O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acaba de divulgar nova pesquisa sobre a produção industrial em 14 Estados Brasileiros, comparando números de junho para julho de 2011. Oito deles tiveram crescimento no setor, inclusive o Pará. O Amazonas apontou a maior expansão: de 3,6% para 4,3%. Em seguida vem o Paraná (3,8%), o Pará (3,7%), Rio Grande do Sul (2,7%), Rio de Janeiro (2,4%), Goiás (1,4%) e São Paulo (1,3%). Todos esses oito Estados tiveram crescimento acima da média nacional (0,5%). Minas Gerais praticamente repetiu o patamar de junho (0,1%). Foram registrados resultados negativos em Santa Catarina (-0,7%), Pernambuco (-0,7%), Região Nordeste (-1,8%), Ceará (-2%), Espírito Santo (-2%) e Bahia (-6,8%).
Na comparação com o mesmo mês de 2010, o setor industrial de Goiás (14,3%), Pará (9,6%), Amazonas (5,8%), Paraná (5,7%) e Espírito Santo (3,1%) tiveram as expansões mais elevadas dos 14 Estados pesquisados, enquanto Pernambuco (1,4%) e São Paulo (1,1%) apontaram menos avanços. Já o setor industrial nacional mostrou variação negativa em julho em sete dos 14 locais investigados. O IBGE faz questão de lembrar que julho de 2011teve um dia útil a menos (21) que julho de 2010 (22).
No acumulado de janeiro a julho de 2011 em comparação a igual período do ano anterior, nove dos 14 Estados pesquisados tiveram índices positivos. O destaque foi o avanço de dois dígitos do Espírito Santo (11%). E com taxas acima da média do País (1,4%) estão: Goiás (5,1%), São Paulo (2,6%), Paraná (2,3%), Pará (2,2%), Minas Gerais (2%) e Rio de Janeiro (1,6%), Rio Grande do Sul (1,4%) e Amazonas (1,1%). No desempenho positivo desses Estados, a pesquisa mostra a maior presença de segmentos articulados à produção de bens de capital (para transporte e construção) e de bens de consumo duráveis (automóveis e celulares), além dos avanços nos setores extrativos (minérios de ferro), farmacêutico e de minerais não metálicos. Por outro lado, os Estados com queda na produção, nos sete primeiros meses do ano, foram Pernambuco (-3,4%), Bahia (-4,6%), Santa Catarina (-5%), Região Nordeste (-5,9%) e Ceará (-14,4%).
Segundo a pesquisa do IBGE, no confronto do desempenho acumulado no primeiro semestre deste ano frente ao índice de julho de 2011 – e em comparação aos mesmos períodos do ano passado - houve redução no ritmo da atividade industrial na maior parte dos 14 Estados investigados, acompanhando o movimento do índice nacional, que passou de 1,7% no primeiro semestre do ano para -0,3% em julho. Mas tiveram Estados com maiores ganhos de dinamismo nesse período: Goiás (de 3,4% para 14,3%), Pará (de 0,8% para 9,6%), Paraná (de 1,6% para 5,7%) e Amazonas (de 0,3% para 5,8%).
E nessa mesma comparação, a pesquisa revela que os Estados que apontaram as maiores reduções foram o Espírito Santo (de 12,4% no acumulado no primeiro semestre para 3,1% em julho deste ano), o Ceará (de -13,5% para -19,2%), Rio de Janeiro (de 2,2% para -2,2%), Rio Grande do Sul (de 2,1% para -2%) e Santa Catarina (de -4,4% para -8%). O IBGE destaca que esse movimento reflete não só o comportamento mais moderado da atividade industrial nos últimos meses, mas também a influência do efeito calendário para o mês de julho de 2011.
Rusele Mendes - Ascom Seter
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