A Coordenação Estadual de Saúde do Idoso da Sespa organizou programação especial para marcar a data, que foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de despertar uma consciência mundial, social e política da existência da violência contra a pessoa idosa. O evento contará com a participação de representantes da Sespa, do Ministério Público Estadual, Ministério da Saúde, Colegiados dos Secretários Municipais de Saúde do Estado do Pará, Conselho Estadual de Direitos da Pessoa Idosa, Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social, Coordenação Estadual da Saúde do Idoso, Coordenação de Saúde da Mulher e Coordenação Estadual da Saúde do Homem.
O evento tera a presença da consultora da Coordenação Nacional de Doenças e Agravos não-Transmissíveis, do Ministério da Saúde, Naiza Nayla Bandeira de Sá, que apresentará as Políticas Públicas de Enfrentamento à Violência; da consultora Tannira Bueno, da Área Técnica da Saúde do Idoso, que fará uma abordagem sobre “Violência contra a Pessoa Idosa” e do coordenador estadual de Saúde do Idoso, Guilherme Moura. Outros temas abordados por Nayla: O Sistema de Vigilância e Acidentes; Ficha de Notificação de Violência e Rede de Atenção à Saúde do Idoso.
A violência contra o idoso é considerada hoje uma questão de saúde pública, sendo a segunda causa de mortalidade entre a população de todas as idades no Brasil, atingindo pessoas de todas as classes sociais e tendo como reflexo um forte impacto na morbidade dos idosos no País, segundo dados da Política Nacional de Redução da Mortalidade por Acidentes e Violências do Ministério da Saúde. A coordenação estadual da Saúde do Idoso informa que os tipos de violação dos direitos do idoso incluem desde a violência no âmbito privado – em geral dentro de suas próprias casas cometidas por parentes ou pessoas próximas – até a violência institucional ou na esfera pública, em que seus direitos de cidadania não são conhecidos.
Há inúmeros exemplos em nosso dia a dia nos transportes públicos, nos serviços de saúde, bancários, entre outros, onde direitos básicos são desrespeitados e, de uma maneira geral, isso é encarado por muitos com naturalidade e omissão. Só com internações hospitalares por causas externas em idosos, o Estado do Pará gastou, de janeiro a novembro de 2010, três milhões, duzentos e sessenta e cinco mil reais. Porém, o que mais preocupa é que a violência acarreta sequelas física e emocional na sociedade, nas famílias e nos indivíduos.
Em pesquisa realizada pela Promotoria do Idoso, em Belém (PA), um dado preocupante é que a maioria das agressões ocorre em ambiente doméstico e é praticada, em 60% dos casos, por filhos e filhas dos idosos, por isso a importância de ser dada visibilidade ao problema, com discussões e debates em sociedade, como maneira de enfrentamento e de garantia de direitos e cidadania.
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