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sexta-feira, setembro 02, 2011

Cartilha de contagem de carboidratos orientará diabéticos do Estado

Atualmente existem 21.049 diabéticos no Pará. São pacientes que, de janeiro de 1999 a agosto de 2011, foram cadastrados pelo Programa Hiperdia após terem a confirmação do diagnóstico feito nas unidades básicas de saúde. Para ajudar na orientação nutricional dos paraenses diabéticos, foi realizado um pré-lançamento da "Cartilha de Orientação Sobre o Uso da Contagem de Carboidrato Adaptada Para a Região Norte", no final do minicurso sobre a utilização prática do Manual Oficial de Contagem de Carboidratos, lançado pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
Realizado nos dias 1 e 2 de setembro pela Divisão de Nutrição da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) na sede do Grupo Educacional CBES, em Belém, o minicurso teve a participação de 65 nutricionistas, que a partir de agora serão multiplicadores das orientações ministradas pelas autoras da cartilha, as nutricionistas Elenilma Barros, Roberta Lima, Daniela Gomes e Rahilda Tuma, orientadas pela psicológa Eleonora Arnaud, professora da Universidade Federal do Pará (UFPA).
O manual, que serve de base para os profissionais de saúde, foi elaborado com a orientação de ser adaptado a cada Estado e região, tornando a alimentação o mais próxima possível do habitual para o paciente diabético. Com esse propósito, Daniela Lopes, Elenilma Barros e Rahilda Brito elaboraram um trabalho de adaptação do referido Manual, dando origem à cartilha, inserindo os alimentos e as preparações culinárias de uso comum na dieta do paraense, trabalho esse que serviu de suporte ao desenvolvimento da tese de mestrado em Psicologia, pela Universidade Federal do Pará (UFPA), da nutricionista Daniela Lopes.
Para Rahilda Tuma, que coordena a Divisão de Nutrição da Sespa, a expectativa é que a cartilha sensibilize os gestores municipais e secretários municipais de saúde a investirem mais na prevenção do diabetes e também na preservação da qualidade de vida em quem já convive com a doença. "O conteúdo da cartilha é público e pode ser reproduzido. Neste primeiro momento a Uepa resolveu editar a cartilha porque houve interesse em dar minicursos sobre as contagens de carboidratos a fim de que o assunto fique disseminado entre os nutricionistas da região", explica.
Ela lembra ainda que o foco principal da cartilha é o auto-cuidado, que deve ser cada vez mais estimulado nas ações de atenção primária de saúde. "Uma dieta balanceada é o primeiro passo para controlar a doença e reconhecemos que não é uma simples tarefa para grande parte dos diabéticos, mesmo porque a glicose pode ser obtida pelo consumo de carboidratos, complementa a nutricionista Daniela Lopes, ao ressaltar que, por meio de cálculos simples, a doença pode ser administrada com segurança.
Segundo as nutricionistas, o uso da cartilha, mediante as orientações do profissional ao paciente, tem ainda o objetivo de estimular a autonomia do diabético para controlar sua dieta para que possa utilizar o sistema de saúde apenas como recurso esporádico. "Um dos itens desse método é justamente o da Contagem de Carboidratos, um plano de refeição que focaliza o total de carboidratos ingerido nas refeições e nos lanches", lembra Rahilda Tuma.
A cartilha estará disponível ao público em geral após ser lançada oficialmente, no dia 9 de setembro, no estande da Editora da Universidade do Estado do Pará (Eduepa) que funcionará na XV Feira Pan-Amazônica do Livro, que acontece até o dia 11, no Hangar Centro de Convenções, em Belém.
O Hiperdia é um Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos captados no Plano Nacional de Reorganização da Atenção à hipertensão arterial e ao Diabetes Mellitus, em todas as unidades ambulatoriais do Sistema Único de Saúde, gerando informações para os gerentes locais, gestores das secretarias municipais, estaduais e Ministério da Saúde.
Além do cadastro, o Sistema permite o acompanhamento, a garantia do recebimento dos medicamentos prescritos, ao mesmo tempo que, a médio prazo, poderá ser definido o perfil epidemiológico desta população, e o conseqüente desencadeamento de estratégias de saúde pública que levarão à modificação do quadro atual, a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas e a redução do custo social.

Mozart Lira - Ascom Sespa.

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