iG São Paulo
Foto: Faulkes Telescope South Ampliar
Exposição em 20 segundos mostra
velocidade da passagem do asteróide
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Um asteróide do tamanho de um ônibus passou a 12.230 quilômetros da Terra esta tarde, sem causar danos. Descoberto apenas na semana passada, o asteróide, chamado de 2011 MD, deu uma volta no planeta às nesta segunda-feira (27) às 13h15 (horário de Brasília) , acima do Atlântico Sul. No início, ele passou despercebido, sendo confundido com um pedaço de lixo espacial, por causa de seu tamanho, estimado em até 18 metros.
Mas observações posteriores confirmaram que se tratava de um asteróide e que não havia chance de atingir a Terra, apesar da pouca distância de sua trajetória (pouco mais de três vezes a distância entre São Paulo e Manaus) - para se ter uma ideia, ele ficou mais perto da Terra que os satélites de GPS que orbitam o planeta. Na semana passada, a expectativa era que o 2011 MD passasse mais cedo, antes do meio dia, e cerca de 160 km mais afastado.
Asteróides deste tamanho passam pela Terra a cada seis anos, em média. Este ano, outro, ainda menor, passou a 5.500 quilômetros da superfície terrestre.
Cientistas dizem que mesmo que o 2001 MD tivesse ido em direção ao planeta, não teria causado dano: ele provavelmente se queimaria na atmosfera. “Estamos aprendendo que a Mãe Natureza ‘atira’ essas coisas para cá há milênios, “ disse Din Yeomans, chefe do programa que rastreia as trajetórias de rochas espaciais potencialmente perigosas na agência espacial americana.
Asteróides são “restos” da formação do Sistema Solar, há 4,5 bilhões de anos. Pedaços deles – chamados meteoritos -- constantemente fazem aparições flamejantes na atmosfera.
Objetos maiores que um quilômetro de comprimento têm o potencial de exterminar várias formas de vida na Terra, e atingem o planeta uma vez a várias centenas de milhares de anos. Cientistas acreditam que um asteróide de 10 quilômetros de comprimento causou a extinção dos dinossauros há 65 milhões de anos.
Astrônomos estão sempre suas trajetórias de ameaças para entender melhor o potencial perigo que eles representam ao planeta. A Nasa já identificou e rastreou 8.110 cometas ou asteróides maiores que alguns metros de comprimento. Destes, 1.237 foram considerados potencialmente perigosos.
Embora a comunidade científica sempre imagine maneiras de proteger a Terra de uma colisão catastrófica, não existe nenhum plano pronto como no filme “Impacto Profundo”, de 1998.
O asteroide Apophis chamou a atenção dos cientistas há algum tempo, quando se calculou que a chance da rocha de 270 metros de comprimento atingir a Terra era de 1 em 45.000 em 2036. Depois de refeitos, os cálculos baixaram a probabilidade para uma em 230.000.
O monitoramento vale a pena. Há três anos, um pequeno asteroide atingiu a Terra, sem causar danos, mas os astrônomos conseguiram divulgar um aviso com seis horas de antecedência, a primeira vez que isso foi possível.
A passagem de hoje foi nada mais que uma chance de observação, afirmam os cientistas. “Isto é bastante comum,” afirma Yeomans. “Estamos ficando mais cientes da nossa vizinhança”.
(Com informações da AP)
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