Técnicos do Departamento de Vigilância do Município visitaram casas da comunidade Fé em Deus, em Icoaraci, e de áreas de invasão do distrito de Outeiro, em Belém, onde não há rede de esgoto e se torna grande o risco de proliferação de doenças como cólera, infecções intestinais, verminoses e outros males favorecidos pela falta de saneamento.
Durante toda a manhã deste sábado, 11, os profissionais do Devisa monitoraram de casa em casa as condições da água consumida e investigaram a ocorrência de problemas estomacais ou diarréias. Os técnicos também orientaram as famílias sobre a importância de beber somente água tratada e distribuíram frascos de Hipoclorito, usado na desinfecção do líquido.
“Nosso trabalho consiste principalmente em esclarecer a população das áreas visitadas sobre os perigos que a água contaminada pode trazer a saúde de cada um de nós. Ressaltamos que o uso do hipoclorito é importante para a prevenção de inúmeras doenças e infecções, mas que ele não é o único meio, apenas parte do processo. Ensinamos que primeiro a água deve ser filtrada, em seguida fervida e já quando for consumida deve ser usado o hipoclorito”, afirma Arthur Coutinho, técnico do Devisa responsável pela operação.
Nas comunidades visitadas a maior parte dos moradores usa poços, muitos construídos de forma inadequada, possibilitando que a água infectada de esgoto ou outro meio acabe por contaminar a água consumida pela população da área.
Arthur Coutinho ressalta que, os profissionais da Vigilância Sanitária tem o papel de deixar claro a quantidade de hipoclorito a ser usado para cada medida de água. “Explicamos que devem ser usadas duas gotas de hipoclorito para cada dois litros de água, mas sempre meia hora antes de a água ser consumida, tanto para beber como para cozinhar. Também destacamos aos moradores as formas corretas na hora de construir um poço, a fim de se evitar a contaminação da água por qualquer que seja o agente externo”, conclui Coutinho.
Moradora da comunidade do “Fé em Deus”, dona Josyene Silva, diz que sua filha, de apenas 4 anos, vivia sempre com diarréia, infecção intestinal e sentia muitas dores no estomago, mas depois que conseguiu quatro fracos de hipoclorito com os profissionais da Casa do Saúde da Família e começou a tratar sua água, a saúde da criança melhorou. “Assim como muitas pessoas da comunidade, minha filha e vivia doente e eu nunca sabia o que fazer exatamente, mas depois que comecei a usar o hipoclorito, tudo melhorou. Fiquei muito surpresa e agradecida pelo pessoal da Vigilância Sanitária ter vindo até a nossa rua fazer este trabalho tão importante”, disse.
Texto: Fernando Rodrigo Diniz / Ascom Sesma.
Fotos: Elivaldo Pamplona / Comus.
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