Em menos de 48 horas, a Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) da Polícia Civil prendeu cinco pessoas envolvidas no assalto ao navio da Banav, assaltado na tarde da última terça-feira, 14, na foz do Camará, em frente à ilha de Groa Grande, no arquipélago do Marajó. Com os presos, objetos roubados de passageiros e de tripulantes da embarcação foram recuperados. As prisões foram realizadas na tarde de ontem (quarta-feira) nos bairros da Pratinha I e II em Belém.
Os presos são Elaine Cristina Silva Costa, 24 anos; o companheiro dela, Carlos Jucivan Santos Queiroz, 31, de apelido “Tom”; Francisvaldo dos Santos Pinheiro, 22; Walber Nazareno Raiol Tavares, 44, de apelido “Maranhão”, e João Luiz Lima de Souza, 22, de apelido “Neguinho”. Com a mulher um telefone celular pertencente a um dos passageiros foi recuperado.
Com os demais, a equipe policial recuperou um aparelho de som, de propriedade da lanchonete do navio, além de joias, como pulseiras e anel de brilhantes. Os objetos foram reconhecidos pelas vítimas e já devolvidos aos donos. Os quatro homens foram reconhecidos por passageiros por participação efetiva no assalto ao navio. As vítimas relataram que o bando utilizou um barco metalizado para abordar a embarcação.
De acordo com os delegados Samuelson Igaki, titular da Delegacia de Crimes Fluviais, e Eliseu Brasil, da Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, da DRCO, responsáveis pelas investigações, as buscas aos criminosos tiveram início ainda no dia 14, quando ocorreu o crime. Mais de 30 depoimentos foram coletados no mesmo dia. “Ao todo, 186 pessoas, entre passageiros e tripulantes, estavam a bordo. Algumas delas foram encaminhadas para perícia iconográfica na Diretoria de Identificação da Polícia Civil”, explica o delegado Brasil.
Através da perícia é possível a elaboração de retrato-falado de envolvidos em crimes. As vítimas contaram que os bandidos usavam armas semelhantes a revólveres e escopetas. Durante as investigações, os policiais civis receberam informações repassadas ao “Disque-Denúncia”, fone 181, de que bandidos que participaram do assalto ao navio estariam comemorando o crime em uma casa na Pratinha I. Depois da prisão dos donos da casa, os policiais localizaram os comparsas em outra casa já no bairro da Pratinha II.
O delegado Samuelson Igaki salienta que já sabe quantos bandidos participaram do crime, inclusive já possui os apelidos de todos, mas, em função do andamento das investigações, prefere ainda não divulgar para não prejudicar o inquérito. Os homens foram autuados em flagrante por roubo qualificado e formação de quadrilha. A mulher vai responder por receptação dolosa. Todos serão transferidos ao Sistema Penitenciário do Pará. O flagrante já foi comunicado ao Fórum da Comarca de Cachoeira do Arari, no Marajó, à qual ficará atrelado o processo criminal.
Um dos presos, Carlos Jucivan Santos Queiroz, ao ser questionado sobre seu envolvimento no crime, confessou ter participação no assalto, mas inocentou os demais. Ele conta ter sido convidado por pessoas desconhecidas para ganhar um “dinheiro fácil”. Segundo ele, cada um ganharia de 800 a 900 reais, no entanto, acabou sem receber um centavo por participar do crime. Ele alegou que ficou apenas com um celular e parte do dinheiro roubado de passageiros.
Wlarimar Santos - Ascom Polícia Civil
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