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quarta-feira, setembro 07, 2011

FEIRA DO LIVRO COM GRANDES NOVIDADES NESTE FERIADO

Imprensa Oficial do
Estado e Senado
entregam edições
em braile





Uma parceria entre a Imprensa Oficial do Estado e a gráfica do Senado Federal possibilitou a publicação das versões, em braile, da Constituição Estadual e da Lei Orgânica do Município de Belém. As duas edições foram entregues na manhã desta terça-feira (06) na Câmara Municipal de Belém e na Assembleia Legislativa do Estado, como parte da programação da IOE e do Senado na XV Feira Pan-Amazônica do Livro. Na Câmara estiveram presentes o presidente da Casa, Raimundo Castro (PTB), o presidente da Imprensa Oficial do Estado, Cláudio Rocha, e o diretor da Secretaria Especial de Editoração e Publicações do Senado Federal, Florian Madruga.
Também participaram do encontro vereadores, representantes das associações paraenses de Pessoas com Deficiência Visual e de Pessoas com Paralisia Cerebral, e Lourival Ferreira, diretor da Unidade Educacional Álvares de Azevedo, especializada na educação e reabilitação de deficientes visuais.
A iniciativa, que já havia sido realizada em 2001, quando as duas instituições publicaram a Constituição do Estado em braile, tem o objetivo de promover a inclusão e o acesso à informação às pessoas com deficiência no Pará. Durante a reunião, Madruga se comprometeu a enviar para a Câmara Municipal todas as publicações em braile disponíveis na gráfica do Senado, que hoje conta com mais de 50 obras nessa versão, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a Lei de Doação de Órgãos e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, além de obras do próprio Conselho Editorial da instituição.
Com a entrega da Lei Orgânica, Belém passa a ser a terceira capital brasileira a possuir uma edição da lei em braile, depois de São Paulo (SP) e João Pessoa (PB). “O Senado realiza este trabalho desde 1998, como forma de promoção da acessibilidade de pessoas com deficiência visual, além de ser um compromisso que temos com a sociedade”, ressaltou Florian Madruga.
Inclusão - Para o vereador Amaury Sousa, que também é deficiente visual, a Lei Orgânica em braile chegou para “enriquecer a Casa” e se somar à aprovação, ano passado, da lei que determina que todas as bibliotecas de Belém sejam equipadas com edições em braile. “Se nosso discurso é de inclusão, temos que transformar isso em realidade, criando leis que possam construir espaços acessíveis aos deficientes visuais”, ressaltou.
Cláudio Rocha destacou que a iniciativa faz parte do papel social da Imprensa Oficial. “Pretendemos nos engajar nesse caminho da inclusão social e, além de ser parte de nossa missão, nosso propósito é, futuramente, ter condições de adquirir equipamentos para impressão de obras em braile, pela Imprensa Oficial”, informou.
Ainda na manhã desta terça-feira, as obras em braile foram entregues ao presidente da Assembleia Legislativa, Manoel Pioneiro, durante o intervalo de uma sessão ordinária. A Lei Orgânica em dois volumes e a Constituição Estadual, cinco volumes em braile, sendo esta maior que a própria Constituição Federal, que em braile soma quatro volumes.
Ascom/IOE
Cultura italiana é
destaque com música,
literatura e cinema

A Itália, suas criações literárias, o cinema e a música, daquele que é o país homenageado da XV Feira Pan-Amazônica do Livro, são opções para os visitantes da programação que acontece no Hangar – Centro de Convenções e Feiras a Amazônia. Seja ao caminhar por uma dos corredores da Feira – vias Milão, Veneza, Florença e Roma, que fazem alusão às cidades italianas -, seja com a presença de convidados italianos, da literatura, da música ou do cinema, a cultura do país é um os destaques do evento neste ano.
Desde o início da Feira, na última sexta-feira (2), uma programação especial para o país homenageado acontece em diversos espaços. A programação começou no Fórum Benedito Nunes, com o “Seminário do país homenageado”, que contou com a presença do embaixador da Itália no Brasil, Gherardo La Francesca, e do secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves.
“Sabermos que temos várias atividades que contemplam a cultura italiana nesta Feira é algo que nos deixa muito felizes. A interação entre as culturas italiana e paraense é histórica e forte”, disse o embaixador, na abertura do evento, lembrando da arquitetura paraense e de Antônio Landi, arquiteto responsável por várias obras arquitetônicas em Belém.
Além dos estandes dedicados à literatura italiana, de seminários, palestras e conferências, que ocorrem diariamente, a música é outra atração. A cantora italiana Mafalda Minnozzi faz show no encerramento da programação, no Fórum Benedito Nunes, no domingo (11).
O cinema italiano está presente no Oi Cine Estação até domingo. Filmes de Luchino Visconti, Bernardo Bertolucci, Federico Fellini, Vitório de Sica, Michelangelo Antonioni e Pier Paolo Pasolini podem ser conferidos no Teatro Maria Sylvia Nunes. Nesta quarta-feira (7), as exibições serão dedicadas ao ator e diretor Vittorio De Sica. Na quinta-feira (8),a Michelangelo Antonioni. O último dia da mostra de cinema será dedicado ao polêmico diretor Pier Paolo Pasolini.
Espaços - Reza a lenda que os turistas, quando visitam Roma, capital da Itália, devem jogar uma moeda na Fontana di Trevi, localizada na Freguesia de Trevi, para que possam um dia rever a cidade. O gesto, que é repetido por quase todos os turistas naquele local, também acontece em frente à réplica da fonte, no espaço da Secretaria de Estado de Cultura (Secult). A fonte chamou a atenção de Marcelo Douglas, 8 anos. "Estávamos passando e ele pediu para que viéssemos olhar mais de perto”, conta a mãe do menino, a vendedora Darlene Silva de Sousa, 31.
No espaço central da Feira, além de um café e lanchonete para os visitantes, funciona uma livraria e uma sala para receber os convidados. Projetado pelo secretário de Cultura, Paulo Chaves Fernandes, e pelo também arquiteto Charles Serruya, o espaço abriga painéis com canários italianos famosos. Além da fonte, uma réplica da obra de Michelangelo Buonarroti, “Criação de Adão”, que ornamenta o teto da Capela Sistina, no Vaticano, também é encontrada na cobertura do espaço. Outras figuras, como o Coliseu de Roma, as Colunas de Roma, a Torre de Pisa e a cidade de Veneza, decoram o espaço.
A programação de quarta-feira (7) e demais dias sobre o país homenageado deste ano na XV Feia Pan-Amazônica do Livro pode ser conferida no site http://www.feiradolivro.pa.gov.br/
Amanda Engelke – Secom
Feira do Livro debate o bullyng
Agressões, xingamentos e apelidos dentro do ambiente escolar não são práticas recentes, mas os problemas causados por esse tipo de comportamento têm recebido mais atenção de educadores, pais e da sociedade em geral.Tema recorrente nos dias de hoje, o bullying será debatido na XV Feira Pan-Amazônica do Livro nesta quarta-feira, 7, de 15h30 às 17h, no Papo Cabeça, e também será tema da apresentação da Sócio-Dramatização dos alunos da Escola Maria Araújo Figueiredo “Há sonho com Bullying?, na quinta-feira, 8, às 10h30, no Coliseu das Artes.
A Feira do Livro está sendo realizada pelo governo do Estado até o dia 11, no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia.  Para Cleo Fantes, convidada do Papo Cabeça e especialista no assunto, a parceria entre a escola e a família é a chave para combater essa prática ainda tão presente na realidade das escolas brasileiras. “As escolas devem, primeiramente, reconhecer o bullying e diferenciá-lo das brincadeiras cotidianas, dos atos de indisciplina e incivilidades. Em segundo lugar, entender que nem tudo o que ocorre na escola é bullying, como vem acontecendo. Em terceiro, que ações pontuais não resolverão o problema. É necessário fazer um diagnóstico da escola, convocar toda a comunidade escolar para uma ampla discussão”, afirma.
Cleo é doutora em Ciências da Educação pela Universidade de Aveiro/Portugal e vai falar sobre o assunto ao lado de Reinaldo Pontes, Doutor em Sociologia pela Universidad Complutense de Madrid. Ela explica, ainda, que o bullying não é um fenômeno da modernidade e que é possível identificar uma situação do gênero. “Embora muitas crianças não se expressem verbalmente, alguns sinais demonstram que necessitam de ajuda. Geralmente, a criança que está sofrendo bullying se retrai ou se isola socialmente. Apresenta aspecto triste, deprimido ou irritadiço. Falta frequentemente às aulas, sem justificativas convincentes. Pede para mudar de turma, turno ou de escola. Perde a concentração, o entusiasmo pelos estudos e pode ter queda acentuada no rendimento escolar, além de sintomas como dores de cabeça e de estômago, febre, diarréia e vômitos, dentre outros”, explica.
Por outro lado, não são apenas as vítimas que precisam de ajuda, mas os agressores também. “As consequências para os autores de bullying são variáveis, podendo ter prejuízos na aprendizagem e no processo de socialização, além de problemas emocionais, como depressão, autoflagelação, envolvimento em drogas e delinquência, dentre outros; há probabilidade de reprodução do comportamento agressivo, quando adultos, em outros contextos, como no trabalho e na constituição familiar”.
Reinaldo Pontes, por sua vez, vai apresentar a realidade das escolas paraenses. Ele coordenou as pesquisas do “Observatório da Violência” no Pará, entre 2004 e 2011, um projeto realizado pela Universidade da Amazônia (Unama) em parceria  com a Unesco. “Iniciei nesse projeto depois de retornar de meu doutorado, há oito anos, movido pelo interesse na área dos direitos das crianças e adolescentes, com o qual sou envolvido desde a década de 80”. Ele agora desenvolve ações de pesquisa e participa da coordenação da Rede “Escola Cidadã”, em de instituições públicas e privadas em Belém.
Para ele, o que mais preocupa nos dias de hoje é a banalização das distintas formas de violência. “Parece que praticar ou receber violência passou a fazer parte natural das relações sociais, com uma ou outra forma de socialização. Esse padrão é corroborado pelas distintas mídias, pelo cinema, etc”. Ele explica, no entanto, que para combater a violência em qualquer forma de apresentação é necessário compreender como o fenômeno ocorre.
“A violência é um fenômeno multicausal. Logo, deve-se evitar procurar culpados, mas sim compreender os processos complexos que fazem nascer nos agressores a autorização para maltratar os mais fracos. A disseminação de valores do individualismo, do consumismo, do exibicionismo, etc, vai imprimindo na formação do caráter de crianças e jovens hierarquizações problemáticas, levando alguns a pensar que não tem nada de mais em humilhar, discriminar, apelidar, excluir, roubar, destruir suas coisas, etc, por que esses, efetivamente merecem esse tratamento desumano, por serem portadores de alguma diferença”, comenta.
Apesar do tema sério, todo o debate será permeado por uma intervenção artística da atriz e cantora Ester Sá e do músico Renato Torres, que também darão mensagens ao público através da música e da poesia.
Serviço:
Papo Cabeça: Palestra com Cleo Fante e Reinaldo Pontes
Dia 07/09
Hora: Às 15h30
Local: Coliseu das Artes (Hangar - Centro de Convenções da Amazônia)
Sócio-Dramatização: Há sonho com Bullying?
Alunos da Escola Maria Araújo Figueiredo
Dia: 08/09
Hora: 10h30
Local: Coliseu das Artes (Hangar Centro de Convenções da Amazônia)
Ascom Secult
João Bosco Maia e Nilson
Oliveira falam de
literatura e internet
As origens da escrita, o processo de criação e a relação do escritor com a internet foram alguns dos assuntos levantados durante a conversa entre o público e os escritores paraenses João Bosco Maia e Nilson Oliveira, na XV Feira Pan-Amazônica do Livro. O bate-papo, mediado pela jornalista Linda Ribeiro, ocorreu nesta terça-feira, 6, no Coliseu das Letras, ponto de encontro entre o público do evento e os artistas das letras, que têm um espaço para falar de literatura.
João Bosco Maia e Nilson Oliveira labutam há algum tempo no ofício da escrita. Ambos premiados com editais de incentivo do governo do Estado, eles reconhecem a importância de eventos como a feira do livro para aproximar escritores e leitores, embora uma semana por ano seja muito pouco, conforme observam. “A internet gerou um boom. Produz-se muito. O problema é que ainda falta as pessoas absorverem mais essa produção”, analisou Bosco, referindo-se à abrangência proporcionada pela rede de computadores.
Para Nilson Oliveira, bem menos simpático à ideia de ter a internet lado a lado com a literatura, a profusão de informações espalhada pela web é, mais do que uma coisa boa, algo nocivo. “Não acredito em uma estética que vem das chamadas novas mídias. Elas deram acessibilidade, mas ao mesmo tempo afastaram os leitores. É um paradoxo, mas é verdade”, sentenciou. “Quando há excesso, a coisa não flui. O livro ainda é soberano”, completou.
Após a conversa, os escritores foram para o Ponto do Autor, estande montado ao lado do Coliseu das Letras, para autografar suas obras. Nesta quarta-feira, 7, a Pan-Amazônica promove um encontro entre o público e o escritor Antônio Juraci Siqueira, que terá ao seu lado a Malta de Poetas Folhas e Ervas. A XV Feira Pan-Amazônica do Livro prossegue até domingo, 11 de setembro, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. A entrada é franca.
Luiz Carlos Santos – Secom


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