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quinta-feira, janeiro 19, 2012

Geotecnologia é tema de prática de campo em capacitação internacional

                Os participantes do primeiro curso internacional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) tiveram as primeiras atividades de campo nesta quarta-feira, 18, na Unidade Didático-Agroecológica do Nordeste Paraense (UDB), em Bragança. Durante a programação do Curso de Metodologia de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), os agentes públicos, graduados em áreas afins à extensão rural, conheceram a forma brasileira de aplicar a geotecnologia.
                Segundo o facilitador do curso, o geógrafo da Emater Jamerson Viana, os alunos foram orientados sobre ter uma postura correta para captação dos dados, além de questões ligadas ao manuseio, navegação no aparelho e no software para que seja feito, com êxito, o mapeamento de propriedades rurais, ou seja, usar o GPS como ferramenta de Ater. “Há cerca de 10 anos a Emater trabalha com geotecnologia e esta é a primeira vez que muitos deles estão tendo acesso”, disse.
                Como parte da grade programática desta atividade, que teve teoria e prática, o técnico em agropecuária Ailson Cardoso explanou sobre os benefícios da geotecnologia como ferramenta de apoio às metodologias participativas de Ater. “De positivo, a geoinformação oferece à sociedade garantias e confiança nos dados coletados em campo, subsidiando políticas públicas dentro das diversas temáticas rurais”, ressaltou.
                Quem prestou muita atenção às explicações dadas foi o técnico em agricultura, oriundo de Guiné Bissau, Manoel Conté. Esta foi a sua primeira oportunidade de ter contato com um GPS. Encantado com o aparelho e já compreendendo sua funcionalidade, ele disse que irá levar esse conhecimento para seu país de origem. “Trabalho em uma ONG que presta Ater para as comunidades agricultoras, e será positivo investir neste tipo de tecnologia”, ressaltou Conté.
                Já para Abdukholik Mukhtorov, Ph.D em Economia e chefe do departamento de reforma agrária do Instituto de Pesquisa de Mercado da República do Uzbequistão, este curso serviu como aperfeiçoamento do que já é desempenhado em seu país de origem. “Foi positivo ver de perto, me atualizar, pois o sistema de agricultura utilizado no Brasil é muito mais organizado. Com certeza, vou adaptar o que aprendi aqui neste curso a realidade do meu país”, afirmou Mukhtorov.
Capacitação
                Até o dia 27 deste mês, a cidade de Bragança, no nordeste paraense, é a residência de 19 agentes públicos estrangeiros que trabalham no setor agrícola de seus países. A iniciativa tem parceria da Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), que, por meio da Agência Brasileira de Cooperação, vinculada ao Ministério das Relações Exteriores, e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ ONU), selecionou a Emater do Pará para promover a capacitação técnica.

Texto:
Kenny Teixeira-Emater

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