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quarta-feira, setembro 07, 2011

Santa Casa realiza cirurgias reparadoras em vítimas de escalpelamento

Com o objetivo de minimizar o sofrimento físico e psíquico de vítimas de escalpelamento, a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará realizou nesta quarta-feira (7) o II Mutirão de Cirurgia Plástica Reparadora, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Defensoria Pública da União e Sociedades Brasileira e Paraense de Cirurgia Plástica, mobilizando 15 cirurgiões do Pará e de outros Estados.
Por meio do processo de Tratamento Fora de Domicílio (TDF), foram beneficiados 13 pacientes com idade entre 9 e 60 anos, oriundos de Belém e de municípios do interior, entre os quais Melgaço, Capanema, Cametá, Abaetetuba, Viseu, Senador José Porfirio, além de Belém. Os procedimentos realizados foram Colocação de Expansor, Reconstituição de Sobrancelhas e Cantoplastia.
Dentre os pacientes, a dona de casa Maria Francisca Gonçalves, 52 anos, agradeceu pela oportunidade de realizar a cirurgia reparadora. Ela disse que sempre esperou por esse momento. “Agradeço a Deus e a toda a equipe que compõe este mutirão. Minha vida mudará juntamente com minha autoestima”, afirmou. 
Vitor Aita, cirurgião plástico da Santa Casa e responsável pelo mutirão de cirurgias, explicou que o processo de avaliação foi feito de maneira individual. Durante a avaliação, cada paciente mostrou o que pretendia reconstituir, e depois foram marcados os exames pré-operatórios. Segundo o médico, em certos casos podem ser reconstituídos até 100% das áreas lesionadas.
A presidente da Sociedade Paraense de Cirurgia Plástica, Lastência Menezes, destacou o apoio do governo do Estado, que por intermédio da Sespa ofereceu todas as condições necessárias para a realização das cirurgias. “Agradeço a parceria e o incentivo do governo do Estado. A contribuição da Sespa tem sido fundamental para a realização desse mutirão no Pará”, afirmou. 
Prevenção - Segundo o secretário de Estado de Saúde Pública, Helio Franco, as ações para erradicar o escalpelamento no Estado têm sido intensificadas. Ele reforçou que é preciso promover a sensibilização nas escolas, associações comunitárias e sociedade em geral. “Estamos comprometidos com a causa, por isso é necessário incentivar e divulgar maciçamente a prevenção em nossa região ribeirinha, alertando principalmente as mulheres e as crianças, que são as maiores vítimas deste tipo de acidente,” ressaltou.





A Santa Casa, desde 2001, é referência estadual no atendimento à população, por meio do Programa de Assistência Integral às Vítimas Escalpeladas (Paives), que visa prestar assistência integral, humanizada e multidisciplinar às vítimas de escalpelamento e a seus acompanhantes. Eunice Begot, presidente da Fundação Santa Casa, parabenizou a dedicação dos profissionais em mais um mutirão. “É uma honra fazer parte desse momento. Esse é um assunto delicado, envolve pessoas que realmente precisam de apoio. Estamos de braços abertos e dispondo de todo o equipamento necessário para garantir o sucesso das cirurgias”, afirmou.
No Pará, há registros de mais de 250 vítimas de escalpelamento, no período de 1982 a 2011. Casos que aconteceram na Mesorregião do Marajó, na Região Metropolitana de Belém e nas regiões nordeste e do Baixo Tocantins.
Edna Sidou – Sespa

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