Uma
equipe formada por representantes da Secretaria de Estado de Agricultura
(Sagri), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Casa Civil,
projeto Malungo e Prefeitura de Abaetetuba fez, na manhã desta quarta-feira
(11), uma visita ao quilombo de Jenipaúba, em Abaetetuba, nordeste do Estado. A
visita fez parte das ações do Programa de Articulação e Cidadania, que prevê a
revitalização dos projetos de geração de renda voltados para os reminiscentes
de quilombos.
Na área
de Jenipaúba, havia uma fábrica de beneficiamento de açaí e geração de energia
limpa gaseificada. O espaço foi construído e equipado no primeiro governo de
Simão Jatene e entregue à comunidade no ano de 2006, mas não chegou a funcionar
por falta de continuidade de investimentos. O abandono de tantos anos permitiu
que a fábrica tivesse motores e alguns equipamentos roubados.
O
estrago só não foi maior porque moradores que se comprometeram pessoalmente em
vigiar o local. “Infelizmente não dava para ficar aqui durante 24 horas. É uma
tristeza a gente ver isso se acabando com o tempo, saber que foi investido
dinheiro público para nos beneficiar, mas não conseguimos sozinhos tocar o
projeto”, disse o coordenador de projetos da Malungu, Associação das
Comunidades Quilombolas do Pará, Gercindo Vilhena da Costa.
Na
avaliação inicial, os técnicos constataram que será possível recuperar a
fábrica, pois muitos equipamentos então em bom estado de conservação. O próximo
passo é montar um comitê técnico para tornar o projeto viável e dar andamento à
recuperação da estrutura, conforme explicou o secretário municipal de
Agricultura de Abaetetuba, Sérgio Maués. “Apesar do cenário de abandono,
acredito que teremos como recuperar esse espaço para a geração de renda das
comunidades locais. As ações da equipe técnica em conjunto com a gestão das
comunidades envolvidas possibilitarão o funcionamento do espaço”, aduziu.
Um
relatório técnico deverá ser apresentado ao governado do Estado na próxima
semana, a fim de apontar as principais ações que deverão ser desenvolvidas para
recuperar o projeto. “É possível recuperar e ativar o projeto pensado para essa
comunidade. É lógico que já temos prejuízos nos equipamentos, mas com a união
das partes envolvidas e de novos investimentos do governo, poderemos conseguir
fazer essa fábrica funcionar plenamente em 2013”, ressaltou o agrônomo da Sagri
Flávio Viana.
Para
Ellen Guedes, do Programa de Articulação e Cidadania, a visita gerou o
resultado esperado. “A intenção do programa é articular com os órgãos e instituições
que podem dar andamento aos projetos. Recebemos uma denúncia da comunidade e
atendemos ao pedido do governador de vir averiguar a situação. Infelizmente a
denúncia é real. Agora vamos articular para que esse espaço seja recuperado e
receba a atenção que merece”, concluiu.
Texto:
Dani Filgueiras-Secom
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