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domingo, setembro 18, 2011

Mais de 15 mil pessoas assistem ao Festival dos Botos em Alter do Chão

Na noite deste sábado. 17, mais de 15 mil pessoas prestigiaram o Festival dos Botos Tucuxi e Cor de Rosa, na vila de Alter do Chão, no município de Santarém, oeste do Estado. O espetáculo agregou dança, teatro, música, história e efeitos especiais para contar a lenda do homem boto da Amazônia e contagiou pessoas de diversos lugares do país e até do exterior, no Sairódromo, palco das apresentações.
Para contar a lenda do boto da Amazônia, um belo rapaz que seduz uma cabocla, todos os anos, as associações escolhem uma temática para contextualizar a lenda. Os dois grupos disputam o mérito de oferecer ao público a mais bela apresentação. Este ano, o enredo escolhido pelo Tucuxi foi “O encanto do Sairé”, que contou a origem do Sairé, a mais antiga manifestação religiosa cultural da Amazônia. Já o boto Cor de Rosa teve como temática “Santarém, um poema de amor”, que contou a história do município, destacando personagens ícones da região, como o maestro Wilson Fonseca.
O Festival dos Botos é um dos momentos mais aguardados pelos participantes do Sairé. E a participação do público também faz parte do espetáculo. O Sairódromo é dividido nas cores azul e cor de rosa e cada lado vibra apenas com a apresentação do seu boto. Os espectadores torcem durante toda a performance de seu boto preferido, contagiando o ambiente.
O boto vencedor será conhecido apenas nesta segunda-feira (19). Mas para os torcedores o resultado já foi anunciado. Para Adriana Araújo, torcedora do boto Cor de Rosa não há dúvidas quanto ao resultado. “O boto Cor de Rosa foi o mais belo e levará o título”. Já para Clodoaldo Cavalcante, torcedor do Tucuxi, o resultado será outro. “É o boto mais original e com a apresentação mais emocionante”.
Jurados
O julgamento da mais bela apresentação é feito por pessoas de outros estados para que haja imparcialidade. Os jurados são pessoas que têm ligação com arte e história. Para uma das convidadas, Lourdes Macena, doutoranda em arte e presidente da Comissão Nacional de Folclore, a personificação da lenda do boto que ela conhecia apenas na narrativa foi surpreendente. "Fiquei encantada e emocionada de ver a parte cênica de forma tão criativa e bela”.
Para ela, um dos quesitos mais chamativos foi a marcação do carimbó na maior parte da apresentação, perfazendo as apresentações. “Me chamou a forte presença do carimbó em torno do teatro que eles fizeram e a presença de algumas figuras amazônicas como é o caso do pajé. Para mim que vim do Ceará foi maravilhoso conhecer a Amazônia de forma resumida, através desse espetáculo”, disse.
Origem
Segundo o presidente do Centro Comunitário da Vila de Alter do Chão, Mauro Vasconcelos, as apresentações dos botos foram incorporadas à festa do Sairé em 1997, a partir de uma iniciativa dos próprios moradores da vila. Um grupo local, o Cheiro do Sairé, apresentava a lenda de forma coreografada. Em 1997, os moradores reuniram-se e decidiram apresentar a lenda incluindo dois botos, o Tucuxi e o Cor de Rosa. A iniciativa agradou tanto que, no ano seguinte, os moradores passaram a contar a história em apresentações separadas.
A partir de 1999, as associações passaram a disputar qual a melhor encenação. “Para estimular uma festa ainda mais bonita, fazemos as apresentações entre os botos Tucuxi e Cor de Rosa, mas a disputa se resume ao dia do espetáculo. Durante todo o ano, trabalhamos juntos para a realização das apresentações e dos demais momentos da festa”, informa Mauro Vasconcelos.
Investimentos
Todos os anos o Governo do Estado contribui para a realização do Sairé.“Mas este ano, o governo decidiu também agir de forma estratégica e investiu nas ações mais duradouras na festa. Atendemos a uma solicitação antiga das associações, que era a construção dos barracões sede, que será maior para uma melhor preparação da festa. Também trouxemos o projeto de inclusão digital Navegapará, que ficará permanentemente na comunidade local”, pontuou o secretário de Estado de Comunicação, Ney Messias, representante do Governo no festival.
A Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop) formulou e entregou para as associações o projeto para construção dos barracões, que irão abrigar materiais e equipamentos utilizados na produção do Festival dos Botos. Para a construção destes, o governo irá repassar recursos na ordem R$ 1,6 milhão. E através da Empresa de Processamento de Dados do Estado (Prodepa) Alter do Chão passou a integrar o projeto de inclusão social e digital do Estado, o NavegaPará, que beneficiará toda a comunidade com internet gratuita e de qualidade.
Através da Secretaria de Comunicação do Estado (Secom), o Governo investiu na festa com projetos de divulgação. Os veículos de comunicação do Governo divulgaram o evento, inclusive com a transmissão ao vivo pela TV Cultura do Festival dos Botos. Outro produto foi a criação do site da festa (www.saire.pa.gov.br). Também houve divulgação internacional nas revistas de bordo nas empresas aéreas, como a TAP- Transporte Aéreo Português e Gol Linhas Aéreas. Na programação cultural do Sairé, o governo participou com a realização do show Terruá Pará, que apresentou 45 artistas paraenses, no evento.
Manuela Viana – Secom
NavegaPará chega
a Alter do Chão
Os moradores da vila de Alter-do-Chão, distante há 30 quilômetros do município de Santarém, no oeste do Estado, agora também fazem parte do programa de inclusão digital e social do governo do Estado, NavegaPará, coordenado pela Empresa de Processamento de Dados do Estado do Pará (Prodepa). Foram instalados dois hotzones (área de acesso livre) em Alter do Chão. Um deles está localizado na Praça do Sairódromo, disponibilizando internet durante toda a festa do Çairé para o público. “Utilizo internet a todo momento e estou impressionado com a velocidade aqui no Sairódromo”, disse Giancarlo Moraes, que twitava e enviava fotos das apresentações dos botos, durante o festival, realizado neste sábado (17).
A segunda estrutura de telecomunicações para o acesso à internet foi montada na orla da praia, que possibilita o acesso em um raio de até 150 metros, com velocidade de transmissão de dados de até 12Mbps, e que, quando compartilhado entre os usuários, possibilita o acesso de até 64 pessoas simultaneamente. Este ponto ficará funcionando permanentemente para a comunidade.
Os visitantes da Ilha do Amor, localizada em frente à vila de Alter-do-Chão, também podem acessar a internet. Grande parte da Ilha também recebe cobertura do NavegaPará. O Casal Maria e Antonio Carlos Oliveira, moradores de Marabá, que visitavam a Ilha do Amor ficaram impressionados com a tecnologia. “Nunca imaginei poder acessar com uma velocidade tão boa e ainda, gratuitamente. Considero a iniciativa uma forma de incentivo ao turismo, uma vez que o acesso aqui da Ilha é um atrativo a mais para os turistas”, disse Maria.
Tecnologia
Esses pontos de acesso, denominados de hotzones, disponibilizam a internet através da tecnologia Wi-Fi. O público pode acessar a rede através de computadores ou qualquer dispositivo móvel que integre a tecnologia Wi-Fi, como celulares e i-pads. O acesso é totalmente gratuito. O projeto sistêmico implantado pela Prodepa pode atingir uma capacidade de transmissão de internet de até 20Mbps, quando compartilhado entre os usuários (unidades públicas, associações, infocentros entre outros).
Como Alter do Chão é um dos polos turísticos do Estado, sua inclusão no programa NavegaPará representa também um fomento ao setor, uma vez que a presença da internet contribui para o desenvolvimento da localidade, através de ações como facilitação da capacitação de mão-de-obra e melhoria de prestação de serviços. “A presença da internet aqui no restaurante acaba sendo um atrativo a mais para os clientes, pois muitas pessoas ao chegarem aqui perguntam se há rede wi fi e a partir de agora, acredito que as pessoas sabendo da presença da internet gratuita do NavegaPará, o restaurante passa a ter um atrativo a mais”, explica a empresária e arquiteta urbanista Zeila Diniz, proprietária de um dos restaurantes localizados em frente à orla de Alter-do-Chão.
O presidente da Empresa de Processamento de Dados do Estado do Pará (Prodepa), executora do projeto, informa que a implantação de hotzone foi apenas a primeira parte do projeto na vila, já que o NavegaPará também atende órgãos públicos, entidades do terceiro setor e disponibiliza Infocentros, espaços públicos de acesso à internet voltados para capacitação de cidadãos e inserção de serviços de utilidade pública. Atualmente, existem quase 200 Infocentros, implantados em 43 municípios do Pará. “Agora passaremos para essas novas fases de implantação na vila. Aguardaremos o contatos dos órgãos locais para possível implantação dessas outras medidas em Alter”, Explica Theo Pires.
Ele informa, ainda, que Alter-do-Chão foi a primeira ativação de uma cidade digital realizada no atual governo. Atéo momento, a Prodepa trabalhava no reparo da estrutura já existente. “A expansão do NavegaPará até Alter do Chão é mais uma concretização da proposta do Governo do Estado de não apenas dar continuidade ao NavegaPará, mas também de expandi-lo e, assim, garantir a inclusão digital em todo o Estado”, conclui Theo.
Manuela Viana – Secom
Investimento do governo
garante incrementos
para o Festival dos Botos
A Festa do Çairé , que atrai pessoas de todo o país e até do exterior, é a maior manifestação cultural do município de Santarém, no Baixo Amazonas. O evento reúne o sarado e o profano numa programação que tem duração de cinco dias e que tem no embate entre os botos Tucuxi e Cor de Rosa uma das atrações mais aguardadas.
Nascida da iniciativa da comunidade de Alter do Chão, que desde 1997 se organizou em grupos para dar visibilidade à cultura local, aproveitando a festividades do Çairé. Inicialmente, todos se apresentavam em um único espetáculo que contava a saga dos botos Cor de Rosa e Tucuxi. Com o passar do tempo, os grupos se dividiram e deram início ao mais famoso desafio folclórico da região.
“O festival ganhou uma proporção muito grande em pouco tempo e a estrutura não é mais ideal para toda a produção que a festa requer agora”, explica o líder comunitário da vila de Alter do Chão, Mauro Vasconcelos.
O presidente da Associação Boto Tucuxi, Edilberto Ferreira, explica que “a comunidade trabalha com muita força de vontade e alegria na elaboração da apresentação, mas ainda sem uma estrutura adequada”, diz. Ele conta que como não há um local próprio para os ensaios e preparativos, a preparação das roupas, alegorias e carros acaba sendo feita em locais improvisados, o que dificulta a produção.
Investimentos - As reivindicações das duas associações foram avaliadas e farão parte de um projeto elaborado pela Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop) destinado à construção de barracões que irão abrigar todos os materiais e equipamentos utilizados na produção do Festival dos Botos. Para isso, serão repassados, pelo Governo do Estado, recursos na ordem R$ 1,6 milhão.
A diretoria dos grupos recebeu a notícia com festa. “A iniciativa do governo é louvável, pois com esse investimento ele incentiva e promove a cultura do nosso Estado. Hoje, para construirmos nossas alegorias, delimitamos espaços em ruas, já que é necessário um local amplo e com teto alto. Já tivemos problemas de saúde com pessoal que trabalha diretamente na construção das alegorias por falta de condições adequadas”, revela o coordenador artístico do boto Cor de Rosa, Jair Almeida.
“Com o nosso próprio barracão teremos melhores condições de preparar o festival, isso sem falar na economia que faremos, pois como não tínhamos locais próprios acabávamos por alugar espaços para a confecção de roupas, o que onerava os nossos gastos quando esse recurso poderia estar sendo investido em alegorias, por exemplo. Com nosso próprio barracão poderemos fazer um festival ainda mais grandioso e belo”, afirma o presidente do boto Tucuxi, Edilberto Ferreira.
O próximo passo será uma reunião conjunta entre os membros das duas associações para análise técnica do projeto. “Após o festival reuniremos para analisar se é necessário algum ajuste técnico e então daremos continuidade ao processo”, diz Mauro Vasconcelos.
Manoela Viana – Secom
Desafio dos botos agita
o Festival do Çairé
Um desafio que reúne técnica, criatividade, ritmo e tradição. O festival do Çairé tem no embate entre os botos Tucuxi e Cor de Rosa um de seus pontos altos, atraindo mais e mais expectadores a cada ano, vindos de diversas partes do país e do mundo para a Vila de Alter do Chão, a 30 quilômetros de Santarém, no Baixo Amazonas. Na noite da última sexta-feira, 16, os dois grupos deram ao público uma prévia do que acontecerá hoje à noite. Os grupos tem suas torcidas organizadas, que ocupam lados opostos no Sairódromo, arena com capacidade para 10 mil pessoas.
Mesmo sem contar pontos para o festival, o clima na primeira noite de apresentação já era de competição. “Sou boto Cor de Rosa e estou animadíssima para disputa. A nossa associação já mostrou hoje que é a mais bonita e que levará o título de campeã pra casa”, disse Camila Nogueira, que é santarena e todos os anos acompanha o festival. No lado do oposto do Saidródromo, a convicção dos torcedores também era de vitória. “O boto Tucuxi já mostrou que é o campeão, sem dúvida é o mais belo e mais alegre”, garantiram Meire e Camila Lobo, mãe e filha, que vieram do município de Marabá (sudeste do Estado) especialmente para participar do festival.
Lenda - O festival dos botos é um dos momentos mais aguardados pelo público que acompanha o Çairé. É um espetáculo no qual duas associações da comunidade apresentam a lenda do homem boto, um jovem e belo rapaz de vestes brancas e chapéu na cabeça, que seduz a mais bela cabloca (ou cunhã, como são chamadas as moças da região) a vila. A história é contada de uma forma alegre e sensual pelas duas agremiações, com dança, teatro e música.
Para contar a lenda, a cada ano, os grupos escolhem uma temática a partir da lenda e disputam a melhor performance, avaliada a partir de critérios como técnica, desenvoltura, coreografia, evolução. Este ano, a temática do Tucuxi é “O encanto do Çairé”, que aborda a origem dessa manifestação cultural. Já o tema do boto Cor de Rosa será “Santarém, um poema de amor”, que contará a história do município de Santarém.
Origem - Segundo o presidente do Centro Comunitário da Vila de Alter do Chão, Mauro Vasconcelos, as apresentações dos botos foram incorporadas à festa do Çairé, em 1997, a partir de uma iniciativa dos próprios moradores da vila. Um grupo local, o Cheiro do Çairé, apresentava a lenda de forma coreografada. Em 1997, os moradores reuniram-se e decidiram apresentar a lenda incluindo dois botos, o Tucuxi e o Cor de Rosa.
A iniciativa agradou tanto que, no ano seguinte, os moradores passaram a contar a história em apresentações separadas. A partir de 1999, as associações passaram a disputar qual a melhor encenação. “Para tornar a festa ainda mais bonita, fazemos a disputa das apresentações entre os botos Tucuxi e Cor de Rosa, mas a rivalidade  se resume apenas ao dia do espetáculo. Nos demais dias do ano, trabalhamos juntos para a realização das apresentações e dos demais momentos da festa”, informa Mauro Vasconcelos.
Manuela Viana – Secom

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