Vacina ampliada para os
29 anos
Entre os adultos de 21 a 24 anos, a cobertura de
imunização
da doença, na rede municipal
, ficou apenas em 35% do total
Até pouco tempo, somente os adultos, até os 24 anos, estavam
no grupo prioritário para se imunizar contra a hepatite B. A partir deste ano,
preocupado com a baixa adesão dos jovens nas últimas campanhas de vacinação, o
Ministério da Saúde amplia a faixa etária para 29 anos, além dos grupos de
risco como as gestantes, manicures, caminhoneiros, bombeiros, policiais,
doadores de sangue e coletores de lixo.
Só em 2011, 61 pessoas adquiriram a doença no Ceará, número
inferior a 2010, com 151 notificações registradas pela Secretaria de Saúde
(Sesa). Prova do pouco compromisso da juventude com a prevenção é a cobertura
da vacinação. Entre a população de 21 a 24 anos, no ano passado, apenas 35% do
total compareceu aos postos de saúde para se proteger e evitar a doença que, no
Brasil, atinge cerca de dois milhões de pessoas que sofrem com problemas no
fígado.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para ampliar
a vacinação serão gastos R$ 45 milhões. De acordo com ele, com o aumento da
faixa etária, o governo pretende prevenir o surgimento de casos principalmente
entre gestantes. Dados apresentados ontem pelo Ministério da Saúde mostram que,
de 1999 a 2010, foram identificados 307.446 casos de hepatites virais no
Brasil. Deste total, 56,5% foram hepatites dos tipos B e C. Dos mais de 104 mil
casos registrados no período, 12.261 foram contraídos por grávidas.
Para a presidente da Associação Cearense de Portadores de
Hepatite (ABC Vida), Agrimeire Leite, essa ampliação é muito bem vinda e era,
segundo ela, uma demanda antiga dos movimentos sociais. "A nossa luta
agora é para que o poder público aumente a visibilidade das campanhas e faça os
jovens comparecerem, tornarem a vacina algo cultural, do cotidiano",
afirma.
Para a funcionária dos Correios, Carolina Pantaleão, 26,
muitos ainda desconhecem que a imunização exista e esteja, sim, disponível
gratuitamente.
"Eu até fui me vacinar. Tomei a primeira dose, mas,
quando fui tomar a segunda, disseram que eu já estava fora da faixa etária
liberada. É muita desorganização que acaba desestimulando a gente",
critica Carolina. O auxiliar administrativo Marcel Cabral, 34, está fora da
idade, mas foi ao serviço médico ´brigar´ por uma vacina. "Eu queria muito
tomar, mas tive que insistir bastante. A gente que é jovem convive sempre com
riscos", diz.
A assessora técnica de imunização de Fortaleza, Renata Dias,
comemora a ampliação e diz que a adesão das próximas campanhas será bem maior
em 2012.
FONTES: Google, Jornal Cidade, do Nordeste - IVNA GIRÃO REPÓRTER
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