Os
participantes do primeiro curso internacional da Empresa de Assistência Técnica
e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) tiveram as primeiras atividades de
campo nesta quarta-feira, 18, na Unidade Didático-Agroecológica do Nordeste
Paraense (UDB), em Bragança. Durante a programação do Curso de Metodologia de
Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), os agentes públicos, graduados em
áreas afins à extensão rural, conheceram a forma brasileira de aplicar a
geotecnologia.
Segundo
o facilitador do curso, o geógrafo da Emater Jamerson Viana, os alunos foram
orientados sobre ter uma postura correta para captação dos dados, além de
questões ligadas ao manuseio, navegação no aparelho e no software para que seja
feito, com êxito, o mapeamento de propriedades rurais, ou seja, usar o GPS como
ferramenta de Ater. “Há cerca de 10 anos a Emater trabalha com geotecnologia e
esta é a primeira vez que muitos deles estão tendo acesso”, disse.
Como
parte da grade programática desta atividade, que teve teoria e prática, o
técnico em agropecuária Ailson Cardoso explanou sobre os benefícios da
geotecnologia como ferramenta de apoio às metodologias participativas de Ater.
“De positivo, a geoinformação oferece à sociedade garantias e confiança nos
dados coletados em campo, subsidiando políticas públicas dentro das diversas
temáticas rurais”, ressaltou.
Quem
prestou muita atenção às explicações dadas foi o técnico em agricultura,
oriundo de Guiné Bissau, Manoel Conté. Esta foi a sua primeira oportunidade de
ter contato com um GPS. Encantado com o aparelho e já compreendendo sua
funcionalidade, ele disse que irá levar esse conhecimento para seu país de
origem. “Trabalho em uma ONG que presta Ater para as comunidades agricultoras,
e será positivo investir neste tipo de tecnologia”, ressaltou Conté.
Já para
Abdukholik Mukhtorov, Ph.D em Economia e chefe do departamento de reforma
agrária do Instituto de Pesquisa de Mercado da República do Uzbequistão, este
curso serviu como aperfeiçoamento do que já é desempenhado em seu país de
origem. “Foi positivo ver de perto, me atualizar, pois o sistema de agricultura
utilizado no Brasil é muito mais organizado. Com certeza, vou adaptar o que
aprendi aqui neste curso a realidade do meu país”, afirmou Mukhtorov.
Capacitação
Até o
dia 27 deste mês, a cidade de Bragança, no nordeste paraense, é a residência de
19 agentes públicos estrangeiros que trabalham no setor agrícola de seus
países. A iniciativa tem parceria da Associação Brasileira das Entidades de
Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), que, por meio da Agência
Brasileira de Cooperação, vinculada ao Ministério das Relações Exteriores, e a
Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ ONU),
selecionou a Emater do Pará para promover a capacitação técnica.
Texto:
Kenny Teixeira-Emater
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