O Pará é um dos Estados da região amazônica mais afetados
com as fortes chuvas do chamado inverno amazônico, entre os meses de dezembro a
junho. Segundo dados dos últimos cinco anos apresentados pela Coordenadoria
Estadual de Defesa Civil do Estado, anualmente, mais de 34 mil famílias são
atingidas por desastres naturais, o correspondente a cerca de 150 mil pessoas.
Deste número, 90% das ocorrências atendidas são feitas durante o período das
chuvas.
Para garantir suporte
aos municípios impactados por enchentes, alagamentos e enxurradas, um plano de
contingência será posto em prática pela Defesa Civil do Pará neste período. A
apresentação do planejamento aos mais de 30 órgãos das esferas federal,
estadual e municipal envolvidos na grande ação acontece em reunião na próxima
quinta-feira (12). Antes, terça-feira (10), a coordenadoria da Defesa Civil se reúne
com as regionais estaduais para que o plano possa receber os últimos ajustes.
Segundo o coordenador
adjunto da Defesa Civil do Estado, José Augusto Almeida, o plano contempla
ações de prevenção, preparação, resposta e reconstrução voltadas para atender a
população desses municípios. Ele explica que a primeira unidade a atuar deve
ser o município, mas a Defesa Civil está pronta para dar o suporte necessário
quando acionada.
“Apenas quando o
município esgota suas possibilidades, ela aciona o Estado e a União, para que,
então, o sistema todo passa atuar, dependendo do nível de gravidade do
desastre, tanto aqueles que geram situação de emergência, quanto os de
calamidade. Estamos agora na fase de preparação, quando visitamos os municípios
para ficar a par dos trabalhos que estão sendo feitos por eles e avaliarmos se
essas ações atendem as necessidades”, explica.
Durante o período
crítico, de março a junho, todos os municípios situados no entrono dos rios
Amazonas, Araguaia, Tapajós, Tocantins e Xingu deverão receber atenção especial
da Defesa Civil. “Dos 143 municípios do Estado, a média é de 30 municípios
atingidos por ano. Mas é importante ressaltar que esse não é nosso parâmetro.
Esse número vem reduzindo. Em 2011 nós tivemos 19 afetados”, avalia.
O plano está dividido
em quatro etapas, que começaram a serem postos em prática em dezembro, com a
apresentação do planejamento e atuação preliminar nas áreas e regiões do
entorno das bacias hidrográficas do Estado. Neste mês foi dada início a segunda
etapa, em que equipes técnicas visitam os municípios para visualizar seus
planejamentos in loco.
A terceira etapa, que
deverá ter início em março, quando o nível dos rios atinge a cota de alerta e a
Defesa Civil fica a postos para atender a qualquer chamado dos municípios das
áreas de risco. A última etapa tem início quando as famílias já começam a
retornar às suas residências, com a diminuição das chuvas e dos alagamentos, em
consequência ao retorno do nível normal dos rios. Nesta etapa será feita a
reconstrução das áreas destruídas e a intensificação o auxílio às famílias
afetadas.
Texto:
Amanda Engelke – Secom
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