e dos olhos. Essas bactérias estão nas águas, nos alimentos e no solo contaminado pela urina do rato. Por isso, quando há casos de alagamento, o perigo é imediato. A doença afeta seres humanos e animais e, em seu quadro mais severo, pode levar a morte. Os sintomas geralmente são: febre alta, fortes cefaléias, calafrios, dores musculares, vômitos, bem como icterícia, olhos congestionados, dor abdominal, diarréia ou coceira.
Os casos da doença têm diminuído a cada ano. Em 2008 foram registrados em Belém 79 casos. Já em 2009, os números caíram para 55 casos. Em 2010 foram ainda menores, 40 casos e 2011 ainda estão em análise pelo CCZ.
Apresentando algum sintoma de leptospirose, é recomendado procurar a unidade de saúde mais próxima. Se tratada a tempo, a doença tem cura. Observando a presença de ratos em suas ruas, é possível agendamento de visita dos técnicos do CCZ para realizarem a desratização. Os telefones são: 3227-2088 e 3247-3001.
Locais onde o CCZ irá passar:
16.06 - Feiras, mercados, orla de Outeiro e Icoaraci e captura de animais na orla e praias de Outeiro.
17.06 - Praças do Jaú, Marex, Independência, Capuchinhos, entorno do Museu Emílio Goeldi, Praça Dom Alberto Ramos e Praça Brasil e captura de animais em orla, feiras e mercados de Icoaraci.
20.06 - Complexo Feliz Lusitânia, Praça Frei Caetano Brandão, Praça Felipe Patroni, Praça do Arsenal e Praça do Carmo e captura de animais no Ver-o-Peso e Orla de Belém.
21.06 - Feiras, mercados, orla, praias e praças de Mosqueiro e captura de animais em Mosqueiro.
22.06 - Praça Eneida de Moraes, entorno do Bosque, entorno do Hangar, Av. 25 de setembro, Av. Duque de Caxias e Av. Júlio César.
27.06 - Praças da República, Sereia, Batista Campos, CAN, Frei Daniel Samarati.
28.06 - Feiras, mercados, orlas e praias da Ilha de Cotijuba.
Texto: Denise Silva - Ascom Sesma
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